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Porta Dos Fundos 2021, MÁGICO

Agora é a vez dele. Quantos dedos tem aqui?

-Cinco, meu senhor. -Errou,

pois é cego. E fechou o olho e abriu.

Ele voltou a ver!

-Vamos lá. -Senhor,

Lázaro está morto aqui há quatro dias!

Meu Deus, Lázaro está morto.

O que será que posso eu fazer? Vamos ver aqui.

É no um, é no dois, é no três! Levanta-te e anda.

Isso é mais velho que andar pra frente.

Isso desce uma plataforma e entra a pessoa viva.

Não, não, sabe o que é? Tem um boneco ali

embaixo do cobertor, aí ele distrai esses bobos com a mão

-e faz assim... -Minha gente, não.

Aqui não tem nada, não. Aqui é chão.

É terra firme, porque não é truque, não é mágica.

É milagre, eu sou o filho de Deus.

-Jesus Cristo, filho de Deus! -Sim, sim!

Sabe quem estou amando? Aquele tatuado.

-Com a bandana. O nome dele é... -Qual?

-Como é que é o nome dele? -O magnífico Simão!

-Eu gosto dele! -Maravilhoso! Completamente doido.

Ele anda sobre as águas.

-Ele anda no mar. -Ei, ei, ei.

Eu que andei! Eu que andei! Na água? Eu que andei.

-Não dá bem pra comparar. -Não sei como você faz,

mas ele tem um acrílico,

uma plataforma de acrílico longuíssima,

com um dedo d'água, aí quando você vê,

-é um truque de câmera. -Eu não faço nada.

Eu ando em cima. Sobre as águas. Esse sou eu.

Não tem acrílico! Não tem nada. Eu ando na água,

-ando na água de mar, de rio... -Querido, me desculpa,

mas essa mágica é mais velha do que sei lá o quê.

Você pegou, deu uma repaginada, revisitou, uma modernizada.

Engana esses trouxas aí, entendeu, mas a gente...

Da onde que é velho? Quando foi a última vez

-que você viu um negócio desse? -Dá licença, dá licença.

Oi, oi.

Então, eu sou o rapaz da lepra.

-Ótimo ter vindo. Ele tem lepra. -É amigo dele.

-Esse aí eu já vi. -Meu Deus,

-podia morrer a qualquer momento. -Ih, é agora!

-Mas agora... -Meu Deus.

...parece que alguma coisa vai acontecer aqui.

-Vem aqui, sopra. Sopra logo. -Não consigo.

E é um, é dois, é três e lá se foi lepra!

Não tem mais!

O gêmeo, gente! Ali o gêmeo atrás da bata, gente.

Que gêmeo? Onde é que vai ter gêmeo aqui, gente?

Deve ser sangue de carneiro que ele passa,

aí fica parecendo lepra, depois ele vem com a toalha, limpa...

-E curou a lepra. -Gente, parou.

Eu vou pedir, então, que vocês se retirem, por favor.

Estão atrapalhando aqui o pessoal que está vindo assistir.

-Que isso? -O pessoal que já me acompanha,

-que acompanha a palavra há tempos. -A rua é pública, hein!

Nós somos críticos. Desculpa se você não está acostumado.

-Mas estão falando! -A gente não é seu gadinho, não!

Viemos tomar um sorvetinho, está o show, eu quero ver.

-Fala, fala. -Me cura dessa pneumonia.

-Pneumonia. -Pneumonia.

-Agora é o show da doença. -Vou curar pneumonia.

-Vai curar. -Levanta a manga.

Levanta a manga.

-Levanta a manga! -Eu vou levantar a manga pra quê?

Você acha que a cura da pneumonia...

-Ué, levanta a manga. -Deixa ele me curar.

Gente, eu vou...

Ih, nervoso!

-Cative seu público, querido. -Carisma passa longe, hein.

Um, dois três. Vai.

-Curou. -Essa foi a mais sem graça.

Bobeira, achei que ia tirar um coelho da boca da garota.

Essa garota está aí há horas. Eles são cupinchas.

-Desculpa. Vamos lá? -Espera aí. Não acabou, não!

Ainda tem mais, ainda tem mais. Não acabou, não.

-Espera aí. Para! -Qual é a doença?

Abre a boca, abre a boca.

E é daqui que eu começo a tirar...

-Meu Deus! -Meu Deus, como é que ele

-faz isso? -Guardou a melhor pro final.

Essa é maravilhosa. Me ganhou nessa aí.

Maravilhoso. Quem foi Simão?

E morreu. Ela morreu, agora morreu.

Ressuscito ou não ressuscito?

-Ressuscita, ressuscita! -Só semana que vem.

Maravilhoso!

Obrigado, eu sou Jesus Cristo. Esse foi o meu número. Valeu!

Mais um, mais um!

Muito bem, vamos pras cartas! Olha as cartas.

-Apelou, hein! -Escolhe uma carta.

-Carta é manjada. -Isso aí.

-Ela escolheu essa carta. -Ali a carta.

-Caiu carta. -Não caiu, não.

Caiu do bolso, caiu do bolso.

Ih, ela morreu. Ressuscita, ressuscita!


