×

Utilizziamo i cookies per contribuire a migliorare LingQ. Visitando il sito, acconsenti alla nostra politica dei cookie.


image

Porta Dos Fundos 2018, PÓS-CARNAVAL

Fábio.

Oi, meu amor.

A gente precisa conversar.

O que é que houve? Aconteceu alguma coisa no trabalho?

Exatamente sobre isso que eu quero falar contigo.

O que é que foi? Você não foi demitida não, né?

Não, porque eu não tenho do que ser demitida.

Eu não sou policial.

Como assim, meu amor? É claro que é.

Você tá aí com esse uniforme.

Você sai todo dia de uniforme para trabalhar.

Isso aqui é uma fantasia de carnaval.

Eu não me chamo Almeida.

Quando a gente se conheceu no bloco, você olhou pra mim e falou,

''Nossa! Adorei a sua roupa. Eu não quero que você tire nunca mais.''

E aí... Sei lá, né? Eu não queria te decepcionar. Eu fui levando...

Mas agora não tá dando mais.

Você faz o quê?

Eu sou garçonete.

Garçonete?

É...

Como é que você nunca me falou isso?

Como é que eu vou sustentar a nossa família?

Eu vou ter que fazer plantão extra no hospital.

Não, não vai. Você não é médico.

Isso aí é uma fantasia.

Você tá desempregado.

Desempregado, amor? Você não tá bem não, né?

Claro que eu sou médico, a gente acabou de jantar com o meu chefe agorinha mesmo.

Seu chefe?

É um maluco aleatório vestido de O Poderoso Chefão.

Amor, você tá maluca...

Eu tô maluca? Você tá maluco!

Você tem que abrir os seus olhos! O carnaval já passou!

A gente tá vivendo uma mentira!

Fala baixo! Vai acordar o Juninho.

É um cara fantasiado de bebê.

Não, é nosso bebê!

Aham! Eu estou indo embora, tá?

Não. Espera aí, amor. Não... Como assim?

Como é que você vai embora? Essa casa vai ficar tão vazia sem você...

Fábio...

Eu preciso te falar uma coisa.

Isso aqui nem uma casa é... A gente tá em uma loja.

Foda, né Toquinho?

Amigão, agora somos só eu e você, né?

Então, ó.

Pega a bolinha lá, vai!

Cara, se eu for atrás da bolinha, você deixa eu ir embora?

Depois que você comer a sua ração toda, tá?

Seu merda, é uma caixa de prego!

Tira o olho do meu frango aqui, meu irmão!

Passa!

Sai!

Sai!


Fábio.

Oi, meu amor.

A gente precisa conversar.

O que é que houve? Aconteceu alguma coisa no trabalho?

Exatamente sobre isso que eu quero falar contigo.

O que é que foi? Você não foi demitida não, né?

Não, porque eu não tenho do que ser demitida.

Eu não sou policial.

Como assim, meu amor? É claro que é.

Você tá aí com esse uniforme.

Você sai todo dia de uniforme para trabalhar.

Isso aqui é uma fantasia de carnaval.

Eu não me chamo Almeida.

Quando a gente se conheceu no bloco, você olhou pra mim e falou,

''Nossa! Adorei a sua roupa. Eu não quero que você tire nunca mais.''

E aí... Sei lá, né? Eu não queria te decepcionar. Eu fui levando...

Mas agora não tá dando mais.

Você faz o quê?

Eu sou garçonete.

Garçonete?

É...

Como é que você nunca me falou isso?

Como é que eu vou sustentar a nossa família?

Eu vou ter que fazer plantão extra no hospital.

Não, não vai. Você não é médico.

Isso aí é uma fantasia.

Você tá desempregado.

Desempregado, amor? Você não tá bem não, né?

Claro que eu sou médico, a gente acabou de jantar com o meu chefe agorinha mesmo.

Seu chefe?

É um maluco aleatório vestido de O Poderoso Chefão.

Amor, você tá maluca...

Eu tô maluca? Você tá maluco!

Você tem que abrir os seus olhos! O carnaval já passou!

A gente tá vivendo uma mentira!

Fala baixo! Vai acordar o Juninho.

É um cara fantasiado de bebê.

Não, é nosso bebê!

Aham! Eu estou indo embora, tá?

Não. Espera aí, amor. Não... Como assim?

Como é que você vai embora? Essa casa vai ficar tão vazia sem você...

Fábio...

Eu preciso te falar uma coisa.

Isso aqui nem uma casa é... A gente tá em uma loja.

Foda, né Toquinho?

Amigão, agora somos só eu e você, né?

Então, ó.

Pega a bolinha lá, vai!

Cara, se eu for atrás da bolinha, você deixa eu ir embora?

Depois que você comer a sua ração toda, tá?

Seu merda, é uma caixa de prego!

Tira o olho do meu frango aqui, meu irmão!

Passa!

Sai!

Sai!