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BBC News 2020 (Brasil), Por que Jerusalém é chave para o conflito entre israelenses e palestinos

Por que Jerusalém é chave para o conflito entre israelenses e palestinos

De todos os elementos do conflito entre israelenses e palestinos, a cidade de

Jerusalém talvez seja o mais complicado e o mais sensível, por seu simbolismo.

Eu sou Camilla Veras Mota, e neste vídeo vou falar sobre a disputa pela

cidade sagrada.

Este vídeo é o último de uma minissérie sobre o conflito entre Israel

e os palestinos.

Se você não viu os dois anteriores, confira pelo link de descrição do vídeo.

Pois bem, a cidade de Jerusalém é sagrada para judeus, muçulmanos e também

para cristãos.

Pra Israel, é sua capital "eterna e indivisível", e o país reivindicou soberania

sobre toda a cidade depois de tomar a parte oriental em 1967, após a Guerra dos Seis Dias

As Nações Unidas declararam essa anexação nula e sem efeito e, desde

então, ratificaram essa decisão várias vezes.

Por outro lado, Jerusalem é reivindicada pelos Palestinos como capital

de seu futuro estado.

Hoje, os palestinos vivem divididos em dois territórios que não se comunicam, separados

pela ocupacao israelense, a Cisjordania e a Faixa de Gaza.

Tanto a Autoridade Nacional Palestina, que governa parte da Cisjordânia;

como o Hamas, que tem o poder na Faixa Gaza, querem parte de Jerusalém como capital.

Atualmente, a maioria dos Estados membros das Nações Unidas defende que a

questão de Jerusalém deve ser resolvida por meio de negociação.

E, por isso, instalaram suas embaixadas em Israel na cidade de Tel Aviv,

enquanto Ramallah é a capital administrativa dos territórios palestinos.

A decisão de não abrir seus postos diplomáticos de Israel em Jerusalém se dá porque, caso

o fizessem, esses países estariam confirmando o controle

único da cidade pelos israelenses.

Mas vamos entrar em Jerusalém.

Vamos ver como está dividida, para entender por que a cidade é tão relevante para cada

religião.

Na cidade velha fica a Igreja do Santo Sepulcro: ali, para os cristãos, está o Calvário onde

Jesus foi crucificado e também o seu túmulo.

É o lugar mais sagrado do cristianismo.

Mas há também a Mesquita Al-Aqsa e o santuário Domo da Rocha, que é o lugar

de onde, para os muçulmanos, Maomé subiu aos céus.

Este é o terceiro local mais sagrado do Islã, depois de Meca e Medina,

e faz parte da Esplanada das Mesquitas.

Mas sob esta esplanada fica o muro das lamentações, a única parte visível

do que, para os judeus, restou do Segundo Templo, o local mais importante para o judaísmo e o principal

santuário do povo de Israel desde o século 10 antes de Cristo.

Atualmente, a cidade inteira está sob controle israelense.

O plano da ONU de 1947 propunha deixar a cidade santa nas mãos da comunidade

internacional, mas seu status legal nunca foi definido.

E a recente decisão de Trump de mudar a embaixada dos EUA para lá não

facilita o entendimento entre as partes.

O governo de Jair Bolsonaro chegou a ameaçar, mas acabou não abrindo uma embaixada brasileira

em Jerusalém.

Continua em Tel Aviv.

O que está claro é que o status de Jerusalém seria um ponto-chave para um

possível pacto final entre israelenses e palestinos.

A cidade já foi palco de muitos conflitos.

E alguns deles, como vimos nos vídeos anteriores, desencadearam intifadas

- ou seja, revoltas - dos palestinos.

A questão de Jerusalém é um ponto importante no plano de paz recentemente

apresentado pelo presidente dos Estados Unidos e pelo primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu

Os palestinos rejeitaram a proposta, entre outras razões, porque implicava sua

renúncia aos territórios ocupados por Israel — ilegalmente, segundo a maior parte da comunidade

internacional.

Mas, vendo que as relações entre esses povos têm sido extremamente complicadas

desde o início, seria possível chegar a um acordo?

Uma parte importante da comunidade internacional acha que os israelenses devem

apoiar a ideia de um Estado soberano para os palestinos e suspender o bloqueio a Faixa

Gaza, um bloqueio econômico e comercial imposto desde 2007, quando o Hamas ascendeu ao poder

na região, com uma consequente deterioração das condições de vida da população local.

E também que Israel deve remover as ocupações e as restrições de movimentação

na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

Por outro lado, a comunidade internacional também defende que os grupos

palestinos devem renunciar à violência e reconhecer o Estado de Israel.

Mas, no momento, não parece que o conflito entre israelenses e palestinos

esteja perto de se resolver.

Obrigado por assistir a esta série de vídeos.

Queremos saber se você gostou deste formato e se acha que existem outros

tópicos para os quais podemos fazer uma série semelhante.

Deixem suas opiniões nos comentários.