Agora é a vez dele. Quantos dedos tem aqui?

-Cinco, meu senhor. -Errou,

pois é cego. E fechou o olho e abriu.

Ele voltou a ver!

-Vamos lá. -Senhor,

Lázaro está morto aqui há quatro dias!

Meu Deus, Lázaro está morto.

O que será que posso eu fazer? Vamos ver aqui.

É no um, é no dois, é no três! Levanta-te e anda.

Isso é mais velho que andar pra frente.

Isso desce uma plataforma e entra a pessoa viva.

Não, não, sabe o que é? Tem um boneco ali

embaixo do cobertor, aí ele distrai esses bobos com a mão

-e faz assim... -Minha gente, não.

Aqui não tem nada, não. Aqui é chão.

É terra firme, porque não é truque, não é mágica.

É milagre, eu sou o filho de Deus.

-Jesus Cristo, filho de Deus! -Sim, sim!

Sabe quem estou amando? Aquele tatuado.

-Com a bandana. O nome dele é... -Qual?

-Como é que é o nome dele? -O magnífico Simão!

-Eu gosto dele! -Maravilhoso! Completamente doido.

Ele anda sobre as águas.

-Ele anda no mar. -Ei, ei, ei.

Eu que andei! Eu que andei! Na água? Eu que andei.

-Não dá bem pra comparar. -Não sei como você faz,

mas ele tem um acrílico,

uma plataforma de acrílico longuíssima,

com um dedo d'água, aí quando você vê,

-é um truque de câmera. -Eu não faço nada.

Eu ando em cima. Sobre as águas. Esse sou eu.

Não tem acrílico! Não tem nada. Eu ando na água,

-ando na água de mar, de rio... -Querido, me desculpa,

mas essa mágica é mais velha do que sei lá o quê.

Você pegou, deu uma repaginada, revisitou, uma modernizada.

Engana esses trouxas aí, entendeu, mas a gente...

Da onde que é velho? Quando foi a última vez

-que você viu um negócio desse? -Dá licença, dá licença.

Oi, oi.

Então, eu sou o rapaz da lepra.

-Ótimo ter vindo. Ele tem lepra. -É amigo dele.

-Esse aí eu já vi. -Meu Deus,

-podia morrer a qualquer momento. -Ih, é agora!

-Mas agora... -Meu Deus.

...parece que alguma coisa vai acontecer aqui.

-Vem aqui, sopra. Sopra logo. -Não consigo.

E é um, é dois, é três e lá se foi lepra!

Não tem mais!

O gêmeo, gente! Ali o gêmeo atrás da bata, gente.

Que gêmeo? Onde é que vai ter gêmeo aqui, gente?

Deve ser sangue de carneiro que ele passa,

aí fica parecendo lepra, depois ele vem com a toalha, limpa...

-E curou a lepra. -Gente, parou.

Eu vou pedir, então, que vocês se retirem, por favor.

Estão atrapalhando aqui o pessoal que está vindo assistir.

-Que isso? -O pessoal que já me acompanha,

-que acompanha a palavra há tempos. -A rua é pública, hein!

Nós somos críticos. Desculpa se você não está acostumado.

-Mas estão falando! -A gente não é seu gadinho, não!

Viemos tomar um sorvetinho, está o show, eu quero ver.

-Fala, fala. -Me cura dessa pneumonia.

-Pneumonia. -Pneumonia.

-Agora é o show da doença. -Vou curar pneumonia.

-Vai curar. -Levanta a manga.

Levanta a manga.

-Levanta a manga! -Eu vou levantar a manga pra quê?

Você acha que a cura da pneumonia...

-Ué, levanta a manga. -Deixa ele me curar.

Gente, eu vou...

Ih, nervoso!

-Cative seu público, querido. -Carisma passa longe, hein.

Um, dois três. Vai.

-Curou. -Essa foi a mais sem graça.

Bobeira, achei que ia tirar um coelho da boca da garota.

Essa garota está aí há horas. Eles são cupinchas.

-Desculpa. Vamos lá? -Espera aí. Não acabou, não!

Ainda tem mais, ainda tem mais. Não acabou, não.

-Espera aí. Para! -Qual é a doença?

Abre a boca, abre a boca.

E é daqui que eu começo a tirar...

-Meu Deus! -Meu Deus, como é que ele

-faz isso? -Guardou a melhor pro final.

Essa é maravilhosa. Me ganhou nessa aí.

Maravilhoso. Quem foi Simão?

E morreu. Ela morreu, agora morreu.

Ressuscito ou não ressuscito?

-Ressuscita, ressuscita! -Só semana que vem.

Maravilhoso!

Obrigado, eu sou Jesus Cristo. Esse foi o meu número. Valeu!

Mais um, mais um!

Muito bem, vamos pras cartas! Olha as cartas.

-Apelou, hein! -Escolhe uma carta.

-Carta é manjada. -Isso aí.

-Ela escolheu essa carta. -Ali a carta.

-Caiu carta. -Não caiu, não.

Caiu do bolso, caiu do bolso.

Ih, ela morreu. Ressuscita, ressuscita!