Os animais com queimaduras tratados com pele de tilápia no Pantanal
Pesquisadores do Nordeste levaram uma inovação 100% brasileira
para ajudar animais queimados por incêndios no Pantanal:
usam pele de tilápia na cicatrização de queimaduras
As peles, normalmente descartadas pela indústria, são desidratadas e esterilizadas
Depois, aplicadas em pessoas ou animais com queimaduras
A pele desse peixe de água doce funciona como um curativo
e ajuda na cicatrização porque tem uma grande camada de colágeno
Um biólogo, uma veterinária e um enfermeiro viajaram
para o Pantanal com 130 curativos biológicos e têm ensinado a técnica a profissionais que
tratam os animais na região. O primeiro animal a receber os
curativos foi um filhote de veado-catingueiro. Ele sofreu queimaduras em suas quatro patas
Duas antas adultas e um filhote de anta também receberam os curativos
e reagiram bem ao tratamento. Um tamanduá-bandeira teve a
pele do peixe costurada em suas patas, e uma cobra sucuri agora tem parte de sua
pele estampada por uma de peixe. Além do colágeno na pele,
o procedimento acelera a cicatrização porque impede a perda de líquido da ferida
E poupa trocas diárias de curativo, que dão trabalho
e são dolorosas para os animais. A técnica brasileira ganhou
destaque no mundo inteiro. Foi desenvolvida por pesquisadores
da Universidade Federal do Ceará e do Instituto de Apoio ao Queimado
E já ajudou até ursos nos incêndios da Califórnia em 2018
E é a primeira vez que é usada em animais silvestres no Brasil