O BRASIL QUE EU QUERO | EMBRULHA PRA VIAGEM
Bom, e pra encerrar esse bloco,
vamos ver a opinião de mais alguns brasileiros
na nossa campanha "O Brasil que Eu Quero".
Solta aí.
Meu nome é Sebastião Rodrigues.
Eu sou pescador aqui do Pantanal.
E o Brasil que eu quero pra mim
é um Brasil mais igualitário pra todo mundo, né?
Porque eu posso ter mais condições pra pegar mais peixe,
ganhar mais dinheiro pra comprar esse barco aqui,
que é do meu patrão,
e explorar bastante funcionário,
que eu me torne patrão e consiga explorar muita gente mesmo
pra eu realizar meu grande sonho
que é sustentar duas amantes mais a minha mulher, igual meu patrão.
É esse o Brasil que eu quero pra mim.
Um Brasil mais igualitário.
Oi, gente. Aqui é a Helena, eu falo de Belo Horizonte.
O Brasil que eu quero é um Brasil mais tolerante.
Que as pessoas tenham um pouco mais de tolerância
quando a gente fura uma fila,
quando a gente ultrapassa o sinal vermelho,
ou então quando a gente dá uma caixinha pro guarda
pra ele não multar a gente.
Esse é o Brasil que eu quero.
Opa! Meu nome é Enzo Martinelli, eu sou empresário de São Paulo.
O Brasil que eu quero pro futuro é um país sem pobreza,
sem miséria, chega de mendigo.
Até porque o mendigo fede muito, é muito maltrapilho, né?
Assim, se eles não puderem ser eliminados,
que eles seja realocados pra um espaço mais deles,
mais isolados,
deixando as grandes cidades mais limpas e bonitas.
Aí, beleza, brother?
Aí, meu nome é Bernardo, falo aqui da Cidade Maravilhosa.
E, pô, o Brasil que eu quero, brother, é com Alisson no gol, sacou?
Daniel Alves, Miranda, eu também voltaria com David Luiz.
Sacou? Porque eu acho mó injustiça...
Quê, brother?
Como assim não é isso, brother?
O Brasil que eu quero é esse. Vou falar o quê, brother?
Ah, não é de futebol?
Pô, então caguei, brother.
Oi, gente. Meu nome é Guilherme Curalino,
sou cirurgião-dentista em Pato Branco, no Paraná.
E o Brasil que eu quero no futuro
é um Brasil com menos criança passando fome,
menos criança trabalhando,
menos criança na rua,
na piscina do meu prédio, jogando água pra cima,
na praça de alimentação derramando refrigerante em tudo,
menos criança na minha família enchendo o saco na ceia de Natal.
Podia ter só cachorro mesmo.
Eu sou Adriana Souza, de Vitória.
E o Brasil que eu quero pro futuro
é um Brasil com menos divergências de opiniões.
Menos ódio na internet, um país menos dividido.
Eu quero um Brasil unificado,
com todo mundo olhando pro mesmo lugar.
E se mesmo assim algum mala quiser pensar diferente,
eu quero que ele vá pra puta que pariu
e não me enche o saco, porra!
Bom dia, gente. Meu nome é João Vitor,
tô aqui direto da Suíça.
E o Brasil que eu quero é esse.
Bem distante.