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Falta de ágio comprometeu resultado de leilão de Libra

Wellton Máximo

Repórter da Agência Brasil

Brasília – A falta de ágio comprometeu o resultado do primeiro leilão do petróleo da camada pré-sal, avalia o especialista em combustíveis e diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires. Para ele, a opção pelo modelo de partilha e a exigência de um alto valor para o bônus de assinatura afastaram os concorrentes e impediu o governo de arrecadar mais com o leilão da área de Libra, na Bacia de Santos.

“Quem leiloa algo valioso deseja obter ágio. Por essa ótica, não dá para dizer que um leilão com apenas um [consórcio] interessado e sem disputa de ofertas tenha sido um sucesso”, diz o especialista. Para Pires, a opção pelo modelo de partilha e o valor de R$ 15 bilhões para o bônus de assinatura, considerado alto pelo setor, afastaram os demais concorrentes.

Segundo o diretor do centro, o modelo de partilha espantou as empresas privadas por causa do intervencionismo. “Nesse regime, a Petrobras entra com pelo menos 30% do consórcio e tem o monopólio das operações. Sem contar que o governo criou uma estatal que não colocará dinheiro nos projetos, mas terá poder de veto. Essas condições criaram desconfiança entre as empresas privadas, o que se refletiu justamente na falta de ágio do leilão”, argumenta.

Apesar do ágio zero, o especialista considera positivo o fato de duas empresas privadas, a anglo-holandesa Shell e a francesa Total, terem entrado no consórcio vencedor. “A presença de investidores privados dilui os riscos e dá boa roupagem aos consórcios. A Shell poderá ajudar com a tecnologia de extração de petróleo em grandes profundidades”, avalia.

Mesmo acreditando que o governo poderia ter arrecadado mais se diminuísse o bônus de assinatura e revisasse o modelo de partilha, Pires diz que a 1ª Rodada de Licitações do Pré-Sal trouxe efeitos positivos sobre a economia. “Independentemente de como ocorreu, o leilão foi bom porque permitirá os investimentos necessários para o pré-sal. Vamos torcer para que o país consiga transformar parte desse petróleo em riqueza e ajudar a sociedade brasileira”, conclui.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou que o governo ficou satisfeito com o resultado do leilão. Segundo ele, o grupo de empresas vencedor do leilão é “equilibrado” e tem capital para fazer a exploração do campo.

Edição: Carolina Pimentel

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Falta de ágio comprometeu resultado de leilão de Libra ||premium||result||||Libra

Wellton Máximo

Repórter da Agência Brasil

Brasília – A falta de ágio comprometeu o resultado do primeiro leilão do petróleo da camada pré-sal, avalia o especialista em combustíveis e diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires. ||||||||||||||layer|||||||||||Center||||| Para ele, a opção pelo modelo de partilha e a exigência de um alto valor para o bônus de assinatura afastaram os concorrentes e impediu o governo de arrecadar mais com o leilão da área de Libra, na Bacia de Santos.

“Quem leiloa algo valioso deseja obter ágio. Por essa ótica, não dá para dizer que um leilão com apenas um [consórcio] interessado e sem disputa de ofertas tenha sido um sucesso”, diz o especialista. Para Pires, a opção pelo modelo de partilha e o valor de R$ 15 bilhões para o bônus de assinatura, considerado alto pelo setor, afastaram os demais concorrentes.

Segundo o diretor do centro, o modelo de partilha espantou as empresas privadas por causa do intervencionismo. |||||||||scared||||||| “Nesse regime, a Petrobras entra com pelo menos 30% do consórcio e tem o monopólio das operações. Sem contar que o governo criou uma estatal que não colocará dinheiro nos projetos, mas terá poder de veto. Essas condições criaram desconfiança entre as empresas privadas, o que se refletiu justamente na falta de ágio do leilão”, argumenta.

Apesar do ágio zero, o especialista considera positivo o fato de duas empresas privadas, a anglo-holandesa Shell e a francesa Total, terem entrado no consórcio vencedor. “A presença de investidores privados dilui os riscos e dá boa roupagem aos consórcios. |||||||||||appearance|| A Shell poderá ajudar com a tecnologia de extração de petróleo em grandes profundidades”, avalia.

Mesmo acreditando que o governo poderia ter arrecadado mais se diminuísse o bônus de assinatura e revisasse o modelo de partilha, Pires diz que a 1ª Rodada de Licitações do Pré-Sal trouxe efeitos positivos sobre a economia. “Independentemente de como ocorreu, o leilão foi bom porque permitirá os investimentos necessários para o pré-sal. Vamos torcer para que o país consiga transformar parte desse petróleo em riqueza e ajudar a sociedade brasileira”, conclui.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou que o governo ficou satisfeito com o resultado do leilão. Segundo ele, o grupo de empresas vencedor do leilão é “equilibrado” e tem capital para fazer a exploração do campo.

Edição: Carolina Pimentel