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Parafernalha, QUENTINHA FRIA: EP.2 - A MÁFIA | PARAFERNALHA

Quem foi que disse pra você que pode comer aqui?

- Ninguém. - E o que é que você tá fazendo aí?

- Ninguém falou que eu não podia comer também. - Eu vou chamar a polícia.

E vai falar o quê? Que eu tô comendo aqui no cemitério?

- Sai, sai seu desgraçado. - Tá bom.

Fica estressado aí, vai acabar tendo um AVG e vai terminar igual o gordinho lá.

Tu tá surdo, cara, eu não mandei tu entrar?

Tá bom, agora que o senhor falou com educação eu entro.

Vai, vai, vai!

Atrapalhado.

- Bora, rapaz! - Tô indo já, eu hein.

Com arma é fácil, quero ver na mão, que eu sou faixa preta no esquindolelê.

Aí, tu é chato para caralho, cala a tua boca, rapaz.

Cala a boca já morreu, quem manda aqui sou eu.

- Ó... - Parei, parei.

Bora!

- Tô indo, você que conhece. - Bora, me segue.

- E, qual foi? - Eu fui ver só se a bicicleta tava amarrada ali.

Vambora, tá pensando que eu sou otário?

Tá bom, eu hein. Já vou, moço.

- Vambora, vambora! - Já vou, já, eu hein.

Aí, chefe!

O entregador chegou.

E aí, trouxe minha quentinha, meu parceiro?

Trouxe sim pô, olha pra minha cara. Eu sou profissional.

- Cadê o bagulho, vambora, irmão! - Vocês ficam falando, assim eu até esqueço.

Ou! Devagar, devagar.

Porra.

- Mais rápido, cumpadi, mais rápido. - O senhor falou devagar, agora rápido?

- Pô, parece lelé da cuca, vocês. - Bora que eu quero o bagulho logo!

Tá bom, tá bom. Todo mundo cada vez mais estressado, é o segundo hoje já .

Aí, sua quentinha.

- Posso ir embora? - Ainda não.

Tá cheio de mofo aqui, cheio de poeira, eu sou alérgico, eu tenho sinusite e renite.

Vai pagar meu remédio do UPA depois? Não vai. A minha vó...

Se tu não fechar a porra da tua boca agora, quem vai abrir mais a tua boca sou eu.

Tá bom, tá bom. Bando de mal amado.

O quê?

Bando de bem amado?

- Que porra é essa aqui? - A quentinha do senhor aí, pô.

- Estrogonofe de carne. - Não foi isso que eu pedi.

- Foi sim. - Não foi, não.

- Foi - Não foi, não.

- Foi sim. - Não foi, não.

- Foi não. - Foi isso que eu falei, porra.

Caraca, esse gordinho é mais inteligente que o outro.

Cadê a minha droga?

Que droga? Não fala assim, não, que a comida do Agnaldo é boazona,

- fica chamando a comida do... - Agnaldo de bunda é rola.

Olha o palavrão, tá cheio de menor trabalhando pro senhor aí, ó, fica xingando palavrão...

Meu irmão, não foi isso que eu pedi. Eu pedi estrogonofe de frango.

Essa porra estrogonofe de carne.

Ué, come só o arroz com batata palha, então, pô.

- Puta que pariu, explica pra ele. - Senta aí.

Vou sentar não, tá tudo sujo aqui, eu limpei minha calça ontem...

- Meu irmão, senta aí. - Ai, tá bom, eu hein.

Prefiro ser uma pessoa que senta, do que uma pessoa ignorante igual você.

Aí, não sei se você é idiota, não sei se você ligou, mas isso aqui é a máfia da quentinha.

Os parceiros vêm aqui e colocam as drogas tudo dentro da embalagem da quentinha, entendeu?

Entendi, não, que eu sou contra as drogas. Minha vó sempre falava assim pra mim: drogas, nem vivo.

Cumpadi, a quentinha que você trouxe, era para vir a droga nova pro chefe.

Pra ele experimentar e ver se vale a pena vender esses bagulhos aí.

Ele é maluco, então, que ele fica falando toda hora "cadê meu strogonoff de frango?"

- Pedindo strogonoff de frango. - Ô seu idiota...

- Idiota é sua tia, Maria. - Strogonoff de frango é um código pra droga.

Strogonoff de frango é bonzão, o código pra droga tinha que ser arroz com fígado.

Arroz com fígado é uma droga. Eu comi fígado uma vez que meu tio botou no churrasco...

Proveta, pega esse maluco aí joga ele no lixo, vai.

Faz isso, não. Faz isso, não.

Eu consigo, eu consigo o strogonoff de frango. - Meu irmão, olha só...

Eu vou te dar 15 minutos pra você trocar essa porra dessa quentinha aqui.

E tu não vai fugir, não.

Se você fugir, a gente vai matar o Agnaldo e você vai ficar sem a porra do teu emprego.

Tá bom. Pode me dar então duas horas e 37 minutos?

Por quê?

Porque eu seu pra quem eu entreguei o strogonoff de frango.

- Bora, bora, bora, rapaz. - Já vou, já vou peraí, pô.

A minha camisa tá amassando... Aí, caiu tudo aqui.

Aí, maluco...

- Teu nome? - Quê?

Teu nome?

É o quê?

Não entendi.

- Xuxa Meneghel. - Tira esse otário daqui.

- Vambora, vambora! - Já vou, já vou!

- Bora, irmão, porra! - Caramba.

Tá, já vou já, não precisa empurrar, não, cara.

- Mal educado. - Demora, não, hein.

Tá, já ouvi, já, fica me enchendo o saco, parece operador de telemarketing.

Saudade do gordinho, isso sim.


Quem foi que disse pra você que pode comer aqui?

- Ninguém. - E o que é que você tá fazendo aí?

- Ninguém falou que eu não podia comer também. - Eu vou chamar a polícia.

E vai falar o quê? Que eu tô comendo aqui no cemitério?

- Sai, sai seu desgraçado. - Tá bom.

Fica estressado aí, vai acabar tendo um AVG e vai terminar igual o gordinho lá.

Tu tá surdo, cara, eu não mandei tu entrar?

Tá bom, agora que o senhor falou com educação eu entro.

Vai, vai, vai!

Atrapalhado.

- Bora, rapaz! - Tô indo já, eu hein.

Com arma é fácil, quero ver na mão, que eu sou faixa preta no esquindolelê.

Aí, tu é chato para caralho, cala a tua boca, rapaz.

Cala a boca já morreu, quem manda aqui sou eu.

- Ó... - Parei, parei.

Bora!

- Tô indo, você que conhece. - Bora, me segue.

- E, qual foi? - Eu fui ver só se a bicicleta tava amarrada ali.

Vambora, tá pensando que eu sou otário?

Tá bom, eu hein. Já vou, moço.

- Vambora, vambora! - Já vou, já, eu hein.

Aí, chefe!

O entregador chegou.

E aí, trouxe minha quentinha, meu parceiro?

Trouxe sim pô, olha pra minha cara. Eu sou profissional.

- Cadê o bagulho, vambora, irmão! - Vocês ficam falando, assim eu até esqueço.

Ou! Devagar, devagar.

Porra.

- Mais rápido, cumpadi, mais rápido. - O senhor falou devagar, agora rápido?

- Pô, parece lelé da cuca, vocês. - Bora que eu quero o bagulho logo!

Tá bom, tá bom. Todo mundo cada vez mais estressado, é o segundo hoje já .

Aí, sua quentinha.

- Posso ir embora? - Ainda não.

Tá cheio de mofo aqui, cheio de poeira, eu sou alérgico, eu tenho sinusite e renite.

Vai pagar meu remédio do UPA depois? Não vai. A minha vó...

Se tu não fechar a porra da tua boca agora, quem vai abrir mais a tua boca sou eu.

Tá bom, tá bom. Bando de mal amado.

O quê?

Bando de bem amado?

- Que porra é essa aqui? - A quentinha do senhor aí, pô.

- Estrogonofe de carne. - Não foi isso que eu pedi.

- Foi sim. - Não foi, não.

- Foi - Não foi, não.

- Foi sim. - Não foi, não.

- Foi não. - Foi isso que eu falei, porra.

Caraca, esse gordinho é mais inteligente que o outro.

Cadê a minha droga?

Que droga? Não fala assim, não, que a comida do Agnaldo é boazona,

- fica chamando a comida do... - Agnaldo de bunda é rola.

Olha o palavrão, tá cheio de menor trabalhando pro senhor aí, ó, fica xingando palavrão...

Meu irmão, não foi isso que eu pedi. Eu pedi estrogonofe de frango.

Essa porra estrogonofe de carne.

Ué, come só o arroz com batata palha, então, pô.

- Puta que pariu, explica pra ele. - Senta aí.

Vou sentar não, tá tudo sujo aqui, eu limpei minha calça ontem...

- Meu irmão, senta aí. - Ai, tá bom, eu hein.

Prefiro ser uma pessoa que senta, do que uma pessoa ignorante igual você.

Aí, não sei se você é idiota, não sei se você ligou, mas isso aqui é a máfia da quentinha.

Os parceiros vêm aqui e colocam as drogas tudo dentro da embalagem da quentinha, entendeu?

Entendi, não, que eu sou contra as drogas. Minha vó sempre falava assim pra mim: drogas, nem vivo.

Cumpadi, a quentinha que você trouxe, era para vir a droga nova pro chefe.

Pra ele experimentar e ver se vale a pena vender esses bagulhos aí.

Ele é maluco, então, que ele fica falando toda hora "cadê meu strogonoff de frango?"

- Pedindo strogonoff de frango. - Ô seu idiota...

- Idiota é sua tia, Maria. - Strogonoff de frango é um código pra droga.

Strogonoff de frango é bonzão, o código pra droga tinha que ser arroz com fígado.

Arroz com fígado é uma droga. Eu comi fígado uma vez que meu tio botou no churrasco...

Proveta, pega esse maluco aí joga ele no lixo, vai.

Faz isso, não. Faz isso, não.

Eu consigo, eu consigo o strogonoff de frango. - Meu irmão, olha só...

Eu vou te dar 15 minutos pra você trocar essa porra dessa quentinha aqui.

E tu não vai fugir, não.

Se você fugir, a gente vai matar o Agnaldo e você vai ficar sem a porra do teu emprego.

Tá bom. Pode me dar então duas horas e 37 minutos?

Por quê?

Porque eu seu pra quem eu entreguei o strogonoff de frango.

- Bora, bora, bora, rapaz. - Já vou, já vou peraí, pô.

A minha camisa tá amassando... Aí, caiu tudo aqui.

Aí, maluco...

- Teu nome? - Quê?

Teu nome?

É o quê?

Não entendi.

- Xuxa Meneghel. - Tira esse otário daqui.

- Vambora, vambora! - Já vou, já vou!

- Bora, irmão, porra! - Caramba.

Tá, já vou já, não precisa empurrar, não, cara.

- Mal educado. - Demora, não, hein.

Tá, já ouvi, já, fica me enchendo o saco, parece operador de telemarketing.

Saudade do gordinho, isso sim.