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Gloss Brazilian Portuguese Level 2, Boina-azul cumpre missão

Boina-azul cumpre missão

Durante um ano, o coronel Correia Filho foi o elemento mais graduado do contingente brasileiro na Missão da ONU no Sudão do Sul; nessa entrevista para a ONU News, ele lembra as maiores dificuldades e lições aprendidas no terreno do país mais jovem do mundo.

O coronel Correia Filho regressou ao Brasil no final de julho, terminando um serviço de um ano na Missão da ONU no Sudão do Sul, Unmiss. Numa entrevista à ONU News, da capital sul-sudanesa, Juba, o oficial militar diz que “foi realmente uma honra poder servir” no país mais jovem do mundo. “A gente realmente nota a necessidade. Vivendo aqui a gente vê o sofrimento do povo, vê as dificuldades que teria para resolver seus problemas sozinhos. Então, o apoio da ONU é fundamental. É, realmente, um país novo, que está tentando se estruturar. O apoio da ONU é essencial para que eles consigam fazer isso o mais rápido possível e consigam dar ao seu povo uma condição de vida melhor. Realmente, a gente vê que é bem precária a condição deles aqui.”

Neste momento, existem 10 militares brasileiros na Unmiss, além de cinco especialistas e cinco funcionários. Também existem seis agentes da polícia do Brasil. No terreno, Correia Filho diz que as maiores dificuldades estão relacionadas com a realidade das instituições do país ainda serem tão recentes. O Sudão do Sul conquistou a sua independência há apenas sete anos. “O contato com as partes envolvidas no acordo de paz nem sempre é fácil. Aqui, no Sudão do Sul, muitas das autoridades, na verdade, às vezes não parece que estão procurando a paz, efetivamente. Então é difícil fazer com que eles cooperem. Esses foram os maiores desafios na verdade. Mas eu estou muito feliz com o que consegui fazer lá também. Consegui ter um bom relacionamento com as autoridades locais, de uma maneira geral.”

Correia Filho explica que, em nível pessoal, o mais complicado foi a ligação à internet, que nos primeiros meses tornou muito difícil o contato com as famílias. Resolvido esse problema, no entanto, a vida no Sudão do Sul foi mais fácil do que ele esperava. Correia Filho participou numa missão da ONU, pela primeira vez, há quase 20 anos. O militar foi um dos brasileiros que integraram o contingente brasileiro da primeira Missão das Nações Unidas no Timor-Leste, Unamet, no final dos anos 90. “Os observadores militares lá no Timor-Leste tinham uma vida muito mais difícil, porque eles não tinham nenhum apoio. Eles recebiam a diária da ONU e tinham que se virar. E não tinha muito como se virar, porque não tinha onde comprar comida, não tinha onde alugar uma casa. Então vim preparado para algo desse tipo. Quando cheguei na Missão aqui, encontrei uma estrutura muito boa, na verdade, montada me aguardando.”

Correia Filho diz que esta segunda missão foi uma surpresa. Segundo ele, os militares no Brasil apenas costumam participar numa iniciativa destas, porque existe muita procura por parte dos militares. O país tem uma longa história de contribuição com as operações de paz da ONU. Suas tropas estão presentes em 10 missões das Nações Unidas em todo o mundo, em localidades como Darfur, no Sudão, Chipre, Líbano, Angola e, até 2017, Haiti. Ao longo de 70 anos, mais de 3,5 mil soldados da paz morreram em serviço. Um total de 42 boinas-azuis brasileiros morreram desta forma, incluindo 27 no Haiti. No final, o coronel Correia Filho diz que ele e os seus colegas conseguiram manter a situação tranquila na região, para possibilitar o trabalho das agências da ONU, e que isso é o mais importante. O brasileiro sai da missão “muito feliz”.

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Boina-azul cumpre missão Beret||| Blue Beret accomplishes mission Le béret bleu remplit sa mission

**Durante um ano, o coronel Correia Filho foi o elemento mais graduado do contingente brasileiro na Missão da ONU no Sudão do Sul; nessa entrevista para a ONU News, ele lembra as maiores dificuldades e lições aprendidas no terreno do país mais jovem do mundo. **

O coronel Correia Filho regressou ao Brasil no final de julho, terminando um serviço de um ano na Missão da ONU no Sudão do Sul, Unmiss. |||||||||||||||||||||||||Unmiss Numa entrevista à ONU News, da capital sul-sudanesa, Juba, o oficial militar diz que “foi realmente uma honra poder servir” no país mais jovem do mundo. “A gente realmente nota a necessidade. Vivendo aqui a gente vê o sofrimento do povo, vê as dificuldades que teria para resolver seus problemas sozinhos. Então, o apoio da ONU é fundamental. É, realmente, um país novo, que está tentando se estruturar. O apoio da ONU é essencial para que eles consigam fazer isso o mais rápido possível e consigam dar ao seu povo uma condição de vida melhor. Realmente, a gente vê que é bem precária a condição deles aqui.”

Neste momento, existem 10 militares brasileiros na Unmiss, além de cinco especialistas e cinco funcionários. Também existem seis agentes da polícia do Brasil. No terreno, Correia Filho diz que as maiores dificuldades estão relacionadas com a realidade das instituições do país ainda serem tão recentes. O Sudão do Sul conquistou a sua independência há apenas sete anos. “O contato com as partes envolvidas no acordo de paz nem sempre é fácil. Aqui, no Sudão do Sul, muitas das autoridades, na verdade, às vezes não parece que estão procurando a paz, efetivamente. Então é difícil fazer com que eles cooperem. Esses foram os maiores desafios na verdade. Mas eu estou muito feliz com o que consegui fazer lá também. Consegui ter um bom relacionamento com as autoridades locais, de uma maneira geral.”

Correia Filho explica que, em nível pessoal, o mais complicado foi a ligação à internet, que nos primeiros meses tornou muito difícil o contato com as famílias. Resolvido esse problema, no entanto, a vida no Sudão do Sul foi mais fácil do que ele esperava. Correia Filho participou numa missão da ONU, pela primeira vez, há quase 20 anos. O militar foi um dos brasileiros que integraram o contingente brasileiro da primeira Missão das Nações Unidas no Timor-Leste, Unamet, no final dos anos 90. ||||||||||||||||||||Unamet|||| “Os observadores militares lá no Timor-Leste tinham uma vida muito mais difícil, porque eles não tinham nenhum apoio. Eles recebiam a diária da ONU e tinham que se virar. E não tinha muito como se virar, porque não tinha onde comprar comida, não tinha onde alugar uma casa. Então vim preparado para algo desse tipo. Quando cheguei na Missão aqui, encontrei uma estrutura muito boa, na verdade, montada me aguardando.”

Correia Filho diz que esta segunda missão foi uma surpresa. Segundo ele, os militares no Brasil apenas costumam participar numa iniciativa destas, porque existe muita procura por parte dos militares. O país tem uma longa história de contribuição com as operações de paz da ONU. Suas tropas estão presentes em 10 missões das Nações Unidas em todo o mundo, em localidades como Darfur, no Sudão, Chipre, Líbano, Angola e, até 2017, Haiti. Ao longo de 70 anos, mais de 3,5 mil soldados da paz morreram em serviço. Um total de 42 boinas-azuis brasileiros morreram desta forma, incluindo 27 no Haiti. No final, o coronel Correia Filho diz que ele e os seus colegas conseguiram manter a situação tranquila na região, para possibilitar o trabalho das agências da ONU, e que isso é o mais importante. O brasileiro sai da missão “muito feliz”.