Uma história de amor ou de (s) encontros 10
Ele, em Bruxelas, na semana antes de
As tarefas não lhe davam grandes folgas.
Mas viveu essa semana numa ansiedade que lhe roubava tempo de sono, substituído por preparativos (os tais pormenores a afinar…), e dúvidas, e interrogações.
Porquê aquela insegurança? Tinha do amor uma concepção de relação de entrega, de reciprocidade, de confiança mútua. E sabia, ah!, sabia..., que ela só estava naquele amor porque também assim o entendia e queria.
O narrador também sabe (por portas travessas) que a vida os ensinara, e que ela o “educara”, lhe dera uma exacta dimensão de amor. Ter de ser tudo mas, também, de não ter de ser absoluto, doentio, “dois num só” e esses extremos idealizados, apenas (e tanto!) eu e tu sem se apagarem no nós que queriam ser. Enquanto.
Canto o encanto enquanto, lhe respondera ele um dia.
Pois é… mas não era fácil. Às vezes, custava-lhe suportar que houvesse uma parte de ela que não se apagava no nós , que houvesse zonas da sua vida em que, sabia, ele não entrava (ah!, os jardins secretos…).
Por isso, algumas reacções, algumas dúvidas, a insegurança.
Ciúme? Talvez. Mas não. Ciúme, não. Porque isso seria desconfiança.
De qualquer modo, o que era preciso naquele momento era preparar muito bem a “surpresa”.
Sérgio Ribeiro http://anonimosecxxi.blogspot.pt/2007/08/uma-histria-de-amor-ou-de-s-encontros_17.html