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Porta Dos Fundos 2020, PRIMEIRO DIA

-Obrigada. -Eu que agradeço.

Passa o dinheiro, filha da puta!

-Rapidinho, caralho! -Tá maluco? Abaixa essa porra.

"Tá maluco?" você, ô, gordinho. Quero dinheiro rapidinho, porra.

Passo tudo que você quiser,

mas, porra, disfarça, né?

Disfarça é o caralho, meu irmão!

Meu chefe está logo ali, cara.

Foda-se o seu chefe, meu irmão.

Não tenho nada a ver com essa porra.

Me ajuda aí. É meu primeiro dia hoje.

Se eu for assaltado logo hoje,

-vai pegar malzão pra mim. -Meu irmão,

não tenho nada a ver com essa porra, não, entendeu?

Passa o meu dinheiro aí!

Demorei três meses pra conseguir esse emprego aqui.

Eu estou em período de experiência, irmão.

-Porra, me ajuda aí! -Tá bom.

Como é que a gente faz? Me dá o dinheiro aí.

Vai, vai, vai.

-Tu quer quanto? -Porra, eu quero tudo.

Não, não. Tudo, não. Tudo tu me fode, porra.

Porque eu vou ter que repor depois.

50 reais está bom? Porque aí fica tranquilo pra mim.

E tu não sai de mão abanando...

Não posso levar 50 reais, não.

Porque se eu chegar com um galo ali, eu estou fodido.

Eu tenho meta pra bater, porra.

Meta? Como assim? Meta?

Meu chefe está ali, porra.

Meu primeiro dia de trabalho também.

Treinamento, tá ligado?

-Pô, mas 50 reais está ruim? -Porra!

Há quanto tempo tu tá me assaltando aqui?

Uns cinco minutos? Isso dá o quê?

Dez reais o minuto, 600 reais a hora, irmão.

-Tá bom pra caramba. -Irmão,

é que eu só fico com 3% do ganho do assalto.

Aí é foda mesmo.

Mas tem gangue pagando mais, tu sabe disso.

Tá dando mole.

Tá bom, irmão. Como é que a gente faz aí?

Não quero te atrasar, não.

Finge que está comprando alguma coisa

e eu te dou o troco errado.

-Eu queria um chiclete, por favor. -Ok, senhor.

Saindo um chiclete e os 50 reais de troco do senhor.

-Obrigado pelo troco. -De nada.

Vou ter que dar uma porrada na tua cabeça.

Só porque é protocolo do assalto.

Só cuidado pra não me machucar

porque eu tenho uma moleira aqui.

-Tá. -Tá.

-Ai! Ai! -Valeu, amigo.

-Obrigado aí. Bom trabalho. -Eu que agradeço.

Parado aí. Larga essa porra da arma.

Larga porra nenhuma, verme filha da puta!

Larga essa porra!

Não vou largar, porra. Vai tomar um tiro!

-Tu não vai largar, não? -Largar porra nenhuma, tá maluca?

Pô, cara, meu primeiro dia. Meu chefe está ali.

Quebra essa pra mim. Sou mulher. Sabe como é.

Na corporação, é difícil pra caramba.

Tá bom.

-Ah! Eu me rendi, senhora policial. -Se rendeu. Se rendeu.

Obrigada, obrigada. Se rendeu.

-Caralho, torceu aqui. -Cala a boca, filha da puta.

Desculpa, tem que ser grossa.

-Está a salvo, senhor. -Tu faz a parada do bem...

-Aí tu vai lá e torce o braço. -Vamos embora, porra!

Qual é, qual é. Dá uma moral aí.

-Desculpa. -Qualquer coisa serve.

Cara, eu estou sem grana. Foi mal.

É que é meu primeiro dia.

Estou começando agora aqui como mendigo.

Toma aqui cinco reais, então.

Toma aqui. Serve?

Porra. Obrigado, moça. Valeu mesmo, hein?

Aqui, ó! Cincão aqui, ó!

Cinco, ó. Cincão aqui, ó!

