A Batalha de Aljubarrota | Batalhas Decisivas #1
Portugal, Idade Média: O sol brilha, os gatinhos miam, as crianças brincam na rua:
Salve meus cavaleiros, Thiago aqui, sejam muito bem-vindos
ao Impérios AD.
Se tem uma coisa que a história está cheia
é de batalhas decisivas que mudaram o rumo da
humanidade e moldaram a cultura e a sociedade em que vivemos hoje.
E se algumas dessas batalhas
tivessem tido um outro resultado, o mundo hoje seria um lugar totalmente diferente, um mundo que talvez nem eu e nem você reconheceriamos.
E justamente por causa da importância dessas batalhas da a história da humanidade,
Nós vamos ter uma nova série aqui no Impérios AD
Uma série que vai contar as mais importantes e épicas batalhas que
já existiram.
E nenhuma afetou tanto o rumo da NOSSA história como a Batalha de Aljubarrota,
E quando eu digo nossa história, eu digo a História de Portugal e a história
do Brasil também.
Se o resultado dessa batalha épica fosse diferente, Portugal não existiria,
o Brasil não existiria, e nem a gente estaria aqui agora.
Então aí vai o primeiro episódio da
série Batalhas Decisivas:
A Batalha de Aljubarrota!
É porque Espanha nem era um país ainda, Inglaterra e França
estavam atoladas em fezes por causa da guerra dos 100 anos e da peste negra,
e Portugal...
tava longe dessa zona toda; era um país independente, livre dos mouros, longe da peste, de frente
pra imensidão do atlântico, o universo inteiro conspirava em tornar Portugal o país número
um do mundo até que...
Toc Toc,
Castela!
Com a morte do Rei D. Fernando, Portugal entra
em crise, por causa dela, a viúva do Rei, agora Rainha Regente de Portugal, ela, a cobra
lusitana, Leonor Teles,
que tinha um amante, um castelhano, o Conde Andeiro;
e ela, a filha
do Rei, casada com outro castelhano, O castelhano, o rei de Castela, João I,
conhecido em Portugal
como o João do mal, porque Portugal tinha um João I, o João I, o do bem, que você
já já vai entender o porquê, não saia daí.
Com a morte do Rei Dom Fernando uma mistura de caos, medo e revolta tomam conta de Portugal:
Na teoria, os portugueses
tinham uma rainha, mas não era ela quem reinava, era seu amante castelhano, subordinado ao
rei João de Castela.
No horizonte, os portugueses viam se aproximando o fim de sua independência,
o fim de seu povo, o fim de sua nação, a invasão definitiva.
Mas não se Ele puder
evitar, o bastardo real mais casca grossa que pisou na face da terra, João I de Portugal.
Com uma determinação de aço ele estava disposto a provar que pra ser um líder de
verdade, um coração honrado era tudo o que importava.
Sem um monarca oficial, o país entrou na chamada Crise de 1383-1385 e várias revoltas
explodiram por todo Portugal contra a dominação de Castela.
Em 1384 Lisboa é cercada por
Castela, mas bravamente consegue resistir aos ataques obrigando os 14 mil castelhanos
a abandonar o Cerco.
Nesses confrontos o Conde Andeiro, o amante da rainha de Portugal morre.
Depois de dois anos de crise, em 6 de abril de 1385 o povo finalmente escolhe seu verdadeiro
rei, o irmão do Rei Fernando: João I de Portugal.
Mas apenas 4 meses depois o novo
Rei enfrentaria um desafio que testaria ao limite a força, resistência e teimosia do
povo português.
Mas João I de Castela queria Portugal, porque
ele era casado com a filha legítima do rei, e ele faria de tudo pra conseguir isso:
O Rei francês Carlos VI envia 2000 cavaleiros ao Reino de Castela.
Em junho de 1385, João parte de Castela com um exército impressionante e determinado
a colocar Portugal de joelhos de uma vez por todas.
Mas João tinha ele, o pai dos cavaleiros, o calmante de reis, o grão-condestável mór,
o ministro dos Santos, Nuno Álvares Pereira.
Ele reúne o exército português na cidade
Templária de Tomar e de lá Nuno parte para
o local que seria a única opção de resistência portuguesa.
a freguesia de Aljubarrota.
