Vacinação - baixa adesão e os desafios do Brasil I O ASSUNTO
Graças à vacinação em massa, o Brasil conseguiu erradicar doenças que antes faziam vítimas fatais
ou deixavam graves sequelas por toda a vida.
Os investimentos desde a incorporação do PNI até os dias atuais fizeram com que o Brasil passasse a ter uma das populações mais imunizadas do mundo.
O PNI, o Plano Nacional de Imunização, formulado na década de 70, universalizou o acesso à vacina e tornou o Brasil referência mundial.
Até que nos últimos anos, a situação mudou.
Mais de dois meses depois do início da campanha de vacinação contra a poliomielite,
o Brasil segue com a mais baixa cobertura de imunização para a doença em mais de quatro décadas.
Apenas 30% do público-alvo, que são crianças de 1 a 4 anos, foi vacinado.
Com alerta sobre a cobertura vacinal contra a meningite.
Apenas 41% do público-alvo se vacinou.
E a Fiocruz fez um alerta sobre a baixa cobertura na vacinação infantil.
Mais da metade das crianças não tem proteção para doenças como o sarampo e a catapora.
Doenças que pareciam erradicadas voltaram a preocupar.
Não é por acaso que o alerta sobre sarampo está na entrada da emergência pediátrica de uma das maiores redes hospitalares do Brasil.
A doença voltou a assustar.
O tipo mais grave de meningite voltou a fazer vítimas em São Paulo.
Agora a doença volta a circular nas principais cidades do país com um agravante.
A população não está protegida como deveria.
A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, o último caso da doença no Brasil,
foi registrado em 1989, há mais de 30 anos.
Mas segundo os especialistas, caso os índices de vacinação continuem baixos,
existe um sério risco da doença voltar a circular no país, o que seria um retrocesso gravíssimo.
E na mais recente campanha do governo federal,
nem a vacina contra a doença que matou mais de 700 mil brasileiros conseguiu chegar perto da meta.
Até o momento, mais de 10 milhões e meio de doses da vacina bivalente foram aplicadas em todo o país.
É menos de 20% do público-alvo das primeiras campanhas.
Da redação do G1, eu sou Júlia Dualibe e o assunto hoje é
o desafio de o Brasil voltar a ser exemplo na imunização.
Como a baixa adesão à vacina bivalente contra a Covid expõe as falhas nas campanhas de vacinação no país.
Neste episódio, eu converso com Renato Kifuri,
presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria.
Quinta-feira, 27 de abril.
Doutor Renato, a gente está conversando exatamente dois meses depois de a vacina bivalente começar a ser aplicada no Brasil.
Vamos lembrar que primeiro ela foi liberada para grupos prioritários e só depois para outras faixas etárias.
E agora, com a baixa adesão nestes dois meses, o Ministério da Saúde resolveu liberar a vacina para todos os brasileiros acima de 18 anos.
O senhor pode começar lembrando, por favor, a importância de se imunizar contra a Covid com a vacina bivalente?
Olha, Júlia, talvez uma das principais lições aprendidas com o uso das vacinas contra a Covid-19
é que o efeito protetor dessas vacinas, qualquer uma delas, ele tende a reduzir-se, a diminuir com o passar do tempo.
Então, aqueles indivíduos vacinados há mais de quatro, seis meses tendem a perder sua proteção.
Primeiro perde a proteção para formas leves da doença, você se reinfectar ou se infectar pela primeira vez é possível,
mas a proteção contra as formas graves da doença, ela continua sendo mais conservada por mais tempo.
Então, a necessidade de dose de reforço, é um exemplo da vacina da gripe, por exemplo,
parece ser uma necessidade especialmente para esses grupos mais vulneráveis.
E hoje, a gente dispor de uma vacina mais atualizada, uma vacina que contempla na sua formulação a Ômicron,
que é a variante hoje que há mais de um ano circula entre nós, é a melhor vacina disponível.