Bora bater meta!

-Obrigada. -Eu que agradeço.

Passa o dinheiro, filha da puta!

-Rapidinho, caralho! -Tá maluco? Abaixa essa porra.

"Tá maluco?" você, ô, gordinho. Quero dinheiro rapidinho, porra.

Passo tudo que você quiser,

mas, porra, disfarça, né?

Disfarça é o caralho, meu irmão!

Meu chefe está logo ali, cara.

Foda-se o seu chefe, meu irmão.

Não tenho nada a ver com essa porra.

Me ajuda aí. É meu primeiro dia hoje.

Se eu for assaltado logo hoje,

-vai pegar malzão pra mim. -Meu irmão,

não tenho nada a ver com essa porra, não, entendeu?

Passa o meu dinheiro aí!

Demorei três meses pra conseguir esse emprego aqui.

Eu estou em período de experiência, irmão.

-Porra, me ajuda aí! -Tá bom.

Como é que a gente faz? Me dá o dinheiro aí.

Vai, vai, vai.

-Tu quer quanto? -Porra, eu quero tudo.

Não, não. Tudo, não. Tudo tu me fode, porra.

Porque eu vou ter que repor depois.

50 reais está bom? Porque aí fica tranquilo pra mim.

E tu não sai de mão abanando...

Não posso levar 50 reais, não.

Porque se eu chegar com um galo ali, eu estou fodido.

Eu tenho meta pra bater, porra.

Meta? Como assim? Meta?

Meu chefe está ali, porra.

Meu primeiro dia de trabalho também.

Treinamento, tá ligado?

-Pô, mas 50 reais está ruim? -Porra!

Há quanto tempo tu tá me assaltando aqui?

Uns cinco minutos? Isso dá o quê?

Dez reais o minuto, 600 reais a hora, irmão.

-Tá bom pra caramba. -Irmão,

é que eu só fico com 3% do ganho do assalto.

Aí é foda mesmo.

Mas tem gangue pagando mais, tu sabe disso.

Tá dando mole.

Tá bom, irmão. Como é que a gente faz aí?

Não quero te atrasar, não.

Finge que está comprando alguma coisa

e eu te dou o troco errado.

-Eu queria um chiclete, por favor. -Ok, senhor.

Saindo um chiclete e os 50 reais de troco do senhor.

-Obrigado pelo troco. -De nada.

Vou ter que dar uma porrada na tua cabeça.

Só porque é protocolo do assalto.

Só cuidado pra não me machucar

porque eu tenho uma moleira aqui.

-Tá. -Tá.

-Ai! Ai! -Valeu, amigo.

-Obrigado aí. Bom trabalho. -Eu que agradeço.

Parado aí. Larga essa porra da arma.

Larga porra nenhuma, verme filha da puta!

Larga essa porra!

Não vou largar, porra. Vai tomar um tiro!

-Tu não vai largar, não? -Largar porra nenhuma, tá maluca?

Pô, cara, meu primeiro dia. Meu chefe está ali.

Quebra essa pra mim. Sou mulher. Sabe como é.

Na corporação, é difícil pra caramba.

Tá bom.

-Ah! Eu me rendi, senhora policial. -Se rendeu. Se rendeu.

Obrigada, obrigada. Se rendeu.

-Caralho, torceu aqui. -Cala a boca, filha da puta.

Desculpa, tem que ser grossa.

-Está a salvo, senhor. -Tu faz a parada do bem...

-Aí tu vai lá e torce o braço. -Vamos embora, porra!

Qual é, qual é. Dá uma moral aí.

-Desculpa. -Qualquer coisa serve.

Cara, eu estou sem grana. Foi mal.

É que é meu primeiro dia.

Estou começando agora aqui como mendigo.

Toma aqui cinco reais, então.

Toma aqui. Serve?

Porra. Obrigado, moça. Valeu mesmo, hein?

Aqui, ó! Cincão aqui, ó!

Cinco, ó. Cincão aqui, ó!

Bora bater meta!