Prevendo a lentidão da cavalaria francesa
e o grande número do exército castelhano, Nuno prepara o terreno para a batalha decisiva.
Os portugueses também constroem um conjunto de paliçadas e covas de lobo
pra conter a esmagadora cavalaria castelhana.
E ele fica na vanguarda: infantaria no centro, 200 besteiros e arqueiros ingleses na frente,
2 alas nos flancos com mais arqueiros, cavalaria e infantaria.
Na retaguarda estava o Rei João
I em pessoa, com reforço de cavalaria, em uma colina fora da visão dos castelhanos.
O Rei de Castela sabia que sem Nuno, o exército
português cairia facilmente então ele tem um plano ousado.
Nuno nunca trairia seu rei e seu povo, e lutaria por eles até a morte!
Então as 6 horas da tarde do dia 14 de agosto de 1385
Começa a batalha de Aljubarrota
Então, João de Castela e seu exército impressionante chegam pelo norte de Aljubarrota e encontram
o exército português bem posicionado e pronto, então ele resolve dar a volta e atacar pelo
sul, mas o exército era muito grande e lento, e quando chegaram a parte sul da colina, o
exército português já havia se reposicionado e estava pronto.
Então o rei de Castela ordena
um ataque devastador da cavalaria francesa para quebrar a linha de defesa portuguesa.
Mas Nuno e seus cavaleiros já esperavam por isso.
Enquanto a cavalaria avançava, uma chuva de flechas descia sobre os castelhanos que
ficaram desorientados e perdidos no terreno preparado pelos portugueses.
Enquanto os franceses
eram massacrados, João de Castela resolve descarregar a linha principal da infantaria
castelhana.
Ao ver aquele número impressionante, João de Portugal se dirige aos flancos e
o caos começa:
um combate de cavaleiros demonstrando o que havia de melhor na arte da guerra medieval.
E os dois reis lutam nela, essa era a Batalha dos Reis.
Muitas baixas de todos os lados, mas o terreno era a maior aliado português contra essa
avalanche castelhana.
Centenas de soldados caiam nas armadilhas portuguesas enquanto
se moviam desordenadamente.
A linha portuguesa era inquebrável e permanecia firme, avançando
enquanto os castelhanos caiam.
5000 mil castelhanos morreram, e quando a bandeira de Castela foi
tomada pelos portugueses, o desespero tomou conta dos invasores que começaram a fugir
achando que seu rei tinha morrido.
Os que tentaram se esconder nas redondezas,
acabaram sendo mortos.
Mas nem mesmo Nuno nem o D. João aterrorizaram tanto os castelhanos
quanto ela, a padeira louca, a confeiteira de castelhofóbica, Brites de Almeida.
Diz a lenda que ela teria assado vários castelhanos vivos enquanto se escondiam dentro de um forno.
A Batalha de Aljubarrota foi uma catástrofe pra Castela: eram tantos corpos espalhados
pela cidade que chegaram a barrar o fluxo de riachos na região.
Os portugueses permaneceram
mais três dias em Aljubarrota, pra garantir que os castelhanos não retornariam.
Após a derrota, Castela teria decretado um luto de dois anos, até 1387.
Com essa vitória decisiva, Nuno Álvares Pereira se torna um santo português e D.
João I reafirma sua posição incontestável como Rei de Portugal dando início à
Dinastia de Avis.
Algumas décadas depois, seus descendentes dariam vida a um plano ousado e corajoso e
que mudaria o mundo para sempre.
A Existência de Portugal, a existência do
Brasil, a nossa existência hoje se deve a coragem, a determinação e o coração daqueles nobres cavaleiros
que lutaram para defender o seu povo.
A Batalha de Aljubarrota é uma prova clara
que números não podem vencer a inteligência, a estratégia, e acima de tudo, corações
honestos e determinados na proteção do seu povo e da sua cultura.
E fechamos aqui meus cavaleiros, e eu queria agradecer demais a vocês por assistirem e
especial aos meus cavaleiros que investem e financiam o meu trabalho
para eu continuar produzindo esse conteúdo que vocês tanto gostam com o máximo de qualidade possível.
Fazer esse conteúdo todo sozinho não é nada fácil, então o apoio de vocês é muito importante e ajuda muito.
Por isso, de novo muito obrigado por tudo, um grande abraço, se cuida e Adeus!