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Gramática da Língua Portuguesa, Uso dos pronomes “que”, “cujo” e “onde”

Uso dos pronomes “que”, “cujo” e “onde”

RKA3JV - Olá! Como vai? Tudo bem?

Hoje vamos falar de pronomes relativos.

Particularmente, de três pronomes relativos

que costumam causar algumas dúvidas:

"que", "cujo" e "onde".

Primeiro, vamos relembrar

rapidamente o que são pronomes relativos.

Um pronome relativo é aquele que,

normalmente, se refere a um termo anterior

e substitui esse termo em um enunciado,

de modo que a ideia não precise ser dividida em várias orações

ou que não pareça muito repetitiva.

Veja, por exemplo, esta ideia aqui.

"Eu comprei um par de tênis. O par de tênis é leve e confortável."

Duas orações para dizer que eu comprei um par de tênis leve e confortável,

é meio repetitivo, não é?

Então, com o uso do pronome relativo

esta ideia ficaria muito mais objetiva.

"Eu comprei um par de tênis que é leve e confortável."

Pronto.

A única coisa leve confortável desta frase

continua sendo o par de tênis.

Muito melhor, certo?

Então, aqui eu já falei do primeiro dos pronomes que compõem a nossa aula:

o "que".

Este "que" está relacionado ao par de tênis.

E vem depois do par de tênis.

Ou seja, o "que" se relaciona ao par de tênis e o substitui na frase.

Quando a palavra "que" tem essa função de pronome relativo,

ela se refere a um nome

no caso o par de tênis.

Pode ser um substantivo, pode ser um adjetivo,

pode ser um advérbio.

Enfim, o importante é a gente entender que o pronome relativo

substitui o nome que vem antes dele.

Outro pronome relativo é "cujo".

Este pronome é mais usado na linguagem formal

e indica uma relação de posse,

em que tanto o termo antecedente quanto o termo consequente

aparecem na frase.

Opa, ficou confuso?

Vamos olhar de novo aqueles tênis.

"Eu comprei um par de tênis que é leve e confortável."

O par de tênis é o antecedente

a que o pronome "que" se refere, certo?

Como ficaria uma frase que falasse desta compra usando o pronome "cujo"?

"Este é o par de tênis leve cujo conforto me encantou."

Olha, "cujo" equivale a "do qual", "do que", "de quem",

e varia segundo o gênero e o número.

Como eu disse, este é um tipo de construção bastante formal,

mas serve muito bem para o nosso exemplo.

O pronome "cujo" aqui se refere a quê?

Ao conforto do par de tênis.

Lembra por que eu comprei estes tênis? Porque eles eram leves e confortáveis.

Então, nesta construção, "cujo" liga o antecedente,

que é "o par de tênis",

ao termo consequente, "o conforto".

Usando essa construção, eu chamo a atenção

para o fato de o produto não ser apenas leve,

mas muito confortável.

E, finalmente, o pronome relativo "onde".

"Onde" sempre se refere a um lugar.

É comum a gente ouvir ou dizer coisas assim.

"Gostei da aula onde a professora ensinou a fazer origami"

ou "os agentes de saúde conversaram apenas com as famílias

onde havia mais de um caso da doença".

Gente, "aula" é lugar?

Eu acho que lugar é a sala de aula, não é?

É a escola.

Família é um lugar?

A casa em que a família vive, a rua, a cidade,

estes, sim, são lugares.

Embora isso seja mais comum do que devia na linguagem habitual, é inadequado.

Sempre que puder, evite isso.

Pense assim, eu estou falando de um lugar?

Tudo bem, eu posso usar "onde".

Eu não estou falando de um lugar,

melhor escolher outro pronome relativo.

Olha aqui como "onde" pode ficar muito mais adequado em uma frase.

"A loja onde comprei meus tênis ficava no segundo andar do shopping."

"A pista de corrida onde estreei meus tênis estava esburacada."

"A poça de lama onde enfiei o pé

me fez escorregar e quase cair."

"A lavanderia onde deixei os tênis fez um excelente trabalho."

"Onde" também pode aparecer precedido da preposição.

E aí, ele se aglutina com essa proposição.

Se você, por exemplo, vai a um lugar ensolarado, eu digo:

"o lugar aonde você vai é ensolarado".

A + onde.

Se você veio de um lugar frio, eu digo:

"o lugar donde você veio é frio".

De + onde.

Eu sei que a gente não usa muito "donde", mas é certo, viu?

Pode usar, sim.

Então, temos o seguinte.

O pronome relativo se refere a um nome.

Pode ser um substantivo, pode ser um adjetivo,

um advérbio, outro pronome e até uma oração inteira.

Veja estes exemplos aqui.

Agora entendeu tudo, não é?

Agora é exercitar.

Só aprendemos a língua portuguesa quando usamos suas estruturas.

Eu espero que você tenha gostado dessa aula.

A gente se vê por aí, até mais!

Uso dos pronomes “que”, “cujo” e “onde” Use of the pronouns "which", "whose" and "where" Uso de los pronombres "cuál", "cuyo" y "dónde". Użycie zaimków "który", "czyj" i "gdzie" 使用代词“que”、“whose”和“where”

RKA3JV - Olá! Como vai? Tudo bem?

Hoje vamos falar de pronomes relativos.

Particularmente, de três pronomes relativos

que costumam causar algumas dúvidas:

"que", "cujo" e "onde".

Primeiro, vamos relembrar

rapidamente o que são pronomes relativos.

Um pronome relativo é aquele que,

normalmente, se refere a um termo anterior

e substitui esse termo em um enunciado,

de modo que a ideia não precise ser dividida em várias orações

ou que não pareça muito repetitiva.

Veja, por exemplo, esta ideia aqui.

"Eu comprei um par de tênis. O par de tênis é leve e confortável."

Duas orações para dizer que eu comprei um par de tênis leve e confortável,

é meio repetitivo, não é?

Então, com o uso do pronome relativo

esta ideia ficaria muito mais objetiva.

"Eu comprei um par de tênis que é leve e confortável."

Pronto.

A única coisa leve confortável desta frase

continua sendo o par de tênis.

Muito melhor, certo?

Então, aqui eu já falei do primeiro dos pronomes que compõem a nossa aula:

o "que".

Este "que" está relacionado ao par de tênis.

E vem depois do par de tênis.

Ou seja, o "que" se relaciona ao par de tênis e o substitui na frase.

Quando a palavra "que" tem essa função de pronome relativo,

ela se refere a um nome

no caso o par de tênis.

Pode ser um substantivo, pode ser um adjetivo,

pode ser um advérbio.

Enfim, o importante é a gente entender que o pronome relativo

substitui o nome que vem antes dele.

Outro pronome relativo é "cujo".

Este pronome é mais usado na linguagem formal

e indica uma relação de posse,

em que tanto o termo antecedente quanto o termo consequente

aparecem na frase.

Opa, ficou confuso?

Vamos olhar de novo aqueles tênis.

"Eu comprei um par de tênis que é leve e confortável."

O par de tênis é o antecedente

a que o pronome "que" se refere, certo?

Como ficaria uma frase que falasse desta compra usando o pronome "cujo"?

"Este é o par de tênis leve cujo conforto me encantou."

Olha, "cujo" equivale a "do qual", "do que", "de quem",

e varia segundo o gênero e o número.

Como eu disse, este é um tipo de construção bastante formal,

mas serve muito bem para o nosso exemplo.

O pronome "cujo" aqui se refere a quê?

Ao conforto do par de tênis.

Lembra por que eu comprei estes tênis? Porque eles eram leves e confortáveis.

Então, nesta construção, "cujo" liga o antecedente,

que é "o par de tênis",

ao termo consequente, "o conforto".

Usando essa construção, eu chamo a atenção

para o fato de o produto não ser apenas leve,

mas muito confortável.

E, finalmente, o pronome relativo "onde".

"Onde" sempre se refere a um lugar.

É comum a gente ouvir ou dizer coisas assim.

"Gostei da aula onde a professora ensinou a fazer origami"

ou "os agentes de saúde conversaram apenas com as famílias

onde havia mais de um caso da doença".

Gente, "aula" é lugar?

Eu acho que lugar é a sala de aula, não é?

É a escola.

Família é um lugar?

A casa em que a família vive, a rua, a cidade,

estes, sim, são lugares.

Embora isso seja mais comum do que devia na linguagem habitual, é inadequado.

Sempre que puder, evite isso.

Pense assim, eu estou falando de um lugar?

Tudo bem, eu posso usar "onde".

Eu não estou falando de um lugar,

melhor escolher outro pronome relativo.

Olha aqui como "onde" pode ficar muito mais adequado em uma frase.

"A loja onde comprei meus tênis ficava no segundo andar do shopping."

"A pista de corrida onde estreei meus tênis estava esburacada."

"A poça de lama onde enfiei o pé

me fez escorregar e quase cair."

"A lavanderia onde deixei os tênis fez um excelente trabalho."

"Onde" também pode aparecer precedido da preposição.

E aí, ele se aglutina com essa proposição.

Se você, por exemplo, vai a um lugar ensolarado, eu digo:

"o lugar aonde você vai é ensolarado".

A + onde.

Se você veio de um lugar frio, eu digo:

"o lugar donde você veio é frio".

De + onde.

Eu sei que a gente não usa muito "donde", mas é certo, viu?

Pode usar, sim.

Então, temos o seguinte.

O pronome relativo se refere a um nome.

Pode ser um substantivo, pode ser um adjetivo,

um advérbio, outro pronome e até uma oração inteira.

Veja estes exemplos aqui.

Agora entendeu tudo, não é?

Agora é exercitar.

Só aprendemos a língua portuguesa quando usamos suas estruturas.

Eu espero que você tenha gostado dessa aula.

A gente se vê por aí, até mais!