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BBC News 2020 (Brasil), Como diferenciar perda de olfato e paladar da covid-19 da causada por gripe e

Como diferenciar perda de olfato e paladar da covid-19 da causada por gripe e

A perda do olfato e do paladar estão entre os sintomas mais frequentes da covid-19.

Foram inclusive incluídas na lista da Organização Mundial de Saúde de sintomas mais comuns.

Embora a OMS reforce que febre, tosse seca e

cansaço continuam no topo

Ainda assim uma mudança brusca na percepção dos odores e dos sabores é bastante

importante porque pode ser um indicador precoce de que fomos infectados pelo novo coronavírus.

Sou Camilla Veras Mota, da BBC News Brasil, e neste vídeo vou mostrar as diferenças

entre a perda do olfato e do paladar pela covid e aquela que pode acontecer por causa de

uma gripe, um resfriado comum ou uma sinusite.

Primeiro, é bom lembrar que a alteração do olfato, clinicamente conhecida como anosmia,

e a do paladar, chamada de disgeusia, têm sido observadas tanto em pacientes graves e hospitalizados

pela covid-19 quanto em pacientes com sintomas leves.

Ou até mesmo em pessoas que foram infectadas, mas não apresentaram nenhum outro sintoma.

Alguns especialistas acreditam que a anosmia costuma ser um dos sintomas iniciais da doença,

e que identificá-la no começo pode ser uma boa maneira de evitar sua propagação

Mas aí é que chegamos num ponto-chave: qual a diferença essa a perda de olfato e paladar

e aquela causada por infecções respiratórias comuns, como gripes e resfriados?

Segundo pesquisadores europeus que estudaram o tema, estamos falando de dois tipos de perda

muito diferentes, e que a causada pelo novo coronavírus costuma ser mais brusca e mais

grave.

Em muitos pacientes, isso acontece de uma maneira repentina.

Isso porque essa perda geralmente não é acompanhada de uma congestão nasal, o velho

nariz entupido, o que normalmente ocorre quando temos uma gripe ou resfriado.

E de fato, muitas pessoas com anosmia causada pelo coronavírus não percebem a existência

de muco e conseguem respirar sem dificuldade.

Isso porque a perda do olfato começa antes dos outros sintomas ou porque esses sintomas

acabam nunca ocorrendo.

Além disso, essa perda do paladar pode ser mais grave do que no caso de um resfriado.

Em alguns pacientes, ela chega a ser total, o que pode ser bastante assustador.

Segundo um estudo recente da Universidade de East Anglia, no Reino Unido, alguns pacientes

chegaram a dizer que não conseguiam nem distinguir entre o doce e o amargo.

Mas... por que isso ocorre?

Ainda não se sabe com certeza o motivo, mas os cientistas suspeitam de que o vírus afete

as células nervosas que estão diretamente envolvidas na percepção do olfato e do gosto.

E como já sabemos que nariz e boca são duas das principais vias de entrada do coronavírus

no nosso corpo, os cientistas acreditam que o vírus tem uma facilidade especial em se

colar e infectar essas células nervosas “especialistas” do nariz.

O mesmo ocorreria com as papilas gustativas da língua, onde estão os receptores do sabor.

E quanto à recuperação?

A boa notícia é que na grande maioria dos casos essa perda do paladar e do olfato causada

pelo novo coronavírus é reversível.

Mas é bom lembrar de que se trata de um sintoma persistente, que pode durar várias semanas.

Segundo um estudo recente da Itália, 48% dos pacientes da covid-19 e perda de olfato

ou paladar tinham se recuperado totalmente com quatro semanas.

Outros 40% tinham notado uma certa melhora e apenas 10% reportaram que, depois de quatro

semanas, não tinham percebido nenhuma melhora ou até mesmo verificado uma piora no quadro.

Isso significa que muitas vezes essa alteração no olfato e no paladar pode durar mais do

que a própria infecção causa pela covid.

E isso em parte é explicado pelo fato de que algumas das células que formam parte

do tecido olfativo das fossas nasais vivem entre 30 e 60 dias, ou seja, podem demorar

até dois meses para se regenerar após o paciente superar a doença.

E no caso das células receptoras gustativas, elas se regeneram a cada duas semanas aproximadamente.

Por isso, é provável que o paladar se recupere antes do olfato.

Outras respostas dependem de mais estudos.

Mas alguns especialistas estão animados com a possibilidade de que, no futuro, talvez

a gente possa fazer testes de olfato e paladar em casa, usando alimentos do dia a dia, como

alho, café, limão, sal, vinagre ou açúcar para poder identificar a anosmia e diferenciar

uma gripe ou um resfriado comum da covid-19.

É importante lembrar que, aqui no Brasil, o Ministério da Saúde recomenda procurar

ajuda médica imediatamente caso a pessoa apresente os sintomas clássicos da covid-19,

perda de olfato e paladar incluídas.

Segundo o governo, procurar um médico cedo pode evitar que os casos se agravem.

Então, é bom ficar atento.

Eu fico por aqui.

Obrigado por assistir e até a próxima!

Como diferenciar perda de olfato e paladar da covid-19 da causada por gripe e How to differentiate between loss of smell and taste from covid-19 and that caused by influenza and コビッド19による嗅覚・味覚障害と、インフルエンザによる嗅覚・味覚障害をどう区別するか?

A perda do olfato e do paladar estão entre os sintomas mais frequentes da covid-19.

Foram inclusive incluídas na lista da Organização Mundial de Saúde de sintomas mais comuns.

Embora a OMS reforce que febre, tosse seca e

cansaço continuam no topo

Ainda assim uma mudança brusca na percepção dos odores e dos sabores é bastante

importante porque pode ser um indicador precoce de que fomos infectados pelo novo coronavírus.

Sou Camilla Veras Mota, da BBC News Brasil, e neste vídeo vou mostrar as diferenças

entre a perda do olfato e do paladar pela covid e aquela que pode acontecer por causa de

uma gripe, um resfriado comum ou uma sinusite.

Primeiro, é bom lembrar que a alteração do olfato, clinicamente conhecida como anosmia,

e a do paladar, chamada de disgeusia, têm sido observadas tanto em pacientes graves e hospitalizados

pela covid-19 quanto em pacientes com sintomas leves.

Ou até mesmo em pessoas que foram infectadas, mas não apresentaram nenhum outro sintoma.

Alguns especialistas acreditam que a anosmia costuma ser um dos sintomas iniciais da doença,

e que identificá-la no começo pode ser uma boa maneira de evitar sua propagação

Mas aí é que chegamos num ponto-chave: qual a diferença essa a perda de olfato e paladar

e aquela causada por infecções respiratórias comuns, como gripes e resfriados?

Segundo pesquisadores europeus que estudaram o tema, estamos falando de dois tipos de perda

muito diferentes, e que a causada pelo novo coronavírus costuma ser mais brusca e mais

grave.

Em muitos pacientes, isso acontece de uma maneira repentina.

Isso porque essa perda geralmente não é acompanhada de uma congestão nasal, o velho

nariz entupido, o que normalmente ocorre quando temos uma gripe ou resfriado.

E de fato, muitas pessoas com anosmia causada pelo coronavírus não percebem a existência

de muco e conseguem respirar sem dificuldade.

Isso porque a perda do olfato começa antes dos outros sintomas ou porque esses sintomas

acabam nunca ocorrendo.

Além disso, essa perda do paladar pode ser mais grave do que no caso de um resfriado.

Em alguns pacientes, ela chega a ser total, o que pode ser bastante assustador.

Segundo um estudo recente da Universidade de East Anglia, no Reino Unido, alguns pacientes

chegaram a dizer que não conseguiam nem distinguir entre o doce e o amargo.

Mas... por que isso ocorre?

Ainda não se sabe com certeza o motivo, mas os cientistas suspeitam de que o vírus afete

as células nervosas que estão diretamente envolvidas na percepção do olfato e do gosto.

E como já sabemos que nariz e boca são duas das principais vias de entrada do coronavírus

no nosso corpo, os cientistas acreditam que o vírus tem uma facilidade especial em se

colar e infectar essas células nervosas “especialistas” do nariz.

O mesmo ocorreria com as papilas gustativas da língua, onde estão os receptores do sabor.

E quanto à recuperação?

A boa notícia é que na grande maioria dos casos essa perda do paladar e do olfato causada

pelo novo coronavírus é reversível.

Mas é bom lembrar de que se trata de um sintoma persistente, que pode durar várias semanas.

Segundo um estudo recente da Itália, 48% dos pacientes da covid-19 e perda de olfato

ou paladar tinham se recuperado totalmente com quatro semanas.

Outros 40% tinham notado uma certa melhora e apenas 10% reportaram que, depois de quatro

semanas, não tinham percebido nenhuma melhora ou até mesmo verificado uma piora no quadro.

Isso significa que muitas vezes essa alteração no olfato e no paladar pode durar mais do

que a própria infecção causa pela covid.

E isso em parte é explicado pelo fato de que algumas das células que formam parte

do tecido olfativo das fossas nasais vivem entre 30 e 60 dias, ou seja, podem demorar

até dois meses para se regenerar após o paciente superar a doença.

E no caso das células receptoras gustativas, elas se regeneram a cada duas semanas aproximadamente.

Por isso, é provável que o paladar se recupere antes do olfato.

Outras respostas dependem de mais estudos.

Mas alguns especialistas estão animados com a possibilidade de que, no futuro, talvez

a gente possa fazer testes de olfato e paladar em casa, usando alimentos do dia a dia, como

alho, café, limão, sal, vinagre ou açúcar para poder identificar a anosmia e diferenciar

uma gripe ou um resfriado comum da covid-19.

É importante lembrar que, aqui no Brasil, o Ministério da Saúde recomenda procurar

ajuda médica imediatamente caso a pessoa apresente os sintomas clássicos da covid-19,

perda de olfato e paladar incluídas.

Segundo o governo, procurar um médico cedo pode evitar que os casos se agravem.

Então, é bom ficar atento.

Eu fico por aqui.

Obrigado por assistir e até a próxima!