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Embrulha Pra Viagem, AULA ONLINE | EMBRULHA PRA VIAGEM

AULA ONLINE | EMBRULHA PRA VIAGEM

Oi, turma!

Olha eu aqui de novo.

Estamos aí com a família, sempre.

Mantendo nosso isolamento aqui.

Em casa... Alto astral.

Tem muita coisa voltando em São Paulo, né?

Muitos bares, alguns comércios voltaram também.

A minha gastrite também voltou semana passada.

A escola... não. Não sei nem se volta mais.

Aproveitando esse momento que a gente tem nossa reflexão,

eu queria falar sobre a aula online da escola,

que eu tô achando... péssimo mesmo.

E tem prejudicado muito a minha figura como pai aqui.

Não sei na casa de vocês. Eu tenho dois filhos,

muita gente sabe.

E pro filho, o pai sempre é o herói, que salva, que resolve.

A pandemia tá destruindo essa imagem.

Eles me veem há meses de pijama

Eu tenho muito alto astral, mas tenho dado uma deprimida.

Ás vezes eu choro e brigo muito com a Eleonora.

Isso já contribui pra acabar com a imagem, né?

Aí veio a aula online pra destruir de vez.

Porque a aula é da criança, mas a gente acaba participando,

porque tem que ligar o computador, é a conexão,

e quando você vê, já tá na aula.

E as crianças perguntam, né?

O mais velho, então, adora perguntar coisa

na frente da professora, das outras crianças.

A gente não lembra, né?

Se eu não sabia das matérias nem na época que eu estudava,

você imagina agora se eu lembro de alguma matéria.

Então, complica muito assim pra gente.

Se ainda é uma pergunta direta

que dá pra colar ali escondido no Google, ainda vai.

Que nem na semana passa, que ele perguntou pra mim,

Papai, me dê um exemplo de animal marsupial.

Eu... não sabia nem o que era marsupial.

Falei, claro filho, claro. Vou só tomar uma água.

Quando eu fui pegar a água, já liguei o filtro,

já procurei no Google.

Gritei, canguru, tem o canguru, né?

Jogando assim meio solto. E me safei.

Mas ontem, por exemplo,

ele queria fazer uma divisão de número decimal

no meio da aula comigo.

Depois que veio a calculadora,

quem é que sabe fazer divisão com número decimal

Desce zero, vírgula aí. Não tinha como.

Não tive dúvida. Eu simulei um ataque.

Caí no chão, comecei a babar, tremer ali.

A criança ficou assustada, claro.

Falei, papai tá bem, segue sua aula.

Vou respirar no quarto.

Me tranquei no quarto até acabar a aula online.

Mas não dá pra fazer isso todo dia, né?

Então eu queria evitar esse constrangimento,

pedir uma ajuda da escola, não sei.

De repente proibir a criança de perguntar coisa pros pais.

Principalmente ao vivo.

Também pode mandar a matéria uns dois dias antes escondido pros pais

pra gente ter tempo de estudar.

Ou fazer da aula online mais uma brincadeira, mesmo.

Até porque o que a gente tinha que aprender em 2020

era mais assim, lavar a mão, botar máscara.

O resto deixa pra aprender ano que vem, né?

Aproveita agora pra jogar jogo da velha.

Forca.

Stop.

Que vocês acham?


AULA ONLINE | EMBRULHA PRA VIAGEM

Oi, turma!

Olha eu aqui de novo.

Estamos aí com a família, sempre.

Mantendo nosso isolamento aqui.

Em casa... Alto astral.

Tem muita coisa voltando em São Paulo, né?

Muitos bares, alguns comércios voltaram também.

A minha gastrite também voltou semana passada.

A escola... não. Não sei nem se volta mais.

Aproveitando esse momento que a gente tem nossa reflexão,

eu queria falar sobre a aula online da escola,

que eu tô achando... péssimo mesmo.

E tem prejudicado muito a minha figura como pai aqui.

Não sei na casa de vocês. Eu tenho dois filhos,

muita gente sabe.

E pro filho, o pai sempre é o herói, que salva, que resolve.

A pandemia tá destruindo essa imagem.

Eles me veem há meses de pijama

Eu tenho muito alto astral, mas tenho dado uma deprimida.

Ás vezes eu choro e brigo muito com a Eleonora.

Isso já contribui pra acabar com a imagem, né?

Aí veio a aula online pra destruir de vez.

Porque a aula é da criança, mas a gente acaba participando,

porque tem que ligar o computador, é a conexão,

e quando você vê, já tá na aula.

E as crianças perguntam, né?

O mais velho, então, adora perguntar coisa

na frente da professora, das outras crianças.

A gente não lembra, né?

Se eu não sabia das matérias nem na época que eu estudava,

você imagina agora se eu lembro de alguma matéria.

Então, complica muito assim pra gente.

Se ainda é uma pergunta direta

que dá pra colar ali escondido no Google, ainda vai.

Que nem na semana passa, que ele perguntou pra mim,

Papai, me dê um exemplo de animal marsupial.

Eu... não sabia nem o que era marsupial.

Falei, claro filho, claro. Vou só tomar uma água.

Quando eu fui pegar a água, já liguei o filtro,

já procurei no Google.

Gritei, canguru, tem o canguru, né?

Jogando assim meio solto. E me safei.

Mas ontem, por exemplo,

ele queria fazer uma divisão de número decimal

no meio da aula comigo.

Depois que veio a calculadora,

quem é que sabe fazer divisão com número decimal

Desce zero, vírgula aí. Não tinha como.

Não tive dúvida. Eu simulei um ataque.

Caí no chão, comecei a babar, tremer ali.

A criança ficou assustada, claro.

Falei, papai tá bem, segue sua aula.

Vou respirar no quarto.

Me tranquei no quarto até acabar a aula online.

Mas não dá pra fazer isso todo dia, né?

Então eu queria evitar esse constrangimento,

pedir uma ajuda da escola, não sei.

De repente proibir a criança de perguntar coisa pros pais.

Principalmente ao vivo.

Também pode mandar a matéria uns dois dias antes escondido pros pais

pra gente ter tempo de estudar.

Ou fazer da aula online mais uma brincadeira, mesmo.

Até porque o que a gente tinha que aprender em 2020

era mais assim, lavar a mão, botar máscara.

O resto deixa pra aprender ano que vem, né?

Aproveita agora pra jogar jogo da velha.

Forca.

Stop.

Que vocês acham?