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Por que Jerusalém é chave para o conflito entre israelenses e palestinos Warum Jerusalem der Schlüssel zum Konflikt zwischen Israelis und Palästinensern ist Why Jerusalem is key to the conflict between Israelis and Palestinians Por qué Jerusalén es clave en el conflicto entre israelíes y palestinos エルサレムがイスラエル人とパレスチナ人の対立の鍵を握る理由

De todos os elementos do conflito entre israelenses e palestinos, a cidade de

Jerusalém talvez seja o mais complicado e o mais sensível, por seu simbolismo.

Eu sou Camilla Veras Mota, e neste vídeo vou falar sobre a disputa pela

cidade sagrada.

Este vídeo é o último de uma minissérie sobre o conflito entre Israel

e os palestinos.

Se você não viu os dois anteriores, confira pelo link de descrição do vídeo.

Pois bem, a cidade de Jerusalém é sagrada para judeus, muçulmanos e também

para cristãos.

Pra Israel, é sua capital "eterna e indivisível", e o país reivindicou soberania

sobre toda a cidade depois de tomar a parte oriental em 1967, após a Guerra dos Seis Dias

As Nações Unidas declararam essa anexação nula e sem efeito e, desde

então, ratificaram essa decisão várias vezes.

Por outro lado, Jerusalem é reivindicada pelos Palestinos como capital

de seu futuro estado.

Hoje, os palestinos vivem divididos em dois territórios que não se comunicam, separados

pela ocupacao israelense, a Cisjordania e a Faixa de Gaza.

Tanto a Autoridade Nacional Palestina, que governa parte da Cisjordânia;

como o Hamas, que tem o poder na Faixa Gaza, querem parte de Jerusalém como capital.

Atualmente, a maioria dos Estados membros das Nações Unidas defende que a

questão de Jerusalém deve ser resolvida por meio de negociação.

E, por isso, instalaram suas embaixadas em Israel na cidade de Tel Aviv,

enquanto Ramallah é a capital administrativa dos territórios palestinos.

A decisão de não abrir seus postos diplomáticos de Israel em Jerusalém se dá porque, caso

o fizessem, esses países estariam confirmando o controle

único da cidade pelos israelenses.

Mas vamos entrar em Jerusalém.

Vamos ver como está dividida, para entender por que a cidade é tão relevante para cada

religião.

Na cidade velha fica a Igreja do Santo Sepulcro: ali, para os cristãos, está o Calvário onde

Jesus foi crucificado e também o seu túmulo.

É o lugar mais sagrado do cristianismo.

Mas há também a Mesquita Al-Aqsa e o santuário Domo da Rocha, que é o lugar

de onde, para os muçulmanos, Maomé subiu aos céus.

Este é o terceiro local mais sagrado do Islã, depois de Meca e Medina,

e faz parte da Esplanada das Mesquitas.

Mas sob esta esplanada fica o muro das lamentações, a única parte visível But under this esplanade is the Wailing Wall, the only visible part

do que, para os judeus, restou do Segundo Templo, o local mais importante para o judaísmo e o principal

santuário do povo de Israel desde o século 10 antes de Cristo. sanctuary of the people of Israel since the 10th century BC.

Atualmente, a cidade inteira está sob controle israelense.

O plano da ONU de 1947 propunha deixar a cidade santa nas mãos da comunidade

internacional, mas seu status legal nunca foi definido.

E a recente decisão de Trump de mudar a embaixada dos EUA para lá não

facilita o entendimento entre as partes.

O governo de Jair Bolsonaro chegou a ameaçar, mas acabou não abrindo uma embaixada brasileira

em Jerusalém.

Continua em Tel Aviv.

O que está claro é que o status de Jerusalém seria um ponto-chave para um

possível pacto final entre israelenses e palestinos.

A cidade já foi palco de muitos conflitos.

E alguns deles, como vimos nos vídeos anteriores, desencadearam intifadas

- ou seja, revoltas - dos palestinos.

A questão de Jerusalém é um ponto importante no plano de paz recentemente

apresentado pelo presidente dos Estados Unidos e pelo primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu

Os palestinos rejeitaram a proposta, entre outras razões, porque implicava sua

renúncia aos territórios ocupados por Israel — ilegalmente, segundo a maior parte da comunidade

internacional.

Mas, vendo que as relações entre esses povos têm sido extremamente complicadas

desde o início, seria possível chegar a um acordo?

Uma parte importante da comunidade internacional acha que os israelenses devem

apoiar a ideia de um Estado soberano para os palestinos e suspender o bloqueio a Faixa

Gaza, um bloqueio econômico e comercial imposto desde 2007, quando o Hamas ascendeu ao poder

na região, com uma consequente deterioração das condições de vida da população local.

E também que Israel deve remover as ocupações e as restrições de movimentação

na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

Por outro lado, a comunidade internacional também defende que os grupos

palestinos devem renunciar à violência e reconhecer o Estado de Israel.

Mas, no momento, não parece que o conflito entre israelenses e palestinos

esteja perto de se resolver.

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