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Geografia (Geography), CERRADO | GEOGRAFIA | Mapa Mental | Quer Que Desenhe

CERRADO | GEOGRAFIA | Mapa Mental | Quer Que Desenhe

Fala pessoas, tudo bem com vocês?

Eu sou o Marcus Oliveira, faço parte da equipe de Geografia do Descomplica

e esse episódio do Quer Que Desenhe traz um resumo completão sobre o cerrado.

É um tema muito importante e cobrado de diversas formas nos vestibulares,

relacionando o bioma com o clima, a fauna, a flora,

o relevo, a hidrografia e os impactos ambientais.

Então fica ligado que esse conteúdo é quentíssimo para as provas

e se você gostar, não se esquece de deixar um like no vídeo e se inscrever no canal.

Ah, mas além saber tudo sobre o cerrado,

deixamos um link na descrição para assinar o Descomplica

e ter acesso ao curso completo, preparação com todas as aulas,

materiais e exercícios para mandar bem no vestibular e no ENEM.

Também deixamos o mapa mental em altíssima resolução

para download aqui no link da descrição. Vamos lá?

O bioma do Cerrado é o segundo maior bioma do Brasil e da América do Sul,

atrás apenas da Amazônia.

Ocupa 22% do território nacional,

estando localizado principalmente, no Brasil Central.

Ele é um tipo de Savana, vegetação muito comum na África

inclusive, as condições climáticas e pedológicas são muito parecidas,

basta lembrar que que esses continentes já estiveram juntos.

O clima predominante, é o tropical semiúmido ou continental,

um verão chuvoso e inverno seco,

e essa característica é muito importante para a região.

O relevo é caracterizado por planaltos e depressões, limitados pelas chapadas,

formas de relevo de topo aplainado e escarpas abruptas.

As chapadas correspondem a enormes degraus com mais de 500m de altura,

como a Chapada dos Veadeiros e a dos Guimarães.

Os solos dessa região são em grande maioria ácidos e pobres em nutrientes,

tal condição decorre do intenso processo de intemperismo químico

que ao longo de milhares de anos, resulta na lixiviação e laterização dos solos.

Apenas lembrando, a lixiviação é a lavagem do solo pela chuva,

em que a infiltração da água acaba levando os minerais, como potássio e cálcio.

Ao mesmo tempo, esse processo gera a concentração de outros minerais,

que a água não consegue dissolver, como o ferro e o alumínio,

essa concentração dos hidróxidos de ferro e alumínio

e o ressecamento, devido ao clima tropical,

formam uma crosta na superfície do solo

que é muito resistente ao processo erosivo,

crosta essa denominada: carapaça laterítica ou carapaça ferruginosa.

Esse processo intenso de lavagem e formação da laterita,

é denominado: laterização.

Por muito tempo a ideia de bioma pobre prevaleceu,

ao viajar de carro pela região,

era possível observar por horas a mesma paisagem,

isso dava a falsa ideia de que não existia biodiversidade nesse bioma.

Após muitos estudos essa visão foi derrubada,

hoje, ele é visto como um bioma de riquíssima biodiversidade.

Sua fauna, é composta por mais de 1100 espécies de peixes,

180 de répteis,

190 de mamíferos, como tamanduá-bandeira, a capivara, o lobo-guará

e 800 espécies de aves, como a gralha, asa branca, a ema.

Alguns estudos apontam, que o cerrado detém aproximadamente 35% das abelhas

e 23% dos cupins das regiões tropicais do mundo.

Sua flora é do tipo mista, predominando dois tipos de extratos:

o arbóreo, marcado por árvores de pequeno e médio porte,

como pequi, o pau-santo, a lixeira;

e o herbáceo, gramíneas e vegetação rasteira.

Muitas plantas são classificadas como tropófilas,

isto é, vegetação adaptada ao clima tropical semiúmido.

Boa parte da vegetação, apresenta galhos e troncos retorcidos,

decorrente da deficiência de nutrientes e concentração de alumínio no solo.

De qualquer forma, a vegetação tende a ser mais exuberante

nas áreas com maior disponibilidade hídrica.

Próximos aos rios e dependendo do seu tamanho,

é possível observar a formação de uma mata ciliar ou mata galeria,

cujas estratos arbóreos são maiores, como é o caso das veredas,

que você já ouviu falar aí tanto nas obras de Guimarães Rosa.

