O Grito dos Excluídos
Neste momento está ocorrendo de novo na Presidente Vargas ‘O Grito dos Excluídos'. Também tá tendo confronto nesse momento com a polícia, inclusive com bombas de gás lacrimogêneo.
Mais cedo, cerca de 300 manifestantes, reunidos desde das 7 e meia da manhã, na Avenina Passos, esquina com a Avenida Presidente Vargas, onde ocorreu o desfile militar de 7 de setembro.
O clima estava tenso desde cedo na concentração que foi chamada de setembro revolucionário. Houve um tumulto, uma manifestante foi atingida na cabeça por um cacetete e foi atendida pelos socorristas voluntários. Um representante do Ministério Público estadual estava no local filmando a movimentação.
Mais cedo em outro tumulto, três manifestantes foram levados para identificação mas não chegaram a ser presos. Alguns manifestantes usavam máscaras mas a maioria tem o rosto descoberto.
Por causa do bloqueio que impedia a passagem deles para Presidente Vargas, o grupo seguia com batuque de Grito de Ordem contra o governo para a Praça Presidente, para a Praça Tiradentes aliás.
Em frente ao 13º batalhão da P.M., também na Praça Tiradentes, foram lançadas bombas de efeito moral nos manifestantes e seguiram para [Campo de] Santana, que é alí pertinho também. Os policias disseram que foi jogada uma bomba caseira dentro do batalhão.
A tropa de choque chegou ao local e jogou bomba de gás lacrimogênio no grupo que conseguiu entrar na Avenida Presidente Vargas, na pista ao lado onde ocorria os defile militar.
Houve confronto e uma tropa do exército também foi ao local ajudar na dispensão... dispersão da manifestação.
Bombas de gás lacrimogênio foram lançadas, inclusive na arquibancada, espantando o público que assistia ao desfile. Muitas crianças e idosos passaram mal e foram atendidos pelos socorristas.
Também há manifestante atingidos por estilhaços de bombas de efeito moral.
A manifestação foi dispersada e o desfile seguiu como se nada estivesse acontecendo. Porém as arquibancadas, em frente ao Comando Militar do Leste, ficaram vazias.