Então, reforçar é sempre importante, estar protegido, mesmo no momento onde tudo parece mais tranquilo,
ainda é uma necessidade, porque novas ondas podem vir, outras subvariantes da Ômicron podem aparecer,
o inverno pode ser uma tendência de aumento de circulação dos vírus respiratórios, entre eles o Covid.
Temos razões de sobra para reforçar a população de risco, primeiramente,
e obviamente, sobrando vacina, temos disponibilidade de ampliar para toda a população.
Doutor Renato, uma pergunta que o senhor está cansado de responder, mas vamos juntos,
eu queria que o senhor explicasse o que é a bivalente e por que ela é segura.
Quando nós percebemos que o vírus foi sofrendo essas mutações e essas variantes foram uma a uma substituindo a outra,
aquela cepa original de Wuhan virou uma alfa, foi substituída pela beta, gama, delta e por fim a Ômicron,
não havia muito espaço de nós construirmos vacinas para essas variantes que estavam em constante mudança.
A partir do momento que a Ômicron se fixou, desde novembro de 2021,
estamos praticamente a um ano e meio somente com a Ômicron circulando,
claro que tem as suas subvariantes, mas todas são Ômicron, foi possível atualizar essa vacina.
O que os estudos mostraram é que ao invés de nós substituirmos a vacina original por uma vacina somente de Ômicron,
se nós mantivéssemos a vacina original e acrescentássemos a Ômicron,
a proteção conferida por essa vacina bivalente, porque tem a original e a Ômicron,
se mostrou superior a uma vacina somente Ômicron.
Foram 814 voluntários que participaram da pesquisa e a farmacêutica constatou que, em média,
o corpo dessas pessoas produziu 1.75 vezes mais anticorpos na comparação com a vacina original.
E olha, ela passou pelo mesmo rigor de desenvolvimento, de segurança, de eficácia que as outras vacinas até hoje tiveram.
É uma vacina que a gente já está utilizando em milhões de doses aqui no Brasil e nos Estados Unidos.
As vacinas Covid, de uma maneira geral, já vacinaram 80% da população mundial, Júlia, com pelo menos duas doses.
Nunca se houve uma experiência tão grande com uma vacina em uso tão disseminado no planeta.
E os efeitos colaterais, as reações que a gente conhece, são as mesmas com a vacina monovalente.
A meta do Ministério da Saúde para a bivalente era imunizar 61 milhões de pessoas dos grupos prioritários.
Só que até agora, 10 milhões de brasileiros tomaram essa dose.
Considerando aqueles que integram os grupos prioritários, Dr. Renato, foram pouco mais de 8 milhões.
Quer dizer, foi um fracasso a campanha de vacinação.
Na sua avaliação, o que dá para ser feito para reverter essa situação?
Eu acho que a principal estratégia, que infelizmente ainda a gente não aprendeu a fazer, Júlia, é uma comunicação mais efetiva.
As campanhas têm sido feitas de uma maneira geral.
Até pouco tempo atrás, acho que a gente vê hoje, nessa atual gestão do Ministério da Saúde, uma mudança nesse cenário.
Mas até pouco tempo atrás, a gente fazia campanhas muito pouco estimulantes.
Campanhas informativas somente.
Poucas vezes isso explicava para a população a necessidade da vacinação, o porquê se vacinar,
quais são os riscos da não vacinação, os benefícios e a segurança das vacinas.
Isso fez com que as pessoas não tivessem uma percepção do benefício,
se identificassem de alguma maneira um pouco mais empática com aquela campanha, com aquela comunicação que era feita.
E, aliado a isso, talvez seja o principal divisor de águas, o próprio sucesso das vacinas.
Júlia, a gente sabe que as vacinas têm esse grande desafio.
Elas fazem muito sucesso, elas controlam doenças, elas eliminam outras,
reduzem taxas de hospitalização, isso reduz a percepção de risco da doença.
E a busca por prevenção, infelizmente, no ser humano, ela é voltada, ela é movida à percepção de risco.
Quando você não se sente ameaçado, e essa fase da pandemia traz uma certa tranquilidade para todos,
faz com que as pessoas não se motivem a se vacinar.
