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Buenas Ideias, LOTT, THE MARSHALL SCAMMER - EDUARDO BUENO - YouTube (1)

LOTT, THE MARSHALL SCAMMER - EDUARDO BUENO - YouTube (1)

Cara, essa história de falar mal de militar não tá legal, cara. Isso não é bom, cara,

essas perfídias insidiosas, essas pequenas calúnias, essas detrações por Twitter,

em 140 caracteres, isso não é legal, cara. Os militares são a base dessa nação...

uma das bases dessa nação. Não vamos aceitar ataques aos militares de jeito nenhum! Especialmente

a um militar especial, um militar golpista! O militar golpista que nós amamos, o militar

golpista que a democracia brasileira venera e que hoje tá meio esquecido e que deveria

ser resgatado e será resgatado agora, com grandeza épica, aqui, no canal Buenas Ideias,

sempre a serviço da democracia! "Bote, bote, venha ver os golpistas levarem um golpe do

Lott!" Hahaha isso aí, que rimas, que poesia, aaah eu sou encantado pelo teor poético desse

canal, falando sério, ainda bem que ele é meu mesmo, tanto o canal como o teor poético.

Marechal Henrique Teixeira Lott. Sabe quem é? Deveria saber a lot, a whole lot a lotta.

Hahaha horrível né, essa foi péssima, talvez eu até corte.. não, não vou cortar. Henrique

Teixeira Lott. Cara, ele foi um cara fundamental na história do Brasil. Ele é o cara que

comprova que, na verdade, fundamentalmente, o Exército Brasileiro é legalista, como

várias vezes eu já falei ao longo desse programa. A tradição do Exército Brasileiro

não é golpista, não é golpista. Todas as vezes que os militares deram o golpe na

história do Brasil, e foram várias, três ou quatro, não é, foram, o fizeram incentivados

pela sociedade civil brasileira, pelas chamadas "vivandeiras de quartel" que foram lá incentivar

os caras a saírem da caserna e derrubarem regimes constitucionais, né. E sempre houve

uma ala legalista no Exército Brasileiro que disse "nã nã nã nã nã nã nã", mas

sempre houve uma ala golpista, sórdida e golpista do Exército Brasileiro que daí,

atendendo aos pedidos e aí se vinculando com essa ala legalista, saíram da caserna

e derrubaram os governos. Mas houve uma vez, cara, houve uma vez que o líder do Exército

Brasileiro, o então Ministro da Guerra... eu AMO esse nome, Ministro da Guerra, pena

que não volta, né, porque hoje chama Ministro das Forças Armadas, Ministro da Defesa, né...

Ministro da guerra! O ministro da guerra do governo Dutra e na na na continuidade, também

ministro da guerra do governo Café Filho, saiu às ruas e impediu um golpe da Direita,

cara. Pra tu entender essa história, a gente tem que retroceder às incríveis eleições

de 1955. Em 1954, cê sabe, já viu aqui... Não precisava ter visto aqui, todo mundo

sabe, o Getúlio Vargas saiu da vida para entrar na história desferindo aquele espetacular

tiro no seu coração que atingiu a cabeça dos golpistas que já queriam derrubá-lo,

que já achavam que o VARGAS era de ESQUERDA, que queria criar uma república sindicalista

no Brasil, que tinha seu ministro do trabalho que era o Jango, que era um Comunista e bababá

bababaá bababá VAI PRA CUBA, vai pra Venezuela, ESSES MAAAAAAALA QUE CONTINUAM AÍ! Que continuam

aí enchendo o saco e retardando o país porque são mesmo um bando de retardado, né, embora

no outro lado também saibamos haja retardados. Mas o fato é que, quando se matou, o Jango...

Pá, suspendeu... O o o Vargas! E meio que impediu aquele golpe. Mas deixou turbulentas

as eleições pra 1955. Aí, em novembro de 54, o governador, o brilhante governador de

Minas Gerais, Juscelino Kubitschek, do Partido Social Democrático, lançou a sua candidatura

à presidência do Brasil. E já lançou assim, tinha... neguinho percebeu que tinha chance...

