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BBC News 2020 (Brasil), China persegue uigures no exterior com apoio de países árabes

China persegue uigures no exterior com apoio de países árabes

Sudinisa é casada e tem cinco filhos. Eles são uigures da província

de Xinjiang, na China. Como muitos, eles vivem no exílio.

Dois anos atrás, o marido de Sudinisa, Osman, fez uma peregrinação à Arábia Saudita – lá, foi preso pela polícia.

Desde 2009, a China lançou a chamada "Guerra do Povo ao Terror" em Xinjiang, para enfrentar

o que eles classificam de separatismo islâmico,

após incidentes violentos como a explosão em uma estação de trem em 2014.

Atualmente, estima-se que mais de um milhão de uigures e integrantes de outras minorias

religiosas estejam detidos em campos na região de Xinjiang.

Ex-detentos alegam que os internos enfrentam tortura caso se recusem a renunciar à sua língua

e religião – uma alegação que a China nega.

Em fevereiro de 2019, o príncipe saudita Mohammed Bin Salman fez uma visita ao maior

parceiro comercial de seu país, a China. Lá, ele assinou acordos no valor de US$ 28 bilhões,

incluindo um de US$ 10 bilhões para construir uma refinaria de petróleo na China.

Durante a viagem, a mídia estatal chinesa relatou uma fala de Bin Salman a seus anfitriões:

"A China tem o direito de realizar trabalhos de combate ao terrorismo e ao extremismo para sua segurança nacional."

A embaixada chinesa em Londres disse à BBC que “as alegações são baseadas em rumores fabricados"

e que "a China nunca pressionou outros países a deportarem pessoas à força para a China”

A Embaixada Saudita disse: "A Arábia Saudita considera todas as deportações

caso a caso sem ser influenciada pela raça ou religião de uma pessoa."

As embaixadas do Egito e dos Emirados Árabes não responderam aos nossos pedidos por comentários.

As perguntas para aqueles que buscam refúgio fora da China são:

eles poderão ver sua terra natal ou suas famílias novamente?

E algum dia haverá um porto seguro para eles no exterior?

China persegue uigures no exterior com apoio de países árabes China verfolgt Uiguren im Ausland mit Unterstützung arabischer Länder China persecutes Uighurs abroad with support from Arab countries China persigue a los uigures en el extranjero con el apoyo de los países árabes 中国、アラブ諸国の支援を得て海外でウイグル人を迫害

Sudinisa é casada e tem cinco filhos. Eles são uigures da província Sudinisa|||||||||||

de Xinjiang, na China. Como muitos, eles vivem no exílio.

Dois anos atrás, o marido de Sudinisa,  Osman, fez uma peregrinação à Arábia Saudita – lá, foi preso pela polícia. ||||||||||pilgrimage||||||||

Desde 2009, a China lançou a chamada "Guerra do Povo ao Terror" em Xinjiang, para enfrentar ||||||||||Terror|||| Seit 2009 führt China in Xinjiang den sogenannten "Volkskrieg gegen den Terror", um gegen die

o que eles classificam de separatismo islâmico, was sie als islamischen Separatismus bezeichnen,

após incidentes violentos como a  explosão em uma estação de trem em 2014.

Atualmente, estima-se que mais de um milhão  de uigures e integrantes de outras minorias Heute gibt es schätzungsweise mehr als eine Million Uiguren und Angehörige anderer Minderheiten

religiosas estejam detidos em  campos na região de Xinjiang. ||detained|||||| werden in Lagern in der Region Xinjiang festgehalten.

Ex-detentos alegam que os internos enfrentam  tortura caso se recusem a renunciar à sua língua ||claim||||||||refuse||renounce||| Ex-Häftlinge behaupten, dass ihnen Folter droht, wenn sie sich weigern, ihre Sprache preiszugeben

e religião – uma alegação que a China nega. |||claim|||| und Religion - eine Behauptung, die China bestreitet.

Em fevereiro de 2019, o príncipe saudita Mohammed Bin Salman fez uma visita ao maior

parceiro comercial de seu país, a China. Lá, ele assinou acordos no valor de US$ 28  bilhões,

incluindo um de US$ 10 bilhões para construir uma refinaria de petróleo na China.

Durante a viagem, a mídia estatal chinesa relatou uma fala de Bin Salman a seus anfitriões: |||||||||||||||hosts Chinesische Staatsmedien berichteten über eine Rede Bin Salmans vor seinen Gastgebern während der Reise:

"A China tem o direito de realizar trabalhos de combate ao terrorismo e ao extremismo para sua segurança nacional." "China hat das Recht, Terrorismus- und Extremismusbekämpfung für seine nationale Sicherheit zu betreiben.

A embaixada chinesa em Londres disse à BBC que “as alegações são baseadas em rumores fabricados" ||||||||||||||rumors| Die chinesische Botschaft in London erklärte gegenüber der BBC, dass "die Anschuldigungen auf erfundenen Gerüchten beruhen".

e que "a China nunca pressionou outros países a  deportarem pessoas à força para a China” und dass "China niemals andere Länder unter Druck gesetzt hat, Menschen nach China abzuschieben".

A Embaixada Saudita disse: "A Arábia  Saudita considera todas as deportações Die saudische Botschaft erklärte: "Saudi-Arabien betrachtet alle Abschiebungen

caso a caso sem ser influenciada  pela raça ou religião de uma pessoa." von Fall zu Fall zu entscheiden, ohne sich von der Rasse oder der Religion einer Person beeinflussen zu lassen".

As embaixadas do Egito e dos Emirados Árabes não  responderam aos nossos pedidos por comentários.

As perguntas para aqueles que  buscam refúgio fora da China são: Die Fragen für diejenigen, die außerhalb Chinas Zuflucht suchen, lauten:

eles poderão ver sua terra natal  ou suas famílias novamente? Werden sie ihr Heimatland oder ihre Familien wiedersehen können?

E algum dia haverá um porto  seguro para eles no exterior? Und wird es für sie jemals einen sicheren Hafen im Ausland geben?