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Parafernalha, RELACIONAMENTO ABERTO | PARAFERNALHA

RELACIONAMENTO ABERTO | PARAFERNALHA

Que isso, Rodrigo? No meio do negócio que eu tava assistindo.

Então, amor, a gente precisava conversar um negócio. Assim, eu estava pensando...

Tudo que a gente já viveu, no nosso namoro e tal e assim, pensei legal e...

eu acho que a gente tá num momento de meio que...

Seguinte, Marina, eu queria muito abrir o nosso relacionamento.

- Abrir tipo a gente transar com outras pessoas? - Isso!

É isso, mas não é isso que você tá pensando. Não tem nada a ver com sentimento,

- eu amo você, você é o amor da minha vida, eu sou louco por... - Eu achei ótima a idea.

- O quê? - Eu adorei essa ideia.

- Você tá falando sério? - Claro, a gente precisa transar com outras pessoas.

A gente tem que, sei lá, fazer umas participações, eu preciso ver outras rolas.

- Isso aí, cara, que orgulho. - Ai, vamos fazer uma suruba?

Isso aí, vamos fazer, vamos fazer.

Só o seguinte, a gente precisava botar umas regrinhas aqui pra não ter problema.

Com certeza, certíssimo, regra é importante.

Tipo assim, eu acho que não rola a gente ficar com amigo um do outro, pra não dar bafafá.

Não, isso é pedir pra não dar merda, pelo amor de Deus.

Outra coisa, por exemplo, se a gente ficar com amigo do outro ou do trabalho,

uma coisa também pode dar errado, porque vai ter uma...

É, faz sentido, não precisa, com certeza.

- Ah, e nada de cariocas também, tá? - Não entendi.

A gente não pode transar com ninguém do Rio de Janeiro?

Marina, pelo amor de Deus, que isso, cara, você entendeu errado.

Olha só: você não pode transar com carioca. E eu posso.

- Que palhaçada é essa Rodrigo? - Palhaçada o quê, cara?

Olha a quantidade de território que tem aqui sem ser do Rio de Janeiro.

Ah, então pra eu transar com alguém eu vou ter que viajar enquanto o bonitão aí...

tá comendo gente até em cima do Cristo Redentor?

Você falando assim "Ah, vu viajar pra transar" pode até pegar mal pra você

e vamos transformar isso numa regra porque...

Ah é? Vai pegar mal pra mim e pra você não pega mal?

O Rio de Janeiro é uma cidade cosmopolita, tem um monte de gente de fora...

do Rio de Janeiro que está no Rio de Janeiro.

Enfim, é isso, né? Combinado. Que orgulho de você, minha mulher maravilhosa.

Pensando bem...

- Tá certo. - Tô, pô.

- Você tem razão. - É.

O Rio de Janeiro tá cheio de gringo. Eu vou rodar igual um peão...

em cima da piroca de tudo quanto é gringo. Eu sou bilíngue, eu vou poder falar...

- com todo mundo. Vou falar com os franceses... - Você não entendeu não.

Você falar que vai dar pra gringo é uma coisa que assusta e vai pegar mal pra você também.

- E pra você não pega mal? - É diferente.

- Por quê? - Porque, olha só, o gringo quando vem pra cá,

tem aquela coisa de falar que a brasileira é dada, é oferecisa, é assanhada.

- Tá me chamando de puta, Rodrigo? - Chamando de puta, Marina?

Você é a mulher da minha vida. Você é a mulher que Deus mandou pra mim aqui.

Agora, o gringo que vem pra cá acha que você é puta, sabe.

Agora, eu comer uma gringa é um ato de resistência em cima dessa coisa...

- que tu tá perpetuando aí. - Ah, entendi. Entendi.

Enquanto você resiste aí comendo todo mundo eu tenho que, sei lá,

- encontrar um gaúcho no meio da rua pra transar. - Não, não. Gaúcho não.

Gaúcho tá na rixa ali e baixo, é quase gringo já.

E vem cá, tem horário pra eu dar minha xoxota também?

Então, essa é uma coisa que a gente podia estabelecer também.

Porque é o seguinte: você sair de noite sozinha pra dar pode ser perigoso...

- e de dia você trabalha. - Rodrigo!

Assume logo que você quer transar com outras mulheres e não quer que eu transe com ninguém.

Graças à Deus você entendeu. Cara, que mulher evoluída que eu tenho.

Casal foda que a gente é, meu amor. Te amo.

Também não vai ser muito problema, né, Rodrigo?

Não vai conseguir comer muita gente com esse pau fino, com esse gravetinho de bonsai.

