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Geografia (Geography), O clima brasileiro II

O clima brasileiro II

RKA - Fala, meu amigo ou minha amiga! Tudo bem com você?

Seja muito bem-vindo(a) a mais uma parte da aula sobre o clima brasileiro.

E, nesta aula, nós vamos conversar sobre as mudanças climáticas que estão ocorrendo em nosso país.

Eventos climáticos extremos recentes, como as enchentes na bacia do rio Madeira em 2014,

e as secas atuais no Nordeste, e também as que ocorreram no Sudeste do Brasil,

além, é claro, dos seus impactos na segurança energética, hídrica e alimentar,

mostram que o Brasil é vulnerável aos extremos de variações do clima.

Como esses extremos são associados à variabilidade natural do clima,

existem evidências de que eles seriam mais intensos e frequentes num futuro clima mais quente;

e de que as atividades antrópicas

podem também ter uma participação muito grande no processo de aquecimento global.

Ou seja, meu amigo e minha amiga, as ações que nós estamos realizando

estão colaborando para o aquecimento do planeta.

Com o aquecimento do planeta, nós teremos uma temperatura média maior do que a atual.

Isso vai provocar o quê? Diversos eventos climáticos extremos e acidentes ambientais.

Devido a esses problemas, que já começamos a observar,

existe uma preocupação muito grande com a mudança climática a nível mundial.

Mas falando do Brasil, em 2009, foi criado o Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, o PBMC.

E o seu principal objetivo é reunir, sintetizar e avaliar informações científicas

sobre os impactos relevantes das mudanças climáticas no Brasil.

Os resultados do primeiro relatório de avaliação nacional do PBMC,

publicado em 2013, reforçam as projeções de aumento de temperatura

e de frequência de eventos extremos apresentados também em outros relatórios internacionais.

Mas, já sabendo disso, quais são os impactos das mudanças climáticas já observados

e projetados no Brasil?

De acordo com relatórios internacionais e também com o PBMC,

os principais impactos que poderão afetar o Brasil no futuro,

principalmente nas regiões Centro-Oeste e Nordeste

(em decorrência, claro, da mudança climática do planeta),

e que, portanto, vão necessitar de medidas de adaptação, são os seguintes:

bem, meu amigo ou minha amiga, existem vários e vários impactos;

eu vou citar aqui nessa aula apenas alguns deles, tudo bem?

Então, vamos lá: eu vou escrever aqui na tela os tópicos e vou comentar um pouco sobre cada um deles, tá?

O primeiro que nós temos é que, no Nordeste do Brasil, as áreas semiáridas e áridas

vão sofrer uma redução dos recursos hídricos por causa das mudanças climáticas.

A vegetação semiárida, provavelmente, será substituída por uma vegetação típica da região árida;

além disso, nas florestas tropicais, é provável a ocorrência de extinção de espécies.

Então, a gente já pode perceber aqui que vai ocorrer uma grande mudança

no perfil climático que nós apresentamos aqui na primeira parte dessa aula.

Continuando: de acordo com as estimativas, na década de 2050,

a recarga estimada dos lençóis freáticos

vai diminuir dramaticamente em mais de 70% no Nordeste brasileiro.

Claro, isso comparado aos índices de 1961 a 1990.

Num futuro próximo, as chuvas vão aumentar no Sudeste;

e isso, claro, vai ter um impacto direto na agricultura

e no aumento da frequência e da intensidade das inundações das grandes cidades,

tais como o Rio de Janeiro e São Paulo.

Além disso, com o aumento do nível do mar,

a variabilidade climática e os desastres provocados pelas mudanças climáticas

vão ter um impacto direto nos mangues.

Se a temperatura aumentar em 1,7 graus Celsius em relação aos níveis da era pré-industrial,

cerca de 38% a 45% das plantas do cerrado correm o risco de extinção.

Um detalhe é que, hoje, o planeta está 0,7 graus Celsius mais quente que na era pré-industrial.

A saúde humana poderá ser severamente afetada, e isso devido a diversos motivos;

mas, em especial, eu posso citar, aqui com você, as doenças que se propagam através da água

(o que vai ser muito comum devido às enchentes);

além disso, doenças transmitidas por vetores, tais como a dengue;

além, claro, das doenças respiratórias devido a toda a mudança climática.

