ESTEREÓTIPOS x REALIDADE do Brasil | REACT VIDEO
Oi pessoas, Elzinga aqui. Um tempo atrás um pessoal veio me pedir pra
reagir a um vídeo do canal da Ask Jackie, que é uma gringa lá de fora do Brasil, que fala sobre os
estereótipos vs a realidade do Brasil, junto com o Gavin, que vocês já devem ter visto ele por aí,
porque o cara faz uns vídeos em inglês, e tal. Sem mais delongas, vamos ao vídeo, vamos ver o que
eles estão falando, pra ver se isso realmente é
verdade. Bora lá?
Hi guys! What's up!
Oi gente, eu sou Jackie do canal Ask Jackie, estou aqui com o Gavin do Small Advantages.
Vocês, com certeza, já conhecem o Gavin. Talvez!
Certeza! E... a gente vai falar sobre...
Esse é o cara que vive aparecendo em anúncios do
YouTube. O cara é engraçado. ... estereótipos, né?
Estereótipos. Eu queria falar estereotipos,
mas acho que é estereótipos. Ah, no inglês é stereotypes.
É stereotypes. O que a gente achava do Brasil antes de ir
pro Brasil e depois quando descobri. É isso? Sim.
Ok. O que a gente estava esperando
e o que a gente desco... Eu acho engraçado as pessoas que não
são do Brasil, elas têm bastante dificuldade em pronunciar as vogais mais anasaladas,
tipo esperando, reprodução. É tão simples isso!
Mas eles têm dificuldade, assim como a gente tem dificuldade de falar inglês,
ou qualquer outro idioma. ... e realmente viu a realidade.
A realidade! Estereótipos x Realidade no Brasil.
Certo. Ok, já sei o primeiro estereótipo.
Eu fui pro "copo" do mundo em 2014. Antes disso eu decidi aprender português, e quando eu estava
visualizando como seria a minha estadia... em Salvador foi a minha primeira cidade... eu
estava imaginando tipo uma praia, com crianças jogando futebol, casas com palha, com teto de
palha. Talvez folha de palmeira com o teto na casa, e não foi nada do tipo.
Mas isso é engraçado porque até eu a primeira vez... na
verdade... eu nunca fui pra Salvador. Mas até um tempo atrás, antes de pesquisar
sobre esse lugar aí, eu também imaginava... a gente tem aquela ideia do que é a cidade e tal.
Daí quando tu vai descobrindo os lugares percebe que é completamente diferente.
Talvez porque foi Salvador, né?! Mas se foi muito mais urbanizado assim. Eu não
sei porque eu estava imaginando isso tanto. Eu não sei. Às vezes a gente vê imagens nas
notícias ou guias de viagens que só mostram as selvas, as praias, e a gente acha que o Brasil
inteiro é assim, e quando a gente chega lá e... Eu fico pensando, porque a gente vê os filmes
americanos, que é o que a maioria das pessoas do mundo inteiro assistem, e toda vez que eles falam
sobre o Brasil, é sempre alguns estereótipos. É a mulher de biquíni no Rio de Janeiro,
são as florestas, e basicamente é isso. Esses filmes, dificilmente, olha, não sei
se eu já vi... tirando Sinais, aquele filme que o ET aparece na cidade gaúcha de Passo Fundo,
inclusive as crianças estão falando em inglês e espanhol... mas o resto das pessoas não sabe
o que acontece no Brasil. Então é muito fácil se criar estereótipos lá fora do que
realmente é que acontece nesse país. ... vê essas cidades muito grandes.
É! Muito desenvolvidas, né! Eu diria que muitos gringos,
às vezes, acham da "Amazon", "jungle" e tal. Eu era desses e foi uma experiência muito agradável
descobrir a verdade. Mas eu teria gostado muito de casa com palha no teto também.
Sim, eu acho que imagi... Os caras acham
que aqui é a Tailândia. Quer dizer... Ahhh eu tô sendo preconceituoso. Eu acho
que a Tailândia é todo mundo... mora em... ahh! Esquece! Eu tô fazendo exatamente... a
gente não tem ideia de como as coisas são lá fora, e eles não têm ideia de como as coisas
são aqui e isso é muito engraçado, porque a gente vive num grande estereótipo. Dos
Estados Unidos ser de um jeito, da Tailândia, do Brasil, do Canadá ser de um jeito. Sei lá,
e a gente vai de acordo com o que a gente vê na televisão, seja no cinema ou no noticiário, né!
... imagino isso mais no "Philippines", Bali, Indonésia, talvez, mas eu não sei
também, não conheço. Posso saber de nada!.
A gente poderia fazer mais um vídeo estereótipos daquela região.
E que mais? Que mais!
Eu imaginava que todo mundo estaria bebendo água de coco, diretamente do coco.
