DOM PEDRO I - um MÚSICO NOTÁVEL - teria sido um PIONEIRO do CHORO?
Boniiiiiito!
Olá, meus amigos, Danilo Brito, aqui!
Esta música é de Dom Pedro Primeiro! Pois é,
É sabido que o homem nasceu a 12 de outubro de 1798, chegou no Brasil aos nove anos
de idade, em 1808, juntamente à família real, mas a verdade é que não é
tão amplamente divulgado que ele era um músico sensível e muito bem estudado.
Desde pequeno, ele mostrou interesse pela música, pelos instrumentos musicais.
Quando ele tinha13 anos, seu pai mandou vir de Portugal um grande mestre em música, compositor da corte,
de óperas, de música sacra, Marcos Portugal, lisboeta.
Mas ele não teve somente esse professor, ele teve, também, como mestre
o carioca José Maurício Nunes Garcia, este grande autoridade em música, também.
E como prova de que o garoto era muito bem assistido
ele teve um terceiro Professor, este austríaco, Sigismund Neukomm.
Disse bem? [risos]
E ele tinha facilidade para aprender instrumentos musicais, tocava clarim, trombone, cravo, violoncelo,
violino, clarinete... O homem não era brincadeira, hein? E começou a compor, também.
Eu acho que ele teve a sorte
de nascer numa família que apreciava música verdadeiramente.
Mais para frente, a Princesa Leopoldina,
como prova da admiração que tinha por seu marido, enviava cartas aos seus pais, dizendo
das proezas dele como multi-instrumentista, como compositor, ela dizia que ele compunha obras sem a
ajuda dos mestres, e que ela não havia encontrado ainda um talento igual ao dele.
Que beleza, hein?
E ela era grande entusiasta da música, admiradora.
A mãe dela, a Princesa Maria Thereza, casada com o Imperador austríaco
era grande apoiadora das artes, grande entusiasta, também.
Aiás, Beethoven compôs em homenagem a Dona Maria Teresa, mãe da Princesa Leopoldina.
Estás vendo?
Eu confesso que fiquei admirado com as composições de Dom Pedro, quando as ouvi,
muito bem trabalhadas, sofisticadas...
Impressionante o que ele conseguiu... Porque você imagine...
Um príncipe com tantos afazeres, diversos...
Arrumar tempo para estudar a música a fundo. O que acontece é o seguinte: um músico para se dedicar,
ou seja, para chegar num nível satisfatório em música, ele precisa dedicar muitas horas por dia, durante anos a fio.
E ele conseguiu isso de uma maneira brilhante, ou seja, conseguiu ser um músico notável,
sem deixar ser príncipe, Imperador do Brasil.
Então a base dele musical, a formação foi muito sólida.
Ele compunha verdadeiras orquestrações, para corte.
Mas, também, ele se rendia à música popular.
O fado luso-cigano, a modinha luso-brasileira, que estava em voga na época.
Isso é muito interessante, porque ele não só compunha as músicas chamadas clássicas do seu estudo erudito.
Como ele, também, empunhava um violão, uma guitarra clássica, ou viola como se diz em Portugal,
aqui, chamamos violão,
e acompanhava essas modinhas.
Compunha de maneira que agradava a todos!
As músicas mais populares e as chamadas eruditas.
Artigos escritos na época, lançados na Europa, diziam que
a música que mais fazia sucesso naquele momento no Brasil era composição de Dom Pedro,
Tanto a melodia, a música, quanto a letra. Olha só!
E era muito popular, hein?
Então ele saía da música sacra, com orquestração, tudo,
E empunhava seu violão e se juntava aos músicos populares, também.
Acompanhando aqueles cantores, aqueles trovadores, aquelas músicas românticas.
Por que não chamá-los de seresteiros?
É interessante que para muitos músicos, há uma linha, uma fronteira imaginária entre a
música erudita e a música popular.
E como bem disse o grande Sérgio Assad, no depoimento que ele deu aqui para nosso canal,
não tem esse negócio, ou a música é boa ou não é.
Ele diz que se deparou com isso em determinado momento da vida, de seus estudos,
que ele não poda misturar a música clássica com a música popular.
Bom, se você quiser ver essa entrevista inteira eu vou deixar o link aqui na descrição para que você veja.
Uma beleza!
Mas isso faz parte da história de nosso grandes músicos, não é? Como Nazareth, por exemplo.
Nazareth tinha essa formação erudita, mas ele se rendia ao balanço da música popular brasileira,
os lundus, enfim, o que acabou se transformando a música brasileira, que naquele momento era uma grande junção de estilos.
De estilos africanos e europeus.
E a gente nota, pela história de Dom Pedro I,
que isso vende muito antes, né? Essa mistura.
Ele mesmo tocava os lundus africanos.
Tocava a música europeia, a música popular portuguesa, luso-brasileira... E essa mistura
ou seja, já se transformava na identidade musical brasileira.
Foi assim que nasceu choro um pouco depois.
Por influência direta da polca, que chegou no Brasil por volta de 1845.
Mas que com essa mistura toda de gêneros, de estilos, do sentimento brasileiro, acabou se transformando
no nosso primeiro gênero genuinamente brasileiro: o Choro.
Sobre isso tem aqui também nesse canal.
Aqui você encontra esse tipo de coisa, é uma beleza! O que tem de informação aqui!
Será que podemos dizer que Dom Pedro I foi um precursor do Choro?
Eu acredito que sim, por que não?
Se a gente parar para pensar nisso, é uma coisa muito interessante.
Porque os músico de formação clássica beberam nessa fonte da música popular,
E os músicos populares, também, claro, por sua vez. Então, essa mistura gerou essa
riqueza, essa variedade enorme rítmica, melódica e harmônica, que existe na música brasileira.
Não era Choro, obviamente, mas a mistura de ritmos que veio a se transformar na música brasileira embasada
já havia lá com Dom Pedro I.
Não só pelas mãos dele mas pelos músicos de sua época.
Tanto eruditos como populares.
Eu confesso que essa pergunta me ocorreu agora.
E o que que vocês acham?
E você? O que você acha? Diga aqui nos comentários.
Mas que bom raciocínio...
Bem, meus amigos, além de escrever,
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Bom, vamos tocar o Hino? O Hino da Independência.
Agora eu vou tocar inteiro, hein? Vamos ver!
Um grande e forte abraço!