Muitas vezes referenciada como o Oasis do Sertão,

essa é uma formação vegetal que surge próximo ao afloramento do lençol freático

e portanto, das nascentes dos rios.

Além de ajudar na proteção dessas nascentes,

serve de abrigo para a fauna da região, durante o período mais seco.

O buriti é uma árvore muito famosa nessa região, de veredas

e pode atingir até 35m de altura.

Para muitos estudiosos, o cerrado, é considerado a caixa d'água do Brasil,

sua localização na região central do país,

o coloca como ponto de nascente de diversos rios

das principais bacias hidrográficas brasileiras,

como a bacia do Amazonas, do Tocantins-Araguaia,

do São Francisco, do Paraná e do Paraguai.

Grande parte dessas bacias, está localizada em região de cerrado,

por isso a importância de preservar esse bioma,

porém, toda essa riqueza e importância,

não foi capaz de impedir o seu desmatamento.

Hoje é considerado um hotspot da biodiversidade,

isto é, área com elevado grau de espécies endêmicas

e que perdeu pelo menos 75% da sua vegetação nativa,

restando menos de 25% da vegetação original.

Esse elevado desmatamento da região,

é decorrente do avanço da fronteira agrícola sobre o centro-oeste.

Com os avanços da revolução verde,

aquele conjunto de transformações técnicas introduzidas na produção agropecuária,

houve a correção da fertilidade e a acidez do solo,

além da adaptação genética das plantas ao clima quente e semiúmido da região,

o que possibilitou essa área ser o principal celeiro agrícola do país,

soma-se a isso, o relevo plano e favorável a mecanização,

que possibilitou o rápido avanço da soja sobre esse bioma,

substituindo a biodiversidade pela monocultura,

o cultivo do milho e da cana-de-açúcar, também ameaça o bioma.

Devido as características da agricultura comercial, a utilização de agrotóxicos

e a irrigação são muito levados,

portanto, o bioma, sofre com a contaminação dos seus solos

e dos recursos hídricos, pelo uso desses agrotóxicos

e com um maior estresse hídrico devido ao consumo intensivo de água.

Além disso, há o aumento do processo erosivo dos solos do cerrado,

devido a remoção de sua cobertura vegetal.

Ah, a região também é impactada pelas queimadas,

que podem ocorrer de forma natural,

devido ao clima quente e seco, durante parte do ano.

O fogo pode ser causado por raios

e algumas plantas dependem dele para reprodução,

florescendo apenas após a queimada.

As raízes profundas e caules subterrâneos das árvores,

garantem a sua sobrevivência durante as queimadas,

sendo assim um processo benéfico ao bioma,

entretanto, essa situação é bem oposta as queimadas provocadas pelo ser humano,

que possui um objetivo de limpar o terreno para agricultura,

são mais intensas, frequentes e sem controle,

o que é prejudicial ao crescimento das plantas.

E aí, entendeu tudo?

Então não se esquece de baixar o mapa mental

com todo esse conteúdo no link da descrição

e consultar quando quiser.

E se você ainda não é aluno do Descomplica,

aproveita, que na descrição também tem um link

para assinar o Descomplica com um desconto e poder estudar na quarentena

para continuar sua preparação e mandar benzão no Enem e vestibulares.

Ah, e não deixa de dar um like no vídeo se você gostou

e se inscrever no canal e ativar o sininho,

para receber notificações toda vez que a gente publicar um conteúdo novo.

Então é isso, até a próxima pessoas!

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O bioma do Cerrado é o segundo maior bioma do Brasil e da América do Sul,

atrás apenas da Amazônia.

Ocupa 22% do território nacional,

estando localizado principalmente, no Brasil Central.

Ele é um tipo de Savana, vegetação muito comum na África

inclusive, as condições climáticas e pedológicas são muito parecidas,

basta lembrar que que esses continentes já estiveram juntos.

O clima predominante, é o tropical semiúmido ou continental,

um verão chuvoso e inverno seco,

e essa característica é muito importante para a região.

O relevo é caracterizado por planaltos e depressões, limitados pelas chapadas,

formas de relevo de topo aplainado e escarpas abruptas.

As chapadas correspondem a enormes degraus com mais de 500m de altura,

como a Chapada dos Veadeiros e a dos Guimarães.

Os solos dessa região são em grande maioria ácidos e pobres em nutrientes,

tal condição decorre do intenso processo de intemperismo químico

que ao longo de milhares de anos, resulta na lixiviação e laterização dos solos.