Isso traz uma falsa percepção de que não há necessidade de vacinar mais,
eu não posso perder meu tempo, eu esqueço, eu adio, eu questiono.
Campo fértil, inclusive, para as fake news e para os grupos antivacinas que adoram prosperar nesses momentos.
Sem dúvida nenhuma.
Doutor Renato, queria tratar agora do Plano Nacional de Imunização.
No período de transição entre os governos, o senhor assinou a relatoria de um documento com recomendações para o PNI.
Pode nos contar que recomendações foram essas e o quanto elas já foram seguidas pelo novo Ministério da Saúde?
Olha, Julia, as recomendações ou as sugestões que fizemos ao grupo de transição englobavam diversos aspectos.
O programa de sucesso é feito primeiro com vacinas, entregas rotineiras, com não desabastecimento de doses e tudo mais.
O Ministério da Saúde quer imunizar o maior número de pessoas possível antes do inverno.
Afirmou que a vacinação pode ser ampliada imediatamente em todo o país,
porque o governo federal tem 37 milhões de doses guardadas e consegue repor os estopes dos estados rapidamente.
Segundo, ele é feito com capacitação do profissional que está atuando na sala de vacina.
Ele precisa entender da vacina, nós temos uma mudança muito grande, uma reciclagem desses profissionais que mudam toda hora,
um calendário vacinal complexo que exige muito conhecimento e treinamento.
Ele precisa, nós precisamos de uma capacitação melhor dos profissionais da saúde que atuam na sala de vacinação.
Precisamos urgentemente de registros mais fidedignos de doses aplicadas.
Nós temos muitas salas de vacina do país sem computador, sem internet, sem funcionários para digitar os dados de vacinados.
Então, nós precisamos para ter ações de imunização mais efetiva, conhecer a real cobertura vacinal nominal
para cada bairro, para cada indivíduo, para cada vacina e a gente entender melhor quais são essas coberturas reais
e nesses dados administrativos que nós temos no sistema carecem de uma precisão muito grande.
Nós precisamos de campanhas de comunicação, nós claro que precisamos de um orçamento para isso.
Talvez aí seja o grande divisor de águas, Júlia, porque é difícil você reestruturar um programa
que foi, não vou dizer abandonado, mas que foi menos favorecido nos últimos anos sem um orçamento adequado.
Primeiro porque a peça orçamentária que foi enviada pelo governo Bolsonaro ao Congresso Nacional
já é extremamente problemática, considerada irrealista.
A gente começa falando da área da saúde que na comparação de 2023 com 2022
teve um corte de 59% na gratuidade da farmácia popular, de 46,4% na ação que se refere ao controle do câncer,
de 61,2% na atenção materna e infantil e de 36,8% no programa nacional de imunizações.
Um programa que é fundamental, sobretudo agora, que uma série de vacinas não estão alcançando a meta estipulada pelo governo.
Talvez seja o grande gargalo para nós avançarmos nessa questão.
Então nós temos muitas coisas a fazer, a sociedade científica, a sociedade brasileira de pediatria, de imunizações, de infectologias,
então imbuídas nessa parceria, nós sentimos nesse novo Ministério da Saúde uma vontade muito grande de avançarmos nesses pontos.
Nós recriamos, a Câmara Técnica foi extinta no governo anterior, ela foi recriada novamente através de uma portaria,
o próprio programa nacional de imunizações passou a ser uma, deixou de ser um programa da Secretaria de Vigilância,
passou a ter um departamento próprio com autonomia, então nós tivemos boas mudanças e boas sinalizações.
Mas eu sinto ainda que nós precisamos de um pacto maior com a sociedade civil especialmente,
que é engajada nesse processo de convencimento da população e de recursos.
Nós não vamos conseguir fazer milagres sem dinheiro novo aportado em programas que devem ser uma prioridade.
Espera um pouquinho que eu já volto para continuar minha conversa com o Renato Kifuri.
Recentemente o senhor escreveu um artigo chamado Hesitação Vacinal, em que explica alguns dos motivos por trás desse movimento.
O senhor poderia explicar para a gente o que significa esse fenômeno?
É um fenômeno mundial, que a gente achava que o Brasil, com o perdão do trocadilho, era imune ao antivacinismo, era imune às notícias falsas,
a gente acreditava que o Brasil era o país do carnaval, do futebol, do samba e da vacinação.
O Brasil e o continente americano foram pioneiros na erradicação, na eliminação de doenças.
Não imaginávamos alguns anos atrás que nós tivéssemos que explicar para a população por que se vacinar.
83% dos municípios brasileiros não atingiram a meta de algumas das mais importantes vacinas para crianças em 2021.
Três anos antes eram menos de 60%.
No caso da hepatite B em bebês de até 30 dias, só 10% dos municípios alcançaram a cobertura adequada.
A desinformação, as fake news, a polarização e a politização, tudo isso tem levado à insegurança para as pessoas.
Então, com certeza, isso tem atrapalhado nas nossas coberturas vacinais e podem atrapalhar com as coberturas vacinais da campanha de covid.
Hoje nós enfrentamos pais questionando se realmente são necessárias as vacinas para os filhos, se elas são seguras.
Então, ou seja, nós temos hoje um momento diferente, fruto de vários fatores,
especialmente não só da percepção do risco, mas da difusão de notícias falsas, de fake news,
onde as pessoas, especialmente os pais de crianças pequenas, sentem-se inseguros em vacinar seus filhos.
Há esse fenômeno com vacinas disponíveis, gratuitas, e onde o questionamento sobre a validade das vacinas aparece,
que nós denominamos de hesitação vacinal.
Doutor Renato, eu queria que o senhor nos contasse sobre uma grande fake news que é relacionada às vacinas,
talvez uma das primeiras fake news sobre o tema, que é aquela que relaciona a vacinação ao autismo.
É um clássico das fake news, né, Júlia?
A gente sabe que esse bom pesquisador inglês, chamado Andrew Wakefield,
ele forjou um estudo, não é que ele fez um estudo mal feito, foi um estudo falsificado, forjado, com interesses comerciais.
Ele publicou um artigo num dos mais respeitados periódicos de ciência do mundo, o Lancet,
mostrando um trabalho fraudado de que as crianças que foram vacinadas com a vacina de sarampo, cachumbo,
rubella, tripse, viral, tinham um risco muito aumentado de desenvolver autismo.
Isso, claro, trouxe um pânico na população, isso, claro, levou a uma baixa cobertura,
até hoje a Europa não controlou o sarampo, o último continente a eliminar o sarampo ainda é a Europa,
e essas gerações que vieram muitas vezes ainda carregam essa percepção equivocada de que vacinas poderiam causar autismo.
Essa fraude foi desmentida, ela foi revelada, ela acabou na justiça, esse médico teve o seu registro cassado,
ele foi expulso ali do Conselho de Medicina do Reino Unido.
É claro, Júlia, que efeitos colaterais, como qualquer remédio, vacinas têm,
é inegável que vacinas às vezes fazem, trazem dor de cabeça, trazem reações locais,
às vezes problemas um pouco mais graves, doenças inflamatórias, são raros esses eventos,
e que eles são, obviamente, muito inferiores quando se compara aos benefícios que as vacinas trazem.
Em quase meio século de existência, o PNI erradicou diversas doenças com a adesão da população brasileira.
O Programa Nacional de Imunizações foi criado em 1973 para prevenir doenças graves.
Atualmente, o SUS oferece 19 vacinas de rotina, todas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde.
Em 1986, o Brasil acabou criando o Zé Gotinha, que deu impulso à campanha contra a polio, que causa paralisia infantil.
Zé Gotinha! Zé Gotinha!
Oito anos depois, o país recebeu da Organização Pan-Americana de Saúde o Certificado de Erradicação da Doença.
Isso a população precisa entender, quem nos ouve aqui.
Uma vacina que é colocada num programa de vacinação para toda a população,
mesmo com os efeitos colaterais eventuais que elas possam ter, como tem, como qualquer medicamento tem,
o benefício que elas trazem superam de longe esses riscos.
