Stereotpyes To Be Eliminated - Sônia S.
Bom, essa questão do estereótipo... tirando... fora a questão dos preconceitos com relação à classe econômica, preconceito racial, o estereótipo que mais me incomoda – porque ele gera um preconceito – é o que se refere à mulher que trabalha.
Ou seja, a mulher que trabalha é vista sempre como uma mulher que não é capaz de ser feminina, não é doce, não é fraterna, não é... enfim, não tem os atributos de feminilidade. A mulher que trabalha é sempre vista como um homem. Ela... ela é... se ela é objetiva, se ela é clara, se ela luta, se ela compete, os homens não aceitam... sempre a vêem como um comportamento masculino. Eles são incapazes de entender que pra gente tá no mercado de trabalho, a gente usará essas maneiras de agir, de ser precisa, de ser objetiva, de ser competitiva, sem com isso perder a feminilidade. Ou então, uma outra forma de estereótipo muito difícil no mercado profissional pra mulher é a mulher que trabalha, mas que aí, em compensação, ela é sedutora. Então ela usa o mito do eterno feminino. Ela passa o tempo todo seduzindo. Ela é doce, ela é gatinha, ela é suave, ela é envolvente pra conseguir obter aquilo que ela necessita pra execução do seu trabalho, pra atingir o seu objetivo, pra executar sua tarefa. Então, a gente não consegue tá exatamente no meio termo entre nem ser gata e nem ser masculinizada. Eh... a gente precisa tá descobrindo como estar... ou quando os homens entenderem que a gente pode ser firme, objetiva e doce e feminina ao mesmo tempo.