MUNDO DOS NEGÓCIOS
Deixa eu ir que o Ivan chegou. Tá bom? Tchau, tchau!
- Mandou me chamar, senhor? - Mandei.
Mandei chamar, sim, porque eu quero saber que merda é essa, Ivan?
Que porra é essa? Quer foder com a minha empresa?
Hein, caralho? Hein?
Quer falir esta merda? Quer brincar de Eike Batista nessa porra? Como é que é isso?
Senhor, eu não tive intenção nenhuma de causar nenhum problema aqui pra empresa-
Ô, Ivan! Pra trabalhar aqui você tem que matar um leão por dia, porra.
Tem que ter faca no dente. Sangue no olho. É matar ou morrer aqui, porra!
Aqui é você largar mato na caçamba. É isso é que é o negócio.
Largar o quê?
Você tem que passar o dia aqui dando muque em macaco de gaveta, porra!
E jogando terra na boca de carrapato. Essa é a merda!
Aí vem você, manquitolando de um lado pro outro, sambando na cara de defundo aberto, eu faço o que?
Eu olho pra você e falo: é poste na agulha, porra!
Senhor Paulo! Eu não to-
Não tá se esforçando!
Não está mordiscando paraguaçu!
Você não pega o comboio passando no chiqueiro!
Ai fica mordendo almofadinha...
De pampulha!
Ô, Ivan! Eu não vou ficar aqui discutindo com você.
O Ricardo do makerting veio falar aqui pra mim que viu você passando a varinha de condão pra cima da boiada.
Ô, Ivan!
- O Ricardo, ele falou- - Ô, Ivan! Ivan! Pelo amor de Deus, cara! Pára!
Não vem tentar, agora, me requentar tamborim de marmita, porra!
Tá.
Senhor Paulo, é porque eu realmente eu não to entendendo...
...exatamente, o que o senhor tá querendo falar-
Ah! Não tá entendendo? Eu vou explicar pra você!
Isso aqui, meu amigo, é negócio! Não é para-brisa bate e volta, não, queridão.
Por que você não me pega quatro cara que já entende do balaio do gaúcho? Mas, não! Olha...
Realmente eu não estou com saúde nem com idade pra ficar vendo urubu lambendo vareta de braços abertos.
Porra, Ivan!
É urubu...
Urubu em que sentido?
Presta atenção! Presta atenção, caralho!
O negócio aqui é você pegar. Pega dois caras que já tão acostumado a pentear bandeira, tá certo?
Você vai dar um computador pra cada um e deixa ele meter o panda em cima da concorrência.
Eu não vou ficar arrastando abajur em cima de cimento.
Não vou! Porque, senão, depois, aí é o grampo que gira não é o meu.
Você tá entendendo?
Fico eu com cara de maçaneta e o pessoal jogando tufo nas costas da molecada.
O senhor tem toda razão!
Senhor Paulo!
E eu quero saber o quê mais o senhor me sugere?
Você vai fazer o seguinte:
Tu vai trazer a cambada pra perto...
...e deixa o matame.
Deixa a gamela rolar solta...
E, só começou, ó! Deixou carne aqui pros lado, ó!
Aí tem uma carne aqui pro lado! Mas traz pra junto o camundongo.
E deixa a gamela girar dia e noite, dia e noite. Aí quando girar, você- tu solta na imprensa.
Vai soltar na imprensa. Porque aqui, aqui não é fronha, não, meu amigo!
Aqui? Aqui não é bouquet do 1927, não, meu amigo.
Aqui é suco de ironia, porra!
Mas solta na imprensa, assim ó, jogo legal. Jogo leve.
Porque a hora que você soltar na imprensa, o que vai ter de khalifa roendo balança de sugar arroio de manguá na imprensa, ô....
Aí, porra, né?
Pensa!
Açaí...
Guardião...
Zum de besouro? Imã!
Puta que pariu! Mas é isso que eu tô falando desde o início, Ivan!
Você fala pra ele. Vai falar o que pra ele?
- Tandrilax ferveu cachamba de saliva. - Fala ai! Vamo ver. Vai!
- Ricardo? - Isso!
Ricardo, é o seguinte!
- Sacana chamou da Disney na Amazônia. - Porra!
- Supla da Kombi! - Na cara dele!
Na cara de Sandra!
É! Pega, dá a volta com TAM.
-E joga a merda em Nica. - Agora é o que eu isso.
Nan! É que ouriço de sapoia!
Não, não, não! Tem merda pra todo lado, ó...
Soca dinheiro na xonga da pureca.
- Porra! - Marama, marama, murrari!
Samba raribou.
Raribou em trópicos.
Trópicos e trantreiras.
E vai! E some.
- E joga lá! - Na tua cara, Ricardo!
Na tua cara, Ricardo sampinha!
Nah! De santiri, meu amor.
De santiri, desde ontem.
É! Bota um Durex na copa.
Isso!
E aí, deixa rolar.
- 3 de Outubro, vamos ver. - Deixa que eu falo!