×

Utilizziamo i cookies per contribuire a migliorare LingQ. Visitando il sito, acconsenti alla nostra politica dei cookie.


image

Porta Dos Fundos 2018, ROMEU

Julieta!

Ô, Julieta!

Luz para os meus olhos.

Romeu...

És tu,

na mais perfeita imagem,

nesta varanda.

As tuas mãos são como pequenas plumas,

que alegram a minha alma!

Silêncio! Passou das 22h, porra!

É uma coisa rápida.

O meu amor por ti, que não é só o meu amor por ti,

mas também o teu amor por mim,

que, juntos...

Cala a boca, amigo! Está tarde!

Fala baixo.

E o nosso amor, Julie...

Ô, porra!

Ah, ovo, não...

Caralho! Vai dormir, porra!

Eu só quero declarar o meu amor à Julieta.

Fala só para ela então. Vai lá!

Quem dera que fosse assim, ó, vizinha de Julieta!

O nosso amor é proibido! O pai dela proibiu!

Eu falo com ele amanhã. Vai dormir, vai.

Eu tenho criança pequena aqui, pô!

Ok.

Boa noite, Julieta.

Que a luz das estrelas invada o nosso coração

da maneira que a gente...

Seu louco...

Sabe que horas são? Amanhã é terça, pô!

Eu só estou falando as coisas aqui que eu sinto por ela.

E eu só quero que você se foda, amigo!

Amanhã, às 6h30, eu tenho que acordar

para tirar uma berne da cabeça de uma mulher

do tamanho de um abacate maduro.

O que você prefere?

Que eu chegue lá exausto ou descansado?

Descansado.

Quê? Eu não ouvi.

Descansado!

Então vai dormir, porra!

Foi mal. Eu peço perdão. Olha o linguajar.

Posso só dar um "boa noite"?

-Vai lá. Vai lá rapidinho. -Rapidinho.

Parece que o mundo está contra nós de fato, Julieta,

mas irei-me.

Tu és bela

como nenhuma outra, Julieta.

Ué! O que é isso?

Filha da puta! Solta o cachorro, Perroni.

Só um segundo. Te amo, Julieta! Te amo!

Êta, porra!

Eu também te amo!

Desculpa aí, amigo.

Chato do caralho. Vou tacar cocô na porta dele.

Julieta, meu amor, voltei!

Voltei!

-Fiz uma poesia... -Fala, irmão.

Caraca! Grita pra caralho você, hein?

Caralho! Sujeito... Desculpa, irmão!

-Quem és tu? -Fala...

Eu sou o cara que está pegando a Julieta.

Quem você acha que eu sou? Fada madrinha?

-Pegando? Mas o pai dela é contra. -Contra o quê?

O pai dela é contra.

O pai dela nem sabe, nunca me viu.

Eu entro aqui, chego de noite aqui, depois do jantar, subo aqui.

Entro, saio, volto, e ninguém vê.

É que eu fiz uma poesia para ela.

Então ela pediu mesmo para eu trocar essa ideia com você.

Não vai acontecer, não, cara...

Esse negócio é muito meloso,

isso é muito...

É uma ideia, uma noção muito antiquada de amor.

Esse negócio de serenata, de poesia...

-Entendi. -Entendeu?

Tenta outra coisa. Faz um...

-Entendeu? -Está bom. Vou nessa.

-Tá? -Valeu.

Vai lá. Mas vai que eu quero olhar você indo.

-Esse cavalo é teu? -Esse cavalo é meu.

Se encostar, eu te meto a porrada!

Não. Vou, não.


Julieta!

Ô, Julieta!

Luz para os meus olhos.

Romeu...

És tu,

na mais perfeita imagem,

nesta varanda.

As tuas mãos são como pequenas plumas,

que alegram a minha alma!

Silêncio! Passou das 22h, porra!

É uma coisa rápida.

O meu amor por ti, que não é só o meu amor por ti,

mas também o teu amor por mim,

que, juntos...

Cala a boca, amigo! Está tarde!

Fala baixo.

E o nosso amor, Julie...

Ô, porra!

Ah, ovo, não...

Caralho! Vai dormir, porra!

Eu só quero declarar o meu amor à Julieta.

Fala só para ela então. Vai lá!

Quem dera que fosse assim, ó, vizinha de Julieta!

O nosso amor é proibido! O pai dela proibiu!

Eu falo com ele amanhã. Vai dormir, vai.

Eu tenho criança pequena aqui, pô!

Ok.

Boa noite, Julieta.

Que a luz das estrelas invada o nosso coração

da maneira que a gente...

Seu louco...

Sabe que horas são? Amanhã é terça, pô!

Eu só estou falando as coisas aqui que eu sinto por ela.

E eu só quero que você se foda, amigo!

Amanhã, às 6h30, eu tenho que acordar

para tirar uma berne da cabeça de uma mulher

do tamanho de um abacate maduro.

O que você prefere?

Que eu chegue lá exausto ou descansado?

Descansado.

Quê? Eu não ouvi.

Descansado!

Então vai dormir, porra!

Foi mal. Eu peço perdão. Olha o linguajar.

Posso só dar um "boa noite"?

-Vai lá. Vai lá rapidinho. -Rapidinho.

Parece que o mundo está contra nós de fato, Julieta,

mas irei-me.

Tu és bela

como nenhuma outra, Julieta.

Ué! O que é isso?

Filha da puta! Solta o cachorro, Perroni.

Só um segundo. Te amo, Julieta! Te amo!

Êta, porra!

Eu também te amo!

Desculpa aí, amigo.

Chato do caralho. Vou tacar cocô na porta dele.

Julieta, meu amor, voltei!

Voltei!

-Fiz uma poesia... -Fala, irmão.

Caraca! Grita pra caralho você, hein?

Caralho! Sujeito... Desculpa, irmão!

-Quem és tu? -Fala...

Eu sou o cara que está pegando a Julieta.

Quem você acha que eu sou? Fada madrinha?

-Pegando? Mas o pai dela é contra. -Contra o quê?

O pai dela é contra.

O pai dela nem sabe, nunca me viu.

Eu entro aqui, chego de noite aqui, depois do jantar, subo aqui.

Entro, saio, volto, e ninguém vê.

É que eu fiz uma poesia para ela.

Então ela pediu mesmo para eu trocar essa ideia com você.

Não vai acontecer, não, cara...

Esse negócio é muito meloso,

isso é muito...

É uma ideia, uma noção muito antiquada de amor.

Esse negócio de serenata, de poesia...

-Entendi. -Entendeu?

Tenta outra coisa. Faz um...

-Entendeu? -Está bom. Vou nessa.

-Tá? -Valeu.

Vai lá. Mas vai que eu quero olhar você indo.

-Esse cavalo é teu? -Esse cavalo é meu.

Se encostar, eu te meto a porrada!

Não. Vou, não.