O que é um Eclipse? Eclipse Solar vs Eclipse Lunar (Astronomia)
[O que é um Eclipse? Eclipse Solar vs Eclipse Lunar - Astronomia].
Vocês já viram um eclipse alguma vez?
É divertido, não é?
Talvez até um pouco desconcertante, mas sabemos que só dura um tempo curto.
Devia ser aterrorizante para a humanidade primitiva.
Seu fiel companheiro no céu, de repente, simplesmente desaparece.
Deve se ter a sensação de que o mundo fosse acabar.
Mesmo agora, com tudo o que sabemos, um eclipse é um dos eventos celestiais mais dramáticos que podemos ver a olho nu.
{música muito bonita}
Somos um pouco mais blasés sobre eventos astronômicos hoje em dia.
Usamos telescópios poderosos para ver lugares longínquos no espaço, captando não só a luz visível, mas todos os tipos de radiação - e recebemos de volta imagens absolutamente incríveis.
Podemos ver nebulosas… e até mesmo supernovas.
Mas ainda nos entusiasmamos muito com eclipses, que podemos experimentar em primeira mão, aqui mesmo da Terra.
Talvez os detalhes estejam um pouco confusos.
Sabemos que um eclipse tem algo a ver com a Terra entrando no caminho da Lua -- ou, seria a Lua entrando no caminho do Sol?
Qual ocorre para que aconteça um eclipse solar e qual para um eclipse lunar?
Vamos dar uma olhada.
Algumas vezes, o Sol, a Terra e a Lua se encontram em uma linha reta.
Quando a Terra está no meio, a sombra da Terra pode encobrir a Lua, isso é um eclipse lunar.
OU, da outra forma, com a Lua no meio, a sombra da Lua cai sobre a Terra , criando um eclipse solar.
Notem que estes eclipses só ocorrem na Lua Nova (no caso de eclipses solares) ou na Lua Cheia ( no caso de eclipses lunares).
Mas por que isso não acontece todos os meses?
Sabemos que a Lua orbita a Terra, e a Terra orbita o Sol.
Mas estas órbitas não acontecem no mesmo PLANO.
Há uma diferença de quase 5 graus entre o plano da órbita Terrestre e o plano da órbita Lunar.
Os dois planos orbitais se cruzam ao longo do que chamamos “linha de nodos.”
Esta linha passa pela Terra.
Mas é só quando o Sol, a Terra e a Lua se alinham de maneira EXATA ao longo da linha de nodos , que temos um eclipse.
O plano de órbita Terrestre é chamado de plano da ECLÍPTICA.
Este nome vem do caminho que vemos o Sol fazer pelo céu - a Eclíptica.
Claro que na verdade é a Terra se movendo em torno ao Sol, mas da nossa perspectiva aqui da Terra, PARECE que o Sol é quem está se mexendo em um padrão fixo através do céu.
Esta ideia vem desde um antigo conceito, o da esfera celestial.
Os Gregos antigos propunham que os céus se constituíam de esferas cristalinas, concêntricas com a Terra ao meio.
Se pensava que o Sol, a Lua e os outros planetas tivessem suas próprias esferas invisíveis e que pudessem rodar livremente, e que as estrelas distantes estariam fixas em um lugar por uma única esfera.
A esfera celestial ainda é um conceito útil para visualizar os céus.
De um observador na Terra, todos os objetos celestiais, não importa qual a distância, aparecem projetados na parte interna desta esfera celestial - como se vivêssemos dentro de uma cúpula.
Elementos da astronomia esférica ainda são utilizados nos dias de hoje, sempre que procuramos por objetos celestiais com base em uma data específica, hora e posição na Terra.
Como eclipses.
Durante um eclipse, a Lua acaba por cair ao longo do trajeto aparente do Sol pelo céu - a eclíptica.
Por isso o chamamos de eclipse.
Durante a Lua cheia, o Sol e a Lua estão em lados opostos da Terra.
Um eclipse lunar acontece durante a Lua cheia SE a Lua estiver na linha de nodos, e o Sol também estiver na linha de nodos.
Agora, os três corpos celestes estão numa linha reta, e a sombra da Terra cai sobre a Lua.
Por contraste, a Lua acaba no meio do Sol e da Terra na Lua nova.
E é nesta situação que eclipses solares são possíveis.
Mas estes, acontecem com menos frequência que eclipses lunares.
E mais, é muito mais difícil para um observador na Terra conseguir ver um eclipse solar do que um eclipse lunar.
Um eclipse lunar é visível de qualquer canto do mundo - se não estiver nublado.
Se conseguirem ver a Lua, conseguirão ver o eclipse.
Mas um eclipse solar só é visível ao longo de um caminho específico - o caminho da sombra lunar.
Se vocês se posicionarem bem no centro da sombra Lunar (a umbra), poderão ver um eclipse solar total.
