ACUMULADORES | PARAFERNALHA

No episódio de hoje de Acumuladores, conheça Cléber.

Cléber é uma dessas pessoas que não deixam nada passar.

Desde os 5 anos de idade vem acumulando mágoas e rancores, muitas das quais já nem se lembra dos motivos.

Então, eu falei para você que esse aqui era especial, né?

Esse aqui foi uma briga que eu tive com meu irmão quando ele tentou me passar a perna...

e aí desde então eu não falo mais com ele.

Três anos.

Não, eu não falo com ele desde os três anos de idade, né?

A briga em questão foi por causa de um último pedaço de bolo.

E Adriano, irmão de Cléber, não sabia se era o último.

Não, eu não sabia que era o último pedaço de bolo.

A minha vó falou que tinha mais, foi justamente o que eu falei para ele...

Só que ele não quis me ouvir.

As pessoas têm que entender que as coisas não são bem assim.

Eu lembro porque eu quero impedir que as pessoas façam isso de novo comigo.

Nenhuma, né, porque quem bate nunca lembra, agora quem apanha nunca esquece.

Foda-se.

Mas Cléber não acumula apenas mágoas e rancores, ele também possui uma vasta coleção de desavenças.

Essa daqui é a minha sala, né? Ah, esse aqui é o Fabinho.

Ele me escolheu por último lá no time de futebol do colégio e é claro que eu fiquei puto com esse filho da puta.

Ah! Olha só isso aqui. Essa aqui é a Lídia, era uma garota que eu gostava.

- E ela terminou com você? - Óbvio que não, né?

Ela nem quis ficar comigo.

Entendi.

Mas nesse mundo de desavenças, o que seria de nós se não existisse o perdão?

Nossa equipe fez uma tentativa de reconciliação entre familiares e amigos de Cléber,

que por conta das coisas que acumulou, acabou se sentindo muito sozinho.

Parque bonito.

Detesto parque.

Altair me trouxe no parque tem uns 4 anos, para correr. Nunca mais falei com ele.

Vem cá, a gente já não falou tudo lá em casa, não? A gente vai ficar por aqui?

Tem água, por exemplo?

Que papelão, hein?

Como sabemos, não é todo mundo que está preparado para perdoar.

No caso da nossa equipe, aprendemos hoje.