Nós já conversamos em outra aula sobre situações de risco.

As mudanças climáticas poderão potencializar as situações de risco,

uma vez que tenderiam a intensificar a ocorrência de doenças tropicais, pobreza e desastres.

As mudanças climáticas também podem afetar outros setores da sociedade humana.

Por exemplo, os extremos de variabilidade climática (principalmente a seca)

obrigam as populações a migrarem,

o que poderia se agravar num futuro mais seco e quente em uma determinada região,

gerando uma espécie de onda de refugiados ambientais do clima;

e eles migrariam para as grandes cidades da região ou para outras regiões,

aumentando os problemas sociais já presentes nas grandes cidades.

Diversos setores e regiões são impactados das mais variadas formas possíveis;

mas, em especial, a agricultura e a pecuária são os setores mais sensíveis às mudanças climáticas.

Devido a todos esses impactos, é possível ocorrer uma redução do crescimento econômico.

Com isso, nós teremos um aumento das desigualdades regionais,

fazendo com que haja o aumento da pobreza.

Como eu falei, existem diversos outros problemas que seriam (na verdade, que já estão sendo)

provocados pelas mudanças climáticas, principalmente as provocadas pelas ações antrópicas.

Mas o que fazer para impedir, ou pelo menos reduzir, os impactos dessas ações?

Bem, uma das ações é a adaptação às mudanças do clima,

principalmente se estas mudanças são causadas por fatores naturais.

Mas, no caso das mudanças provocadas por fatores antrópicos,

também podemos deixar de realizar algumas atividades, tais como a emissão de gases do efeito estufa.

Mas isso esbarra em um grande desafio: a criação de políticas públicas.

Um dos grandes desafios está, de fato, relacionado com a criação de políticas públicas

para mudar alguns rumos relacionados à produção,

e também às formas que nós utilizamos os recursos naturais para a produção

(seja de alimentos, de utensílios, e até mesmo de energia).

É importante você parar aqui um minutinho, meu amigo e minha amiga,

e refletir um pouco sobre esse grande desafio. Porque nós dependemos da produção;

nós precisamos comer, precisamos utilizar utensílios no nosso dia a dia,

nós temos uma sociedade que depende de energia.

Então, como produzir tudo isso de forma sustentável?

Ou seja, de forma que não vai denegrir tanto a natureza e que não vai provocar tanto uma mudança climática?

Bem, isso é um desafio.

E, para fazer isso, é necessário realizar análises que incluem as respostas dos sistemas naturais e humanos

a esses fatores que mudam o clima,

além da dinâmica de alterações que são causadas pelo homem

e que apontam os fatores que causam os impactos mais relevantes.

Isso, inclusive, já está sendo feito por diversos órgãos nacionais e internacionais.

Então, resumindo: é necessário um acordo para limitar as emissões dos gases de efeito estufa,

além de diversos outros gases que poluem a atmosfera.

Porém, isso gera impactos econômicos, pois diminui o ritmo de crescimento das economias.

Além disso, no Brasil, um dos grandes problemas que nós temos é o desmatamento.

Então, além da implementação de projetos de desenvolvimento limpo,

é mais que necessário reduzir a taxa de desmatamento.

Bem, meu amigo ou minha amiga, essa aula aqui foi apenas para a gente conversar um pouco

sobre o clima brasileiro e também sobre as mudanças climáticas que estão ocorrendo.

Eu espero que ao final dessa aula você consiga refletir um pouco

sobre tudo o que estamos fazendo e que estamos impactando diretamente ali a natureza e o nosso clima;

e mesmo que muitas coisas estejam um pouco fora do seu alcance, faça sua parte.

Não jogue lixo na rua, faça um consumo sustentável,

não saia comprando tudo aquilo que você realmente não precisa.

Se cada um de nós fizermos a nossa parte, nós vamos estar colaborando (e muito)

para diminuir as mudanças climáticas que estão ocorrendo em nosso planeta.

Bem, eu quero deixar aí para você um grande abraço e dizer que nos vemos na próxima aula.

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O clima brasileiro II The Brazilian Climate II

RKA - Fala, meu amigo ou minha amiga! Tudo bem com você?

Seja muito bem-vindo(a) a mais uma parte da aula sobre o clima brasileiro.

E, nesta aula, nós vamos conversar sobre as mudanças climáticas que estão ocorrendo em nosso país.

Eventos climáticos extremos recentes, como as enchentes na bacia do rio Madeira em 2014,

e as secas atuais no Nordeste, e também as que ocorreram no Sudeste do Brasil,

além, é claro, dos seus impactos na segurança energética, hídrica e alimentar,

mostram que o Brasil é vulnerável aos extremos de variações do clima.

Como esses extremos são associados à variabilidade natural do clima,

existem evidências de que eles seriam mais intensos e frequentes num futuro clima mais quente;

e de que as atividades antrópicas

podem também ter uma participação muito grande no processo de aquecimento global.

Ou seja, meu amigo e minha amiga, as ações que nós estamos realizando

estão colaborando para o aquecimento do planeta.

Com o aquecimento do planeta, nós teremos uma temperatura média maior do que a atual.

Isso vai provocar o quê? Diversos eventos climáticos extremos e acidentes ambientais.

Devido a esses problemas, que já começamos a observar,

existe uma preocupação muito grande com a mudança climática a nível mundial.

Mas falando do Brasil, em 2009, foi criado o Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, o PBMC.

E o seu principal objetivo é reunir, sintetizar e avaliar informações científicas

sobre os impactos relevantes das mudanças climáticas no Brasil.

Os resultados do primeiro relatório de avaliação nacional do PBMC,

publicado em 2013, reforçam as projeções de aumento de temperatura

e de frequência de eventos extremos apresentados também em outros relatórios internacionais.

Mas, já sabendo disso, quais são os impactos das mudanças climáticas já observados

e projetados no Brasil?

De acordo com relatórios internacionais e também com o PBMC,

os principais impactos que poderão afetar o Brasil no futuro,

principalmente nas regiões Centro-Oeste e Nordeste

(em decorrência, claro, da mudança climática do planeta),

e que, portanto, vão necessitar de medidas de adaptação, são os seguintes:

bem, meu amigo ou minha amiga, existem vários e vários impactos;

eu vou citar aqui nessa aula apenas alguns deles, tudo bem?

Então, vamos lá: eu vou escrever aqui na tela os tópicos e vou comentar um pouco sobre cada um deles, tá?

O primeiro que nós temos é que, no Nordeste do Brasil, as áreas semiáridas e áridas

vão sofrer uma redução dos recursos hídricos por causa das mudanças climáticas.

A vegetação semiárida, provavelmente, será substituída por uma vegetação típica da região árida;

além disso, nas florestas tropicais, é provável a ocorrência de extinção de espécies.

Então, a gente já pode perceber aqui que vai ocorrer uma grande mudança

no perfil climático que nós apresentamos aqui na primeira parte dessa aula.

Continuando: de acordo com as estimativas, na década de 2050,

a recarga estimada dos lençóis freáticos

vai diminuir dramaticamente em mais de 70% no Nordeste brasileiro.

Claro, isso comparado aos índices de 1961 a 1990.

Num futuro próximo, as chuvas vão aumentar no Sudeste;

e isso, claro, vai ter um impacto direto na agricultura

e no aumento da frequência e da intensidade das inundações das grandes cidades,

tais como o Rio de Janeiro e São Paulo.

Além disso, com o aumento do nível do mar,

a variabilidade climática e os desastres provocados pelas mudanças climáticas

vão ter um impacto direto nos mangues.

Se a temperatura aumentar em 1,7 graus Celsius em relação aos níveis da era pré-industrial,

cerca de 38% a 45% das plantas do cerrado correm o risco de extinção.

Um detalhe é que, hoje, o planeta está 0,7 graus Celsius mais quente que na era pré-industrial.

A saúde humana poderá ser severamente afetada, e isso devido a diversos motivos;

mas, em especial, eu posso citar, aqui com você, as doenças que se propagam através da água

(o que vai ser muito comum devido às enchentes);

além disso, doenças transmitidas por vetores, tais como a dengue;

além, claro, das doenças respiratórias devido a toda a mudança climática.

Nós já conversamos em outra aula sobre situações de risco.

As mudanças climáticas poderão potencializar as situações de risco,

uma vez que tenderiam a intensificar a ocorrência de doenças tropicais, pobreza e desastres.

As mudanças climáticas também podem afetar outros setores da sociedade humana.

Por exemplo, os extremos de variabilidade climática (principalmente a seca)

obrigam as populações a migrarem,

o que poderia se agravar num futuro mais seco e quente em uma determinada região,

gerando uma espécie de onda de refugiados ambientais do clima;

e eles migrariam para as grandes cidades da região ou para outras regiões,

aumentando os problemas sociais já presentes nas grandes cidades.

Diversos setores e regiões são impactados das mais variadas formas possíveis;

mas, em especial, a agricultura e a pecuária são os setores mais sensíveis às mudanças climáticas.

Devido a todos esses impactos, é possível ocorrer uma redução do crescimento econômico.

Com isso, nós teremos um aumento das desigualdades regionais,

fazendo com que haja o aumento da pobreza.

Como eu falei, existem diversos outros problemas que seriam (na verdade, que já estão sendo)

provocados pelas mudanças climáticas, principalmente as provocadas pelas ações antrópicas.

Mas o que fazer para impedir, ou pelo menos reduzir, os impactos dessas ações?

Bem, uma das ações é a adaptação às mudanças do clima,

principalmente se estas mudanças são causadas por fatores naturais.

Mas, no caso das mudanças provocadas por fatores antrópicos,

também podemos deixar de realizar algumas atividades, tais como a emissão de gases do efeito estufa.

Mas isso esbarra em um grande desafio: a criação de políticas públicas.

Um dos grandes desafios está, de fato, relacionado com a criação de políticas públicas

para mudar alguns rumos relacionados à produção,

e também às formas que nós utilizamos os recursos naturais para a produção

(seja de alimentos, de utensílios, e até mesmo de energia).

É importante você parar aqui um minutinho, meu amigo e minha amiga,

e refletir um pouco sobre esse grande desafio. Porque nós dependemos da produção;

nós precisamos comer, precisamos utilizar utensílios no nosso dia a dia,

nós temos uma sociedade que depende de energia.

Então, como produzir tudo isso de forma sustentável?

Ou seja, de forma que não vai denegrir tanto a natureza e que não vai provocar tanto uma mudança climática?

Bem, isso é um desafio.

E, para fazer isso, é necessário realizar análises que incluem as respostas dos sistemas naturais e humanos

a esses fatores que mudam o clima,

além da dinâmica de alterações que são causadas pelo homem

e que apontam os fatores que causam os impactos mais relevantes.

Isso, inclusive, já está sendo feito por diversos órgãos nacionais e internacionais.

Então, resumindo: é necessário um acordo para limitar as emissões dos gases de efeito estufa,

além de diversos outros gases que poluem a atmosfera.

Porém, isso gera impactos econômicos, pois diminui o ritmo de crescimento das economias.

Além disso, no Brasil, um dos grandes problemas que nós temos é o desmatamento.

Então, além da implementação de projetos de desenvolvimento limpo,

é mais que necessário reduzir a taxa de desmatamento.

Bem, meu amigo ou minha amiga, essa aula aqui foi apenas para a gente conversar um pouco

sobre o clima brasileiro e também sobre as mudanças climáticas que estão ocorrendo.

Eu espero que ao final dessa aula você consiga refletir um pouco

sobre tudo o que estamos fazendo e que estamos impactando diretamente ali a natureza e o nosso clima;

e mesmo que muitas coisas estejam um pouco fora do seu alcance, faça sua parte.

Não jogue lixo na rua, faça um consumo sustentável,

não saia comprando tudo aquilo que você realmente não precisa.

Se cada um de nós fizermos a nossa parte, nós vamos estar colaborando (e muito)

para diminuir as mudanças climáticas que estão ocorrendo em nosso planeta.

Bem, eu quero deixar aí para você um grande abraço e dizer que nos vemos na próxima aula.