Campanha Contra a Exploração Sexual
A segunda etapa da campanha, “Estamos de Portas Fechadas para a Exploração Sexual. Aqui Respeitamos os Direitos Humanos”, foi lançada na última segunda feira em Belém no Pará. A primeira fase da campanha aconteceu em 2006, com a ideia de trabalhar a prevenção da exploração sexual contra crianças e adolescentes com os funcionários de hotéis e com os taxistas que ficam nas portas dos hotéis.
A coordenadora da organização não governamental, Centro de Defesa da Criança e do Adolescente e do comitê gerencial da campanha, Celina Hamoy, explica que nessa segunda fase será ampliado o número de hotéis participantes, e com isso aumenta o número de funcionários a serem capacitados para identificar situações de exploração e de tráfico de pessoas. Os hotéis inseridos na campanha receberão um certificado, informando que aquele estabelecimento está de portas fechadas para a exploração sexual.
"Os hotéis que passarem pelo processo de todo de formação, aderirem a todos os aspectos do código de conduta que foi criado pela campanha, e também possam passar por todas as fases de formação, capacitação, mobilização e vistoria, possam receber a certificação de hotel livre da exploração sexual.” Ainda, segundo Celina, para aderir à campanha, o hotel tem que aceitar todos os termos do código de conduta e disponibilizar todas as peças da campanha nos espaços do hotel.
O Pará, por ser um estado em constante obras e projetos, faz a migração aumentar cada vez mais. E, de acordo com Celina, com a campanha, se chega uma pessoa no hotel com crianças, o dono do hotel será orientado a identificar se pode ou não hospedar a criança ou o adolescente, quando é que ele não pode hospedar, e o quê que ele tem que exigir para hospedar o menor.
“O grande problema aqui no estado é que o estado, ele recebe hoje grandes obras, muitas hidrelétricas sendo construídas, os grandes projetos por causa do minério e isso, quer queira quer não queira, contribui para a exploração sexual.” A coordenadora informou que de janeiro a junho, 750 casos de violência sexual foram registrados em Belém, e a campanha é uma forma de dar uma resposta a essa situação.
De Brasília: Marcella Sâmela