Um dia, claro, como diz minha filha aqui, "teremos um episódio sobre JK!" Talvez tenhamos

dois episódios sobre o JK! TALVEZ TRÊEES episódios sobre o JK... não, três já é

demais, já é muito pra tua bolinha, né JK? Mas os dois episódios sobre o JK com

certeza teremos... com certeza teremos dois! E aí o JK, o que viria a ser o presidente

sorriso, um cara jovial, um cara legal, que inclusive eu conheci pessoalmente, pena que

a foto era uma polaroid, era meu pai, minha mãe, ele e eu... Mas a foto esmaeceu como

soia acontecer com polaroid, não é, ô Nando Chagas? É, né, acontece isso... Não era

pra falar, era só pra fazer "sim" com a cabeça. Bom, e aí, o que que aconteceu? O JK se lançou

candidato à presidência. E aí cara, em abril de 55, o João Goulart, o Jango, virou

o vice dele. E aí se formou, de novo, a dobradinha PSD - PTB que, a UDN, que era o partido da

Direita, que continua sempre por aí, chamou de "coligação maldita", porque foi essa

a coligação, do PSD (Partido Social Democrático) com o PTB (Partido Trabalhista Brasileiro),

partido do Vargas, que tinha eleito o Dutra, o marechal Dutra, lá quando o o o em 46,

quando tiraram o Vargas. Mas tá, já tá ficando confuso mas azar. O que interessa

é que essa dobradinha, PSD e PTB não era bem vista pela Direita, até porque ela era

imbatível, não é. Mas mesmo assim foi um pleito bem movimentado, foi um pleito bem

movimentado porque o Juarez Távora, o antigo tenente, mereceria um episódio também, um

antigo cara lá do tenentismo, ligado à Revolução de 30, blablá blablablá, vai te informar,

qualquer dia talvez eu fale, resolveu concorrer também. O Ademar de Barros, aquele "roubo

mas faço", há, que maravilha né, que tinha sido governador de São Paulo e que seria

presidente do Brasil em 55, se o Vargas não tivesse se suicidado, porque o Vargas fez

um acordo ali e a próxima eleição seria do Ademar de Barros, roubo mas faço, né,

o pré Maluf, também concorreu... E o PLÍNIO SALGADO, o Plínio Salgado, aquele integralista

que tinha tentado invadir o Palácio da Guanabara em 1936, fascista, proto fascista brasileira,

essa gente taí, uma vez eu falei do cara e ainda teve gente que veio defender, porque

a gente tá lentamente varrendo, varrendo as pessoas do canal Buenas Ideias porque só

queremos gente aqui... neutra! Neutra, isenta que nem nós, entendeu, que paire acima do

caos e da lama. Então não queremos gente que gosta DO PLÍNIO SALGADO aqui no nosso

canal. Bom, esses caras todos concorreram, né, e no dia 3 de outubro de 1955 foi anunciada

a vitória do JK, cujo vice era o Jango. Só que ele ganhou com 36% dos votos, cara, que

eram 3 milhões e 77 mil votos, tá. E em segundo lugar ficou o Juarez Távora, com

2 milhões 610 mil votos. Então, na verdade, o JK só fez 36% dos votos, contra 30% do

segundo colocado, Juarez Távora, e 26% do Ademar de Barros. E aí, o que que aconteceu?

Como ele não fez a metade dos votos a UDN, supostamente o partido de terno e gravata,

né, a Direita de terno e gravata, se viu... sempre se disse legalista e sempre conspirou

nas sombras, disse "não não não não não não não, as regras não podem ser assim,

pra você ser presidente do Brasil tem que ter a metade, mais um, dos votos, metade +

1, e o JK não fez metade mais um!". E se iniciou um burburinho, uma conspiração,

que era claro, porque na verdade os caras não tinham nada muito contra o JK, eles tinham

mesmo contra era o Jango, tanto é que o governador do Rio Grande do Sul, Ildo Meneghetti, aquele

que sempre torceu pro time errado, aquele que sempre esteve do lado errado, o governador

golpista Ildo Meneghetti disse "não temos nada contra o JK, o nosso problema é com

esse Jango, que quer criar no Brasil uma república sindicalista", o que não era verdade, embora

ele fosse de centro-esquerda, quisesse um pouco mais de justiça social, tivesse aumentado

o salário mínimo, bla bla bla bla blá, vai lá ver o episódio do Jango, não enche

meu saco, já tem episódio. Se iniciou a conspiração. E aí, no dia 1o de novembro

de 1955, morreu um militar. Eles morrem de vez em quando hehehe. Morreu o presidente

do clube militar. E no enterro do cara, no Clube Militar aqui no Rio de Janeiro, o tal

general aaaaaahaha o cara não era general, o coronel ahaha, o coronel ahahah olha o nome

do coronel, BIZARRIA MAMEDE, ele se chamava BIZARRIA MAMEDE, it's not my fucking fault!