Ô, Marina, olha só, ele é fino, mas eu sou esforçado, tá?


RELACIONAMENTO ABERTO | PARAFERNALHA

Que isso, Rodrigo? No meio do negócio que eu tava assistindo.

Então, amor, a gente precisava conversar um negócio. Assim, eu estava pensando...

Tudo que a gente já viveu, no nosso namoro e tal e assim, pensei legal e...

eu acho que a gente tá num momento de meio que...

Seguinte, Marina, eu queria muito abrir o nosso relacionamento.

- Abrir tipo a gente transar com outras pessoas? - Isso!

É isso, mas não é isso que você tá pensando. Não tem nada a ver com sentimento,

- eu amo você, você é o amor da minha vida, eu sou louco por... - Eu achei ótima a idea.

- O quê? - Eu adorei essa ideia.

- Você tá falando sério? - Claro, a gente precisa transar com outras pessoas.

A gente tem que, sei lá, fazer umas participações, eu preciso ver outras rolas.

- Isso aí, cara, que orgulho. - Ai, vamos fazer uma suruba?

Isso aí, vamos fazer, vamos fazer.

Só o seguinte, a gente precisava botar umas regrinhas aqui pra não ter problema.

Com certeza, certíssimo, regra é importante.

Tipo assim, eu acho que não rola a gente ficar com amigo um do outro, pra não dar bafafá.

Não, isso é pedir pra não dar merda, pelo amor de Deus.

Outra coisa, por exemplo, se a gente ficar com amigo do outro ou do trabalho,

uma coisa também pode dar errado, porque vai ter uma...

É, faz sentido, não precisa, com certeza.

- Ah, e nada de cariocas também, tá? - Não entendi.

A gente não pode transar com ninguém do Rio de Janeiro?

Marina, pelo amor de Deus, que isso, cara, você entendeu errado.

Olha só: você não pode transar com carioca. E eu posso.

- Que palhaçada é essa Rodrigo? - Palhaçada o quê, cara?

Olha a quantidade de território que tem aqui sem ser do Rio de Janeiro.

Ah, então pra eu transar com alguém eu vou ter que viajar enquanto o bonitão aí...

tá comendo gente até em cima do Cristo Redentor?

Você falando assim "Ah, vu viajar pra transar" pode até pegar mal pra você

e vamos transformar isso numa regra porque...

Ah é? Vai pegar mal pra mim e pra você não pega mal?

O Rio de Janeiro é uma cidade cosmopolita, tem um monte de gente de fora...

do Rio de Janeiro que está no Rio de Janeiro.

Enfim, é isso, né? Combinado. Que orgulho de você, minha mulher maravilhosa.

Pensando bem...

- Tá certo. - Tô, pô.

- Você tem razão. - É.

O Rio de Janeiro tá cheio de gringo. Eu vou rodar igual um peão...

em cima da piroca de tudo quanto é gringo. Eu sou bilíngue, eu vou poder falar...

- com todo mundo. Vou falar com os franceses... - Você não entendeu não.

Você falar que vai dar pra gringo é uma coisa que assusta e vai pegar mal pra você também.

- E pra você não pega mal? - É diferente.

- Por quê? - Porque, olha só, o gringo quando vem pra cá,

tem aquela coisa de falar que a brasileira é dada, é oferecisa, é assanhada.

- Tá me chamando de puta, Rodrigo? - Chamando de puta, Marina?

Você é a mulher da minha vida. Você é a mulher que Deus mandou pra mim aqui.

Agora, o gringo que vem pra cá acha que você é puta, sabe.

Agora, eu comer uma gringa é um ato de resistência em cima dessa coisa...

- que tu tá perpetuando aí. - Ah, entendi. Entendi.

Enquanto você resiste aí comendo todo mundo eu tenho que, sei lá,

- encontrar um gaúcho no meio da rua pra transar. - Não, não. Gaúcho não.

Gaúcho tá na rixa ali e baixo, é quase gringo já.

E vem cá, tem horário pra eu dar minha xoxota também?

Então, essa é uma coisa que a gente podia estabelecer também.

Porque é o seguinte: você sair de noite sozinha pra dar pode ser perigoso...

- e de dia você trabalha. - Rodrigo!

Assume logo que você quer transar com outras mulheres e não quer que eu transe com ninguém.

Graças à Deus você entendeu. Cara, que mulher evoluída que eu tenho.

Casal foda que a gente é, meu amor. Te amo.

Também não vai ser muito problema, né, Rodrigo?

Não vai conseguir comer muita gente com esse pau fino, com esse gravetinho de bonsai.

Ô, Marina, olha só, ele é fino, mas eu sou esforçado, tá?