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Os Escravos, por Antonio Frederico de Castro Alves, 32º Poema: Súplica, de Os Escravos, de Castro Alves

32º Poema: Súplica, de Os Escravos, de Castro Alves

Súplica

La nègre marqué au signe de Dieu comme vous passera désormais du berceau à

la fosse, la nuit sur son âme, la nuít sur la figure.

PELLETAN

Senhor Deus, dá que a boca da inocência

Possa ao menos sorrir,

Como a flor da granada abrindo as pet'las Da alvorada ao surgir.

Dá que um dedo de mãe aponte ao filho

O caminho dos céus,

E seus lábios derramem como pérolas

Dois nomes — filho e Deus.

Que a donzela não manche em leito impuro

A grinalda do amor.

Que a honra não se compre ao carniceiro

Que se chama senhor.

Dá que o brio não cortem como o cardo

Filho do coração.

Nem o chicote acorde o pobre escravo

A cada aspiração.

Insultam e desprezam da velhice

A coroa de cãs.

Ante os olhos do irmão em prostitutas

Transformam-se as irmãs.

A esposa é bela...

Um dia o pobre escravo

Solitário acordou;

E o vício quebra e ri do nó perpétuo

Que a mão de Deus atou.

Do abismo em pego, de desonra em crime

Rola o mísero a sós.

Da lei sangrento o braço rasga as vísceras

Como o abutre feroz.

Vê!... A inocência, o amor, o brio, a honra,

E o velho no balcão.

Do berço à sepultura a infâmia escrita...

Senhor Deus! compaixão!...

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32º Poema: Súplica, de Os Escravos, de Castro Alves 32nd Poem: Súplica, from Castro Alves' The Slaves 32º Poema: Súplica, de Los esclavos, de Castro Alves

Súplica

La nègre marqué au signe de Dieu comme vous passera désormais du berceau à

la fosse, la nuit sur son âme, la nuít sur la figure.

PELLETAN

Senhor Deus, dá que a boca da inocência

Possa ao menos sorrir,

Como a flor da granada abrindo as pet'las Da alvorada ao surgir.

Dá que um dedo de mãe aponte ao filho

O caminho dos céus,

E seus lábios derramem como pérolas

Dois nomes — filho e Deus.

Que a donzela não manche em leito impuro

A grinalda do amor.

Que a honra não se compre ao carniceiro

Que se chama senhor.

Dá que o brio não cortem como o cardo

Filho do coração.

Nem o chicote acorde o pobre escravo

A cada aspiração.

Insultam e desprezam da velhice

A coroa de cãs.

Ante os olhos do irmão em prostitutas

Transformam-se as irmãs.

A esposa é bela...

Um dia o pobre escravo

Solitário acordou;

E o vício quebra e ri do nó perpétuo

Que a mão de Deus atou.

Do abismo em pego, de desonra em crime

Rola o mísero a sós.

Da lei sangrento o braço rasga as vísceras

Como o abutre feroz.

Vê!... A inocência, o amor, o brio, a honra,

E o velho no balcão.

Do berço à sepultura a infâmia escrita...

Senhor Deus! compaixão!...