Chamamos isso de caminho da totalidade.
Mas se estiverem na penumbra, uma sombra externa mais fraca, só verão um eclipse parcial.
Quanto mais longe do caminho da totalidade, menor o grau de eclipse que verão.
Há outra razão pela qual eclipses solares totais são raros.
Lembrem-se de que a órbita lunar é elíptica.
Isso significa que há vezes em que a Lua está mais próxima da Terra, e vezes em que está mais distante.
Quanto mais distante da Terra, menor aparece ser.
Quando a Lua está na sua distância máxima da Terra, chamamos isso de apogeu.
Nestas condições, mesmo que tudo mais esteja no ponto para um eclipse solar, veremos o Sol espreitando por trás da Lua.
Chamamos isso de eclipse anular, por conta do anel de fogo ao redor da Lua.
Neste tipo de eclipse, a Lua está tão distante, que sua sombra umbral não consegue chegar inteira à Terra.
Mas quando a Lua está mais próxima da Terra, aí temos a chance de um eclipse solar total.
A Lua parece maior no céu - grande o suficiente para cobrir o Sol.
Vamos dar uma olhada.
Agora vamos colocar os nossos óculos protetores.
Não olhamos diretamente para o Sol num dia normal, não é mesmo?
Isso causaria dano permanente aos olhos.
Bem… os raios solares não mudam durante um eclipse.
Comprem um par de óculos com filtros para eclipse para toda sua família.
Eles inclusive fazem óculos com clip on para poder usá-los com seus óculos de leitura.
NÃO USEM ÓCULOS DE SOL.
Não são feitos com os filtros corretos.
Eu estou falando SUPER sério, gente.
Comprem um par de óculos com filtros específicos para eclipses.
Vamos incluir um link aqui para vocês poderem comprar.
Se tiverem sorte de estar no caminho de totalidade, isso é o que conseguirão ver durante um eclipse solar total: 1a fase: Eclipse parcial - coloquem os óculos.
Vamos mantê-los postos até o eclipse chegar a 100%.
Nada de olhar pelos cantos.
Nesta primeira fase, o Sol está parcialmente encoberto pela Lua.
Gradualmente, a Lua irá se mover ao longo do disco do sol.
Esta fase pode durar mais de uma hora.
2a fase: Grãos de Baily - continuem com os óculos postos.
Já mencionei que precisamos proteger os olhos?
Nesta fase, a lua está rodeada por pérolas de luz.
A aparência desta fase pode surpreendê-los, até se lembrem de que a lua não é perfeitamente redonda como uma bola de bilhar.
Ela tem vales, que deixam passar a luz do sol.
Esta fase é chamada assim em homenagem ao astrônomo Francis Baily, que foi o primeiro a explicar este incrível fenômeno.
3a fase: O anel de diamante (ou diamante de Airy) - NÃO TIREM OS ÓCULOS!
Esta fase é muito, muito curta.
Os grãos de Baily desaparecem até restar um só.
Um último raio de sol cruza os vales e as crateras lunares para formar o que parece um anel de diamante.
Estes são os últimos segundos antes do eclipse solar total.
4a fase: Totalidade - este é o momento pelo qual estávamos esperando.
Podem tirar os óculos agora, por um tempo bem curto.
A Lua cobre o Sol completamente.
Podemos ver um pouquinho da atmosfera solar- a corona- por trás.
Não poderíamos ver isso nunca num dia normal, porque o Sol brilha tanto.
Percebam o que mais podemos ver.
Aí está Venus.
Podemos ver estrelas.
E talvez vejamos alguns animais noturnos bem confusos aqui na Terra.
Observem tudo que puderem.
Temos um período curto para experimentar o eclipse solar total, por conta da rapidez em que a umbra da Lua se move através da Terra - aproximadamente 1700 km/hr.
O tempo MÁXIMO de totalidade é de 7 minutos e meio.
E isso só quando tudo se encaixa perfeitamente - o alinhamento entre- o Sol - a Lua - e a Terra e a distância entre a Lua e a Terra.
Normalmente, a totalidade é um período bem mais curto.
5a fase: estágios finais - coloquem os óculos novamente.
Estou falando sério.
Façam-no.
Esta última fase vai parecer familiar - vamos repetir as fases iniciais ao contrário.
Anel de diamante, grãos de Baily, e em seguida um longo eclipse parcial enquanto a Lua volta a se afastar do Sol.
Continuem com os óculos postos até o final, desta vez.
Estamos voltando à vida normal.
Temos muitas chances para ver um eclipse lunar - normalmente ocorrem dois por ano.
Mas eclipses solares são menos frequentes e acontecem mais sobre o mar do que sobre a terra.
Alguns caçadores de eclipses solares viajam longas distâncias e até saem em barcos para poder ver esse desaparecimento dramático.
Se tiverem a chance de ver um eclipse solar total, não deixem escapar!
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