It's his fault, or his father's fault! His mother's fault! Bizarria Mamede, ele se chamava.

E aí no enterro ali do militar morto, sabe o que que ele disse? "A mentira democrática

não vai perseverar! A vitória da minoria não terá o respaldo das Forças Armadas

Brasileiras, a pseudo moralidade ilegal e corrompida não vai tomar o poder desse país!!".

É um bizarro esse Bizarria, né cara. Falou isso, falou isso. Aí cara, entra em cena...

Agora que vai começar o episódio, cara. Agora que vai começar o episódio. Entra

em cena o marechal Henrique Teixeira Lott, né, que era general ainda, só virou marechal

depois coisa e tal. Bom, cara, esse episódio não é sobre ele, talvez algum dia eu faça

um episódio sobre ele. Esse episódio é sobre o golpe legalista e preventivo que o

Lott seria obrigado a dar. Porque o Lott era Ministro da Guerra, não é, e resolveu punir

esse coronel. Punir com umas bordoadas. Punir, não sei qual era a punição, não estudei

aqui, não interessa. Mas ia punir o cara. Mas ele não podia punir o cara! Sabe por

que ele não podia punir o cara? Porque mesmo ele sendo superior a ele hierarquicamente,

inclusive né, em patente, barará, ele não era um capitão reformado, ele era um general...

E o outro também não era um capitão, nem um alferes, o outro era um coronel, mas ele

era diretor da Escola Superior de Guerra, a ESG, que pra chegar lá tem que ser oficial,

não é qualquer capitão que chega na Escola Superior de Guerra, na chefia da Escola Superior

de Guerra. Não podia. Só podia ser punido diretamente pelo presidente. Quem era o presidente!?

Era o Café Filho. O vegetal ou o animal? Não heheh essa piada é do JK, né, era o

Café Filho, o animal. E aí o Café Filho teve um ataque cardíaco no dia 5 de novembro

de 1955, né, e aí cara, oooo... segundo o JK, ele nem teve esse ataque cardíaco.

Ele fingiu ter tido um ataque cardíaco, não é. Ele era o vice em exercício, ele era

o vice em exercício, porque né, tinha se matado o Vargas, tinha assumido o Café Filho...

Algum dia vou fazer um episódio sobre esse Café Filho só pra te elucidar, embora ele

não mereça um episódio, mas eu vou fazer pra tu saber em que país que tu te mete.

O Café Filho tava ali... Lembre-se, no dia 1o de novembro de 55 o tal bizarro Bizarria

deu essa declaração, né, bombástica. No dia 5, quando o presidente deveria puni-lo,

o cara, porque o Ministro da Guerra mandou, o presidente teve um ataque cardíaco, ou

fingiu ter tido, foi afastado do poder. Então quem é que assumiu? Ele era o vice em exercício.

Assumiu o presidente da Câmara, o Sérgio... Não, o presidente da Câmara era o Carlos

Luz! Um homem obscuro, um homem sem luz própria alguma, que depois estaria vinculado a 1964.

Era o presidente da Câmara, assumiu e decidiu o que? Que não ia punir o coronel, não ia

punir o coronel! E aí o que que aconteceu? No dia 11 de novembro, no dia 11 de novembro,

no dia 11, guarde essa data na sua memória, 11 de novembro de 1955 o general Lott se demitiu

do Ministério da Guerra, botou os tanques na rua, disse que o Exército ia ser a espada

neutra nesse processo de transição pra posse do JK, em 56, e disse "quero ver quem é que

vai dar golpe aqui, não vai ter golpe". Não vai ter golpe, não vai ter golpe, não vai

ter golpe! Foi o que disse na Avenida Paulista, não... Foi o que disse marechal Lott, não

é. Aí, no dia 21 de novembro o Café Filho disse "me recuperei" e os caras disseram "nananão"...


