Garimpo agrava desflorestação da Amazónia
[Garimpo agrava desflorestação da Amazónia].
Dercílio (Franchini) e o sócio "Zé Preto" vivem do garimpo, ou seja, da mineração ilegal de ouro na Amazónia .
Estas pequenas minas são proibidas por lei, mas eles esquivam-se.
Alegam que têm de sobreviver e além disso a pegada ecológica (que deixam) é mínima, comparada com a das multinacionais, que segundo eles ficam com todo o ouro, não lhes dão hipóteses de trabalhar, e não os deixam com outra possibilidade a não ser (senão) fazer este trabalho à margem da lei.
"Sou pai de família, tenho filhos estudando (que estudam) e eu não posso deixar a minha filha passando (a passar) necessidades ou a minha mulher passando necessidades .... ....
Então, a gente ... Precavemo-nos, escondemo-nos, fugimos enquanto tivermos pernas, mas desistir nunca.
Continuamos a trabalhar, porque preciso de sobreviver e dar sustento à minha família", diz Dercílio.
O problema é que, como esta, há centenas de minas ilegais espalhadas por toda a Amazónia.
A exploração deve aumentar com a aprovação da lei que permite alargar os terrenos das minas, incluindo às terras indígenas, aumentando (assim) a desflorestação.
À exploração mineira juntam-se os incêndios, que voltaram, com a época das queimadas.
Só no último mês, a maior floresta tropical do mundo foi afetada por 6800 incêndios .
Nos Estados do Mato Grosso, Pará e Rondónia, a área ardida é já maior que a do ano passado, (em que a vaga de incêndios fez manchetes por todo o mundo).