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World News 2020 (European Portuguese audio), Eurodeputados vão debater resolução sobre Turquia

Eurodeputados vão debater resolução sobre Turquia

[Eurodeputados vão debater resolução sobre Turquia].

A tensão militar na zona oriental do mar Mediterrâneo, envolvendo a Grécia e Chipre de um lado, que são membros da União Europeia, e a Turquia, por outro, está longe de acalmar e paira a ameaça da União Europeia aprovar sanções na sua cimeira de líderes, dentro de duas semanas.

"... Não resta muito tempo. Se as tensões não desescalarem, nem houver sinais claros de que a crise se dissipou porque a Turquia recuou na sua postura muito ofensiva, acho muito provável que seja aprovado algum tipo de sanções pela União Europeia. É quase inevitável", (disse Ian Lesser, diretor-executivo da delegação em Bruxelas do centro de estudos German Marshal Fund).

Mas a União Europeia tem tentado ser muito prudente com um país vizinho que é membro da NATO, com o qual tem um pacto para gerir refugiados e que ainda é candidato a Estado-membro.

"... A mudança de direção na política turca está no centro do problema. Neste momento, devido a vários motivos políticos, internos e outros, o país tenta projetar-se como a potência mais importante da região, de forma muito destacada, seja na Síria, na Líbia e cada vez mais no mar Mediterrâneo, na zona oriental e no Egeu", (acrescentou Ian Lesser).

A bancada socialista no Parlamento Europeia e eurodeputados gregos e cipriotas de outros partidos propuseram um debate e uma resolução sobre este assunto na sessão plenária, na próxima semana.

O relator, (Nacho Sánchez Amor), explicou à euronews que é preciso de uma vez por todas resolver a questão da candidatura da Turquia, cuja suspensão foi votada favoravelmente pelo Parlamento Europeu, em março de 2019.

"... Temos de ser muito claros: esta situação é muito decepcionante para a União Europeia, porque se espera de um país candidato que se aproxime da União, seja mais lenta ou mais rapidamente. Aparentemente, a Turquia decidiu de forma diferente e continua a afastar-se dos padrões da União Europeia, das políticas e interesses defendidos pela União Europeia. Além disso, esse afastamento é feito também com recurso à frente militar", (explicou Nacho Sánchez Amor, que é um eurodeputado espanhol de centro-esquerda).

Os eurodeputados apoiam a posição do chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, e da atual presidência do bloco a cabo da Alemanha, de manter aberto o diálogo, mas exigindo à Turquia que não tome mais medidas unilaterais sobre a exploração de gás na zona oriental do mar Mediterrâneo.

"... Existem dois cenários mais prováveis. Num deles, a Turquia reflete sobre esta situação e opta pelo diálogo, retirando as forças militares da zona marítima de contenda. O outro cenário é manter a atual postura, com presença militar, aumentando o risco de um incidente grave", (referiu o eurodeputado Nacho Sánchez Amor).

O governo de Portugal defende que os direitos de exploração de gás naquela zona devem ser decididos através do diálogo diplomático ou com recurso ao sistema judicial internacional.

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Eurodeputados vão debater resolução sobre Turquia Abgeordnete debattieren über Resolution zur Türkei MEPs to debate resolution on Turkey

[Eurodeputados vão debater resolução sobre Turquia].

A tensão militar na zona oriental do mar Mediterrâneo, envolvendo a Grécia e Chipre de um lado, que são membros da União Europeia, e a Turquia, por outro, está longe de acalmar e paira a ameaça da União Europeia aprovar sanções na sua cimeira de líderes, dentro de duas semanas.

"... Não resta muito tempo. Se as tensões não desescalarem, nem houver sinais claros de que a crise se dissipou porque a Turquia recuou na sua postura muito ofensiva, acho muito provável que seja aprovado algum tipo de sanções pela União Europeia. É quase inevitável", (disse Ian Lesser, diretor-executivo da delegação em Bruxelas do centro de estudos German Marshal Fund).

Mas a União Europeia tem tentado ser muito prudente com um país vizinho que é membro da NATO, com o qual tem um pacto para gerir refugiados e que ainda é candidato a Estado-membro.

"... A mudança de direção na política turca está no centro do problema. Neste momento, devido a vários motivos políticos, internos e outros, o país tenta projetar-se como a potência mais importante da região, de forma muito destacada, seja na Síria, na Líbia e cada vez mais no mar Mediterrâneo, na zona oriental e no Egeu", (acrescentou Ian Lesser).

A bancada socialista no Parlamento Europeia e eurodeputados gregos e cipriotas de outros partidos propuseram um debate e uma resolução sobre este assunto na sessão plenária, na próxima semana.

O relator, (Nacho Sánchez Amor), explicou à euronews que é preciso de uma vez por todas resolver a questão da candidatura da Turquia, cuja suspensão foi votada favoravelmente pelo Parlamento Europeu, em março de 2019.

"... Temos de ser muito claros: esta situação é muito decepcionante para a União Europeia, porque se espera de um país candidato que se aproxime da União, seja mais lenta ou mais rapidamente. Aparentemente, a Turquia decidiu de forma diferente e continua a afastar-se dos padrões da União Europeia, das políticas e interesses defendidos pela União Europeia. Além disso, esse afastamento é feito também com recurso à frente militar", (explicou Nacho Sánchez Amor, que é um eurodeputado espanhol de centro-esquerda).

Os eurodeputados apoiam a posição do chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, e da atual presidência do bloco a cabo da Alemanha, de manter aberto o diálogo, mas exigindo à Turquia que não tome mais medidas unilaterais sobre a exploração de gás na zona oriental do mar Mediterrâneo.

"... Existem dois cenários mais prováveis. Num deles, a Turquia reflete sobre esta situação e opta pelo diálogo, retirando as forças militares da zona marítima de contenda. O outro cenário é manter a atual postura, com presença militar, aumentando o risco de um incidente grave", (referiu o eurodeputado Nacho Sánchez Amor).

O governo de Portugal defende que os direitos de exploração de gás naquela zona devem ser decididos através do diálogo diplomático ou com recurso ao sistema judicial internacional.