Então, não há por que imaginar que nós tenhamos problemas maiores com o uso de vacinas
do que os problemas com as doenças contra as quais ela se propõe a prevenir.
Doutor Renato, o fato é que o Brasil não é mais exemplo de imunização, Brasil do Zé Gotinha,
não é mais um exemplo para qual o mundo olhava.
Dados da OMS do ano passado nos colocam entre os dez países com maior quantidade de crianças com vacinação atrasada.
Olha só que dado ruim.
Isso tem a ver com todas essas questões que o senhor falou, internacionais,
mas tem a ver também com questões internas, com o governo anterior,
que não incentivava, inclusive atrapalhava a vacinação.
Como é que o senhor vê o posicionamento atual?
O senhor acha que é possível ter uma mudança num governo que é mais pró-vacina do que o outro?
Não tem dúvida que o caminho começa pelo maior ente federativo do país, que é o Ministério da Saúde.
O período que se enferra foi marcado por uma das maiores tragédias da história,
a pandemia de Covid-19.
Em nenhum outro país a quantidade de vítimas fatais foi tão alta a proporcionamento da população quanto no Brasil.
Um dos países mais preparados para enfrentar as emergências sanitárias,
graças à competência do nosso sistema único de saúde e da competência de vacinação do nosso povo.
Vamos recompor o adorçamento da saúde para garantir a assistência básica?
A farmácia popular promover o acesso à medicina especializada?
Você disse bem, um programa de vacinação onde o chefe maior do estado,
onde os seus ministros são anti-vacinistas, são contra vacinação,
que não recomendam, que não tomam vacina.
O problema é meu, a vida é minha.
Olha, não tomou vacina.
Porque tem gente que quer que eu morra e fica me enchendo o saco para tomar vacina.
Deixa eu morrer.
Sem dúvida, esse tipo de exemplo, ele não é só um exemplo para aquele momento de uma vacina ou de uma pandemia,
mas ele é um exemplo que muitas vezes fica, ele é um momento que é registrado,
ele é um exemplo que prejudica no curto, no médio e no longo prazo.
Nós precisamos reconquistar essa confiança e não será, infelizmente,
não será uma tarefa fácil e rápida.
Nós vamos levar um tempo para que nós consigamos com políticas sustentadas,
com políticas de saúde pública e de comunicação que nos remetam a uma constância na comunicação com a população,
para que a gente evite males maior.
Eu tenho muito receio, viu, Júlia?
Eu acho que a gente talvez não tenha tempo suficiente de recuperar a confiança da população
e talvez a gente volte a ver casos de sarampo, de pólio, de doenças infelizmente graves, fatais na população
antes que a gente consiga o sucesso dessa recuperação.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância divulgou dados alarmantes sobre a vacinação infantil no Brasil.
48 milhões de crianças em todo o mundo não tomaram a primeira dose da vacina contra difteria, tétano e coqueluche.
1 milhão e 600 mil aqui no Brasil.
E para a Unicef, quem não tomou essa vacina até os dois meses de vida, não tomou nenhuma.
Eu espero que não, e lutamos muito para isso.
Estamos nos esforços, não nos faltarão.
Você já me ouviu muitas vezes e eu serei incansável, um dos, né, daqueles que serão incansáveis na defesa da vacinação
e na comunicação para a população da importância, do valor, da necessidade de termos nossas crianças vacinadas.
Não há nada pior, eu sou um pediatra, e não há nada pior do que nós reconhecermos, diagnosticarmos,
tratarmos um caso de qualquer doença que poderia ter sido evitada e ver uma criança internada,
sequelada ou até mesmo vir a falecer de uma doença evitável.
Renato, muito obrigada pela sua presença no assunto e espero o senhor para uma próxima vez.
O prazer é todo meu, Júlia, falar com vocês é sempre uma grande honra, um grande prazer. Obrigado.
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Comigo na equipe do assunto estão Mônica Mariotti, Amanda Polato, Thiago Aguiar,
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Neste episódio colaborou também Juliane Moretti.
Eu sou Júlia Duallibe e fico por aqui. Até o próximo assunto.
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