Apenas lembrando, a lixiviação é a lavagem do solo pela chuva,

em que a infiltração da água acaba levando os minerais, como potássio e cálcio.

Ao mesmo tempo, esse processo gera a concentração de outros minerais,

que a água não consegue dissolver, como o ferro e o alumínio,

essa concentração dos hidróxidos de ferro e alumínio

e o ressecamento, devido ao clima tropical,

formam uma crosta na superfície do solo

que é muito resistente ao processo erosivo,

crosta essa denominada: carapaça laterítica ou carapaça ferruginosa.

Esse processo intenso de lavagem e formação da laterita,

é denominado: laterização.

Por muito tempo a ideia de bioma pobre prevaleceu,

ao viajar de carro pela região,

era possível observar por horas a mesma paisagem,

isso dava a falsa ideia de que não existia biodiversidade nesse bioma.

Após muitos estudos essa visão foi derrubada,

hoje, ele é visto como um bioma de riquíssima biodiversidade.

Sua fauna, é composta por mais de 1100 espécies de peixes,

180 de répteis,

190 de mamíferos, como tamanduá-bandeira, a capivara, o lobo-guará

e 800 espécies de aves, como a gralha, asa branca, a ema.

Alguns estudos apontam, que o cerrado detém aproximadamente 35% das abelhas

e 23% dos cupins das regiões tropicais do mundo.

Sua flora é do tipo mista, predominando dois tipos de extratos:

o arbóreo, marcado por árvores de pequeno e médio porte,

como pequi, o pau-santo, a lixeira;

e o herbáceo, gramíneas e vegetação rasteira.

Muitas plantas são classificadas como tropófilas,

isto é, vegetação adaptada ao clima tropical semiúmido.

Boa parte da vegetação, apresenta galhos e troncos retorcidos,

decorrente da deficiência de nutrientes e concentração de alumínio no solo.

De qualquer forma, a vegetação tende a ser mais exuberante

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Próximos aos rios e dependendo do seu tamanho,

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O buriti é uma árvore muito famosa nessa região, de veredas

e pode atingir até 35m de altura.

Para muitos estudiosos, o cerrado, é considerado a caixa d'água do Brasil,

sua localização na região central do país,

o coloca como ponto de nascente de diversos rios

das principais bacias hidrográficas brasileiras,

como a bacia do Amazonas, do Tocantins-Araguaia,

do São Francisco, do Paraná e do Paraguai.

Grande parte dessas bacias, está localizada em região de cerrado,

por isso a importância de preservar esse bioma,

porém, toda essa riqueza e importância,

não foi capaz de impedir o seu desmatamento.

Hoje é considerado um hotspot da biodiversidade,

isto é, área com elevado grau de espécies endêmicas

e que perdeu pelo menos 75% da sua vegetação nativa,

restando menos de 25% da vegetação original.

Esse elevado desmatamento da região,

é decorrente do avanço da fronteira agrícola sobre o centro-oeste.

Com os avanços da revolução verde,

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houve a correção da fertilidade e a acidez do solo,

além da adaptação genética das plantas ao clima quente e semiúmido da região,

o que possibilitou essa área ser o principal celeiro agrícola do país,

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que possibilitou o rápido avanço da soja sobre esse bioma,

substituindo a biodiversidade pela monocultura,

o cultivo do milho e da cana-de-açúcar, também ameaça o bioma.

Devido as características da agricultura comercial, a utilização de agrotóxicos

e a irrigação são muito levados,

portanto, o bioma, sofre com a contaminação dos seus solos

e dos recursos hídricos, pelo uso desses agrotóxicos

e com um maior estresse hídrico devido ao consumo intensivo de água.

Além disso, há o aumento do processo erosivo dos solos do cerrado,

devido a remoção de sua cobertura vegetal.

Ah, a região também é impactada pelas queimadas,

que podem ocorrer de forma natural,

devido ao clima quente e seco, durante parte do ano.

O fogo pode ser causado por raios

e algumas plantas dependem dele para reprodução,

florescendo apenas após a queimada.

As raízes profundas e caules subterrâneos das árvores,

garantem a sua sobrevivência durante as queimadas,

sendo assim um processo benéfico ao bioma,

entretanto, essa situação é bem oposta as queimadas provocadas pelo ser humano,

que possui um objetivo de limpar o terreno para agricultura,

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