×

Vi använder kakor för att göra LingQ bättre. Genom att besöka sajten, godkänner du vår cookie policy.


image

Buenas Ideias, BAÚ DO BRIZOLA: O COMEÇO, O FIM E O MEIO - EDUARDO BUENO (2)

BAÚ DO BRIZOLA: O COMEÇO, O FIM E O MEIO - EDUARDO BUENO (2)

fãs do Bob Dylan, os três chamaram o Bob Dylan lá na Casa Branca, esses três, com

essas excrescências, essas imoralidades, essas pessoas nojentas e vomitativas tipo

Ronald Reagan, o Ronald Reagan, ou do George Bush pai, o George Bