FESTA DE ANIVERSÁRIO | EMBRULHA PRA VIAGEM

Oh, pessoal! Eita!

Eu aqui de novo.

Fazendo as minhas reflexões para um mundo melhor

nesse momento tão difícil.

Hoje eu queria refletir um pouquinho

sobre festa de aniversário de filho,

que é uma coisa que mudou muito com a pandemia.

Mudou bastante.

Fato que as crianças ficam mais tristes,

sentem falta dos amiguinhos na festinha.

Sentem falta da bagunça, da festa em si, de tudo.

Agora...

Sempre tem o lado bom.

Que é o lado dos pais mesmo, que ficam bem mais tranquilos

Você vê aquela criançada toda reunida na telinha do computador.

Um monte de criança, e ao mesmo tempo,

tão longe da casa,

sem aquela gritaria, aquela correria desgraçada.

Que fica pela casa.

Aquele bolo de chocolate que derrete

e a criança senta em cima do sofá e depois não sai.

Isso aí acabou. E melhorou bem.

Fora que barateou bastante para os pais.

Agora é só comprar um bolinho bobo assim,

só pra ficar em casa mesmo.

E foi bom pra todos os lados.

Pros pais dos amiguinhos também, que não precisam comprar presente.

Pra quê vai comprar presente?

Sabe nem que ano vai entregar esse presente.

As vezes você compra uma camisa pro menino de oito anos,

você vai entregar, ele já vai querer usar camisinha.

Eu sou muito piadista mesmo. Mas piadas à parte,

é fato que a gente compra muito presente

pra amigo de filho que faz aniversário.

Ás vezes eu até pergunto pra Eleonora.

Parece que os amigos dos meus filhos fazem aniversário duas vezes por ano.

Porque não é possível um negócio desses.

É um, é outro, é o outro, é tudo de novo.

Ás vezes eu tinha a impressão de que eu trabalhava

mais pra comprar presente pros amigos dos meus filhos.

Então, isso foi maravilhoso na pandemia.

Fora que a festa era num negócio caríssimo.

Caríssimo. Se fosse em buffet, então.

Aí já é tiro na cabeça.

Não só pelo preço do buffet,

como pelo inferno que é uma festa num buffet.

Aquela barulheira,

aqueles brinquedos gigantes dentro de um ambiente fechado.

A galinha pintadinha ali bombando no último volume.

Tudo no piso frio.

Isso é uma coisa que não entendo.

Por que o buffet não põe um carpete?

Fica aquele eco, aquela coisa.

Parece que você tá numa cozinha gigante

com trezentas crianças.

E com o mágico.

Não é fácil.

Eu tenho a impressão que o buffet tinha que pagar a gente

pra gente fazer a festa lá.

Porque deve dar algum dano cerebral

pra quem fica mais de quarenta minutos num buffet.

É certeza.

Algum dia você vai ver. Vai sair reportagem falando

dos danos cerebrais de uma festinha em buffet.

Mas a criançada adora, né? Aí eles abusam de preço.

Então bendita a festinha do computador.

Ajudou muito.

Olha que bom.