LOTT, THE MARSHALL SCAMMER - EDUARDO BUENO - YouTube (1)

Cara, essa história de falar mal de militar não tá legal, cara. Isso não é bom, cara,

essas perfídias insidiosas, essas pequenas calúnias, essas detrações por Twitter,

em 140 caracteres, isso não é legal, cara. Os militares são a base dessa nação...

uma das bases dessa nação. Não vamos aceitar ataques aos militares de jeito nenhum! Especialmente

a um militar especial, um militar golpista! O militar golpista que nós amamos, o militar

golpista que a democracia brasileira venera e que hoje tá meio esquecido e que deveria

ser resgatado e será resgatado agora, com grandeza épica, aqui, no canal Buenas Ideias,

sempre a serviço da democracia! "Bote, bote, venha ver os golpistas levarem um golpe do

Lott!" Hahaha isso aí, que rimas, que poesia, aaah eu sou encantado pelo teor poético desse

canal, falando sério, ainda bem que ele é meu mesmo, tanto o canal como o teor poético.

Marechal Henrique Teixeira Lott. Sabe quem é? Deveria saber a lot, a whole lot a lotta.

Hahaha horrível né, essa foi péssima, talvez eu até corte.. não, não vou cortar. Henrique

Teixeira Lott. Cara, ele foi um cara fundamental na história do Brasil. Ele é o cara que

comprova que, na verdade, fundamentalmente, o Exército Brasileiro é legalista, como

várias vezes eu já falei ao longo desse programa. A tradição do Exército Brasileiro

não é golpista, não é golpista. Todas as vezes que os militares deram o golpe na

história do Brasil, e foram várias, três ou quatro, não é, foram, o fizeram incentivados

pela sociedade civil brasileira, pelas chamadas "vivandeiras de quartel" que foram lá incentivar

os caras a saírem da caserna e derrubarem regimes constitucionais, né. E sempre houve

uma ala legalista no Exército Brasileiro que disse "nã nã nã nã nã nã nã", mas

sempre houve uma ala golpista, sórdida e golpista do Exército Brasileiro que daí,

atendendo aos pedidos e aí se vinculando com essa ala legalista, saíram da caserna

e derrubaram os governos. Mas houve uma vez, cara, houve uma vez que o líder do Exército

Brasileiro, o então Ministro da Guerra... eu AMO esse nome, Ministro da Guerra, pena

que não volta, né, porque hoje chama Ministro das Forças Armadas, Ministro da Defesa, né...

Ministro da guerra! O ministro da guerra do governo Dutra e na na na continuidade, também

ministro da guerra do governo Café Filho, saiu às ruas e impediu um golpe da Direita,

cara. Pra tu entender essa história, a gente tem que retroceder às incríveis eleições

de 1955. Em 1954, cê sabe, já viu aqui... Não precisava ter visto aqui, todo mundo

sabe, o Getúlio Vargas saiu da vida para entrar na história desferindo aquele espetacular

tiro no seu coração que atingiu a cabeça dos golpistas que já queriam derrubá-lo,

que já achavam que o VARGAS era de ESQUERDA, que queria criar uma república sindicalista

no Brasil, que tinha seu ministro do trabalho que era o Jango, que era um Comunista e bababá

bababaá bababá VAI PRA CUBA, vai pra Venezuela, ESSES MAAAAAAALA QUE CONTINUAM AÍ! Que continuam

aí enchendo o saco e retardando o país porque são mesmo um bando de retardado, né, embora

no outro lado também saibamos haja retardados. Mas o fato é que, quando se matou, o Jango...

Pá, suspendeu... O o o Vargas! E meio que impediu aquele golpe. Mas deixou turbulentas

as eleições pra 1955. Aí, em novembro de 54, o governador, o brilhante governador de

Minas Gerais, Juscelino Kubitschek, do Partido Social Democrático, lançou a sua candidatura

à presidência do Brasil. E já lançou assim, tinha... neguinho percebeu que tinha chance...

Um dia, claro, como diz minha filha aqui, "teremos um episódio sobre JK!" Talvez tenhamos

dois episódios sobre o JK! TALVEZ TRÊEES episódios sobre o JK... não, três já é

demais, já é muito pra tua bolinha, né JK? Mas os dois episódios sobre o JK com

certeza teremos... com certeza teremos dois! E aí o JK, o que viria a ser o presidente

sorriso, um cara jovial, um cara legal, que inclusive eu conheci pessoalmente, pena que

a foto era uma polaroid, era meu pai, minha mãe, ele e eu... Mas a foto esmaeceu como

soia acontecer com polaroid, não é, ô Nando Chagas? É, né, acontece isso... Não era

pra falar, era só pra fazer "sim" com a cabeça. Bom, e aí, o que que aconteceu? O JK se lançou

candidato à presidência. E aí cara, em abril de 55, o João Goulart, o Jango, virou

o vice dele. E aí se formou, de novo, a dobradinha PSD - PTB que, a UDN, que era o partido da

Direita, que continua sempre por aí, chamou de "coligação maldita", porque foi essa

a coligação, do PSD (Partido Social Democrático) com o PTB (Partido Trabalhista Brasileiro),

partido do Vargas, que tinha eleito o Dutra, o marechal Dutra, lá quando o o o em 46,

quando tiraram o Vargas. Mas tá, já tá ficando confuso mas azar. O que interessa

é que essa dobradinha, PSD e PTB não era bem vista pela Direita, até porque ela era

imbatível, não é. Mas mesmo assim foi um pleito bem movimentado, foi um pleito bem

movimentado porque o Juarez Távora, o antigo tenente, mereceria um episódio também, um

antigo cara lá do tenentismo, ligado à Revolução de 30, blablá blablablá, vai te informar,

qualquer dia talvez eu fale, resolveu concorrer também. O Ademar de Barros, aquele "roubo

mas faço", há, que maravilha né, que tinha sido governador de São Paulo e que seria

presidente do Brasil em 55, se o Vargas não tivesse se suicidado, porque o Vargas fez

um acordo ali e a próxima eleição seria do Ademar de Barros, roubo mas faço, né,

o pré Maluf, também concorreu... E o PLÍNIO SALGADO, o Plínio Salgado, aquele integralista

que tinha tentado invadir o Palácio da Guanabara em 1936, fascista, proto fascista brasileira,

essa gente taí, uma vez eu falei do cara e ainda teve gente que veio defender, porque

a gente tá lentamente varrendo, varrendo as pessoas do canal Buenas Ideias porque só

queremos gente aqui... neutra! Neutra, isenta que nem nós, entendeu, que paire acima do

caos e da lama. Então não queremos gente que gosta DO PLÍNIO SALGADO aqui no nosso

canal. Bom, esses caras todos concorreram, né, e no dia 3 de outubro de 1955 foi anunciada

a vitória do JK, cujo vice era o Jango. Só que ele ganhou com 36% dos votos, cara, que

eram 3 milhões e 77 mil votos, tá. E em segundo lugar ficou o Juarez Távora, com

2 milhões 610 mil votos. Então, na verdade, o JK só fez 36% dos votos, contra 30% do

segundo colocado, Juarez Távora, e 26% do Ademar de Barros. E aí, o que que aconteceu?

Como ele não fez a metade dos votos a UDN, supostamente o partido de terno e gravata,

né, a Direita de terno e gravata, se viu... sempre se disse legalista e sempre conspirou

nas sombras, disse "não não não não não não não, as regras não podem ser assim,

pra você ser presidente do Brasil tem que ter a metade, mais um, dos votos, metade +

1, e o JK não fez metade mais um!". E se iniciou um burburinho, uma conspiração,

que era claro, porque na verdade os caras não tinham nada muito contra o JK, eles tinham

mesmo contra era o Jango, tanto é que o governador do Rio Grande do Sul, Ildo Meneghetti, aquele

que sempre torceu pro time errado, aquele que sempre esteve do lado errado, o governador

golpista Ildo Meneghetti disse "não temos nada contra o JK, o nosso problema é com

esse Jango, que quer criar no Brasil uma república sindicalista", o que não era verdade, embora

ele fosse de centro-esquerda, quisesse um pouco mais de justiça social, tivesse aumentado

o salário mínimo, bla bla bla bla blá, vai lá ver o episódio do Jango, não enche

meu saco, já tem episódio. Se iniciou a conspiração. E aí, no dia 1o de novembro

de 1955, morreu um militar. Eles morrem de vez em quando hehehe. Morreu o presidente

do clube militar. E no enterro do cara, no Clube Militar aqui no Rio de Janeiro, o tal

general aaaaaahaha o cara não era general, o coronel ahaha, o coronel ahahah olha o nome

do coronel, BIZARRIA MAMEDE, ele se chamava BIZARRIA MAMEDE, it's not my fucking fault!

It's his fault, or his father's fault! His mother's fault! Bizarria Mamede, ele se chamava.

E aí no enterro ali do militar morto, sabe o que que ele disse? "A mentira democrática

não vai perseverar! A vitória da minoria não terá o respaldo das Forças Armadas

Brasileiras, a pseudo moralidade ilegal e corrompida não vai tomar o poder desse país!!".

É um bizarro esse Bizarria, né cara. Falou isso, falou isso. Aí cara, entra em cena...

Agora que vai começar o episódio, cara. Agora que vai começar o episódio. Entra

em cena o marechal Henrique Teixeira Lott, né, que era general ainda, só virou marechal

depois coisa e tal. Bom, cara, esse episódio não é sobre ele, talvez algum dia eu faça

um episódio sobre ele. Esse episódio é sobre o golpe legalista e preventivo que o

Lott seria obrigado a dar. Porque o Lott era Ministro da Guerra, não é, e resolveu punir

esse coronel. Punir com umas bordoadas. Punir, não sei qual era a punição, não estudei

aqui, não interessa. Mas ia punir o cara. Mas ele não podia punir o cara! Sabe por

que ele não podia punir o cara? Porque mesmo ele sendo superior a ele hierarquicamente,

inclusive né, em patente, barará, ele não era um capitão reformado, ele era um general...

E o outro também não era um capitão, nem um alferes, o outro era um coronel, mas ele

era diretor da Escola Superior de Guerra, a ESG, que pra chegar lá tem que ser oficial,

não é qualquer capitão que chega na Escola Superior de Guerra, na chefia da Escola Superior

de Guerra. Não podia. Só podia ser punido diretamente pelo presidente. Quem era o presidente!?

Era o Café Filho. O vegetal ou o animal? Não heheh essa piada é do JK, né, era o

Café Filho, o animal. E aí o Café Filho teve um ataque cardíaco no dia 5 de novembro

de 1955, né, e aí cara, oooo... segundo o JK, ele nem teve esse ataque cardíaco.

Ele fingiu ter tido um ataque cardíaco, não é. Ele era o vice em exercício, ele era

o vice em exercício, porque né, tinha se matado o Vargas, tinha assumido o Café Filho...

Algum dia vou fazer um episódio sobre esse Café Filho só pra te elucidar, embora ele

não mereça um episódio, mas eu vou fazer pra tu saber em que país que tu te mete.

O Café Filho tava ali... Lembre-se, no dia 1o de novembro de 55 o tal bizarro Bizarria

deu essa declaração, né, bombástica. No dia 5, quando o presidente deveria puni-lo,

o cara, porque o Ministro da Guerra mandou, o presidente teve um ataque cardíaco, ou

fingiu ter tido, foi afastado do poder. Então quem é que assumiu? Ele era o vice em exercício.

Assumiu o presidente da Câmara, o Sérgio... Não, o presidente da Câmara era o Carlos

Luz! Um homem obscuro, um homem sem luz própria alguma, que depois estaria vinculado a 1964.

Era o presidente da Câmara, assumiu e decidiu o que? Que não ia punir o coronel, não ia

punir o coronel! E aí o que que aconteceu? No dia 11 de novembro, no dia 11 de novembro,

no dia 11, guarde essa data na sua memória, 11 de novembro de 1955 o general Lott se demitiu

do Ministério da Guerra, botou os tanques na rua, disse que o Exército ia ser a espada

neutra nesse processo de transição pra posse do JK, em 56, e disse "quero ver quem é que

vai dar golpe aqui, não vai ter golpe". Não vai ter golpe, não vai ter golpe, não vai

ter golpe! Foi o que disse na Avenida Paulista, não... Foi o que disse marechal Lott, não

é. Aí, no dia 21 de novembro o Café Filho disse "me recuperei" e os caras disseram "nananão"...