Água de coco é ruim! Desculpa gente, não gosto
de água de coco. Se água de coco fosse bom eles não venderiam tão barato lá no nordeste, não é?!
Mas eu não gosto de água de coco. Pronto, falei! Mas, sim, eu também imagino que quando tu vai
pro nordeste imagina todo mundo tomando água de coco, menos as pessoas que moram lá. Acho que
já estão tão enjoadas disso que é só turista quando vai pra lá que "eu quero fazer isso
que eu vi na televisão!". ... diretamente do coco,
né! Essa é outra coisa talvez. Imagem romântica do Brasil...
cheguei no Brasil e, na verdade, era mais do que eu estava pensando. Acho que realmente todo mundo
com canudinho. Só que eu estava imaginando, acho que estava imaginando, coco marrom.
Ahh, ok! Porque foi uma surpresa...
Não sei se eles vão falar sobre isso, mas na minha última viagem pro nordeste eu descobri:
minha mãe sempre dizia "Diogo, existem 2 cocos, existe o coco marrom e existe o coco verde. O coco
marrom a gente usa pra fazer coco ralado, pra usar nas receitas, e o coco verde é outra espécie".
Aí eu cheguei pra um cara que vende coco e perguntei "é real?". Ele falou "não,
o coco marrom é um coco verde que secou". O coco verde ele é verde.
Ele não tá pronto ainda pra ser consumido, mas daí a gente toma a aguinha de dentro dele. Eu
achei que eram 2 cocos, e é 1 coco! ... para mim, quando eu recebi meu
primeiro coco verde, então, é um pouco diferente. No Hawaii é menor e marrom, meio peludo, não sei.
É exatamente, mas no Brasil é de um estilo diferente.
E que mais? Eu já tinha ouvido falar,
quando eu comecei aprender o português, que não tem muita gente no Brasil que fala o
português (???). Acho que naquela época, em 2014, a estatística acho que foi de 7% da população
conseguia ter uma conversa completa em inglês. Quando cheguei no Brasil, fui pra Salvador, depois
pra Foz do Iguaçu, e aí, em 2016, eu morei 2 meses em São Paulo e, a nível... a nível, ou o nível?
O nível! O nível!
Esse negócio de gênero no português aí... pra mim é super simples. Tu vai
tentar falar em inglês com alguém, o pessoal não tem gênero. Alemão, eu fiquei sabendo,
tem trocentos mil gêneros diferentes. Mas é fácil! Quer dizer, tem algumas palavras, às vezes,
que até a gente se confunde se é o/a. O nível do inglês era menor,
mais baixo, do que eu achava. Não, mas falando sério. Sobre esse
negócio que eles dizem do inglês, em 2015 eu fui pro Canadá, e eu cheguei lá, óbvio que todo mundo
sabe falar inglês, porque é um país que fala inglês. Mas eu fiquei pensando que até no lado
francês do Canadá as pessoas falavam inglês. Se um americano, uma pessoa que fala inglês,
vem pro Brasil, ela não vai conseguir encontrar facilmente alguém que fale o idioma dela. Se eu
for pra lá, também não vai ter ninguém falando o português. Mas o inglês acabou se transformando
numa língua universal que, qualquer lugar do mundo que tu vá, vai ter gente que vai
saber falar inglês contigo. Se tu for pras grandes cidades
turísticas brasileiras, Gramado, Foz do Iguaçu, Rio de Janeiro, Natal, principalmente nos hotéis,
ou lugares que são muito visitados, sempre vai ter alguém que vai falar inglês. Não são todas
as pessoas que trabalham nesses lugares que vão saber falar inglês, só que isso é um reflexo
do quanto o brasileiro não sabe outros idiomas. A gente tem aquele negócio de "ah sabe espanhol?",
"sei, sei, eu consigo entender bem". Aí tu vai pra Argentina ou pro Uruguai, conversa com essa
gente que mora lá, tu não entende bulhufas. Eu sou uma dessas pessoas que julgava desnecessário
estudar espanhol até o dia que fui pro Uruguai e percebi "meu Deus do céu, eu deveria ter estudado
essa língua". E o inglês a gente menospreza um pouco também, mas verdade seja dita:
quem sabe falar inglês se destaca! ... talvez falando das porcentagens
das pessoas com quem eu esbarrava no dia a dia. Por exemplo, durante esses 2 meses em São Paulo,
eu falei com vários brasileiros que falavam inglês bem assim, mas com certeza não me
esbarrei com outro americano, por exemplo, nativo dos Estados Unidos, ou nem outro nativo da língua
inglesa, ou nem Inglaterra, nem da Austrália. Então, os 2 me surpreenderam, na verdade.
Para mim foi ótimo, porque eu queria melhorar meu português, e só falar o português no meu
dia a dia, e normalmente as pessoas falavam comigo em português mesmo.
Fiquei surpreso. Foi uma surpresa que não esbarrei com tantos estrangeiros também, mas isso também
foi bom. Eu gosto de estar diretamente no país. Não tem como o cara vir pro Brasil e não aprender
o português, se não tem ninguém que vai falar inglês com eles, mas uma vez um amigo meu,
um ex-colega de trabalho que vinha da Alemanha, falou que o português do Brasil, além das outras
línguas que ele tinha aprendido, foi uma das mais difíceis, mas ao mesmo tempo era uma das línguas
mais românticas. Nunca esqueci que ele falou isso. ... para experimentar a
cultura do dia a dia e tal. Relacionado ao que você estava imaginando
da água de coco, eu lembro, eu estava esperando tipo, praias cheias de modelos, cheio de Victoria
Secrets, e tem isso, mas é todo mundo! Tem a avó, tem todo mundo.
E o que eu achei bem diferente é o estilo do biquíni e sunga,
porque eu achei muito engraçado. No Rio de Janeiro, essas cidades de praia, você entra
lá no supermercado e se vê a galera passeando... Isso é uma coisa que eu nunca entendi também.
Eu moro na Serra Gaúcha, numa cidade que, obviamente, não tem praia. E toda vez que a
gente vai pro litoral aqui, vai de sunga, mulher vai de biquíni pro mercado e ninguém tá nem aí.
Mas se eu faço a mesma coisa aqui na minha cidade, é certo que o segurança vai vir me prender. Me
prender?! Eu não sei se eles podem fazer isso! Mas, o interessante é que, ao mesmo tempo
que existem estereótipos de outros países com relação ao Brasil, existem estereótipos dos
brasileiros com relação aos próprios brasileiros. Inclusive, eu tenho um vídeo, vou deixar aqui em
algum lugar, se vocês quiserem assistir, que foi uma pesquisa que eu fiz um tempo atrás sobre os
estereótipos que os brasileiros têm com relação aos próprios brasileiros, e a gente percebe que
a gente conhece muito pouco do nosso país. E óbvio, a gente conhece o Rio de Janeiro
pelas novelas, pelo que a gente vê na televisão. São Paulo também a gente pensa que é uma cidade
super violenta, só que a questão é que São Paulo é o grande centro do Brasil,
então todas as notícias que se vê de qualquer tragédia, qualquer coisa, é sempre de lá,
porque aparece isso em todos os canais. Só que não necessariamente significa que seja a cidade mais
violenta do país. A questão é que a gente está vendo isso o tempo todo. Tá passando ali na nossa
frente, e a gente tá processando aquilo, e logo a gente cria essa imagem, que é tal do estereótipo.
... no supermercado de chinelo, de sunga, de biquíni.
Só mais um dia... na vida do brasileiro. Não precisa se cobrir, nada disso.
Nossa, isso é quase ilegal nos EUA, estar de biquíni.
Muitas vezes tem até uma placa na porta: "no shirts, no shoes, no service". Talvez nem pensa
em entrar de sunga só. Exatamente.
Sendo gringa, eu acho isso muito engraçado. Falando de supermercado, tô lembrando agora
que eu também achava que todo mundo usava dinheiro pra pagar todas as contas. Nem
achava que tinha tanto cartão de crédito. Em particular, em 2016, quando eu cheguei em São
Paulo pra 2 meses, eu vi pela primeira vez na minha vida, esse cartão de crédito com o chip.
Nunca tinha visto nos EUA. Eu vi pela primeira vez todo mundo usando no Brasil,
aí voltei pros EUA, daí 2 meses depois eu comecei a ver em toda parte, então o Brasil...
Isso começou antes no Brasil? ... é começou...
CHUPA ESTADOS UNIDOS! ... o trend, né... disso.
Brasileiros não confiam no sistema de cartões de créditos sem chips? Eles querem mais segurança?
É, pode ser. Por exemplo,
eles trazem a máquina pra mesa pra pagar depois da comida no restaurante, enquanto nos
EUA o garçom leva o cartão de crédito pra parte atrás, para colocar na máquina e aí devolver.
É, no Brasil isso não aconteceria muito, não. É, talvez seja por causa disso.
Outra coisa que eu lembro. Eu estava esperando... quando a gente pensa em brasileiro, sei lá,
fisicamente, estava pensando uma pessoa... uma morena, por exemplo, bonita, e tal,
e quando eu cheguei em São Paulo, eu fiquei muito surpresa com a diversidade das pessoas,
principalmente tem muita gente de descendência japonesa, que eu jamais
esperava ver tanta gente do Japão no Brasil. Uma vez alguém me falou, não tenho fontes disso,
mas se vocês tiverem podem colocar nos comentários, que o passaporte brasileiro
é o passaporte mais cobiçado no mundo do crime, justamente porque o brasileiro não tem
uma característica específica. Tu vai ter o brasileiro-japonês, um brasileiro-árabe, sei lá,
europeu, norte-americano, vai ter o indígena, tu vai ter o negro, tu vai ter várias etnias
dentro do próprio Brasil. Isso é muito louco porque, a menos que a pessoa que tu encontre
na rua ela abra a boca pra falar contigo, tu tem certeza que ela é brasileira. E se não me engano,
o Brasil é a primeira ou a segunda maior colônia japonesa do mundo fora do próprio Japão. Olha
que doido isso. O Brasil é uma mistura do Brasil com o Egito... do mundo todo, na verdade.
... e eu lembrei que até voltei e falei pros meus pais "vocês não vão acreditar, o Brasil tem muitos
japoneses", "sério? nunca ouvi isso". Acho que é a maior...
É visitar o mundo todo num país só, e bem mais barato. Não fosse pelo
preço da gasolina. O resto tá tudo certo. ... população fora do Japão, mas eu também
fiquei surpreso. Eu fui na Liberdade durante algo a ver com o ano novo chinês,
algo do tipo, e tinha comida japonesa, ou da China, também. Ficou muito legal.
É, do xing ling que que tem na Avenida Paulista e eu achei isso muito legal, que as cidades grandes
aqui nos EUA também têm isso. Tem bairros... Tá, espera aí, só mais uma coisa. Eu acho
interessante, porque a gente tem essa mania de síndrome de vira-lata, que o brasileiro acha
que tudo que vem de fora é melhor. Só que pensem por um segundo. Eu tô vendo um vídeo de um cara
que é americano, norte-americano, dos EUA, e essa mulher... desculpa não sei de onde ela é.
Desculpa moça, eu não sei de onde você é ainda. Mas, são pessoas de fora que vieram pro Brasil,
se interessaram pela cultura brasileira e começaram a estudar o nosso idioma,
o português. E isso é um grande exemplo porque a russa lá, que eu conversei esses tempos com ela,
a Olga... tem o pessoal da Romênia, do Reino Unido, de vários lugares do mundo que estão
se interessando pela cultura brasileira e estão vindo pra cá conhecer. Então,
eu acredito que esse é um momento que as pessoas estão descobrindo, "espera aí, o Brasil não é só
isso que eu sempre ouvi falar nos filmes e na televisão, o Brasil é muito mais". E as pessoas
que estão vindo pra cá, estão se interessando pela nossa cultura. Então que isso sirva de lição,
que as pessoas de fora estão valorizando o que a gente tem aqui. Então, vamos valorizar nós também.
.... China Town, Little Italy, Greek Town. Acho esse um trava língua muito legal:
Little Italy. [todo mundo tentando falar isso].
Parece aquelas músicas da Áustria. ... pequena Itália.
É, tem várias regiões que são meio que separadas pelo país, da língua, sei lá, da cultura das
pessoas. Mas, não sei porque não esperava isso no Brasil. Mas, tem isso. E quando você vai mais pro
sul tem essa influência alemã... Olha alguém falando sobre isso!
Estou emocionado demais. ... polonesa, mais africana pro norte,
italiana, português, espanhol... tem um monte. Então, o brasileiro, realmente,
pode ser eu, pode ser você, pode ser... qualquer um pode ser brasileiro. Achei isso muito legal.
Aham, diversidade! Não tem um típico brasileiro físico.
Tem tantos brasis num Brasil só. Inclusive a geografia também, fiquei surpreso.
Ainda não conheci a selva amazônica. Eu também não.
Mas acho que essa é a imagem que com certeza muito gringo imagina.
É verdade. Mas... muito legal essa diversidade.
Então gente, a gente quer saber o que vocês estavam esperando de...
Eu acho que o vídeo terminou por aqui. Não vou assistir.
Vou deixar o link aqui embaixo se vocês quiserem assistir o vídeo deles completo,
se inscrever no canal deles. Façam o que vocês quiserem.
Eu achei que esse vídeo ia falar sobre estereótipos, sobre coisas ruins do Brasil,
mas são coisas muito legais. Parabéns pessoal! Por favor,
se reproduzam. Não sei se vocês são um casal, mas né... enfim, passem o gene de vocês adiante porque
vocês são ótimas pessoas. Tá bom gente!
Espero que vocês tenham curtido o vídeo. Espero que tenham aprendido, aproveitado também algo.
E até a próxima! Se gostaram do react, mandem outros
vídeos bacanas de pessoas falando bem, falando mal do Brasil, principalmente pessoas de fora,
pra que eu possa compartilhar com todos vocês. Por hoje é isso.
Um beijo nas tetas de vocês com todo respeito do mundo... mas com todo respeito mesmo,
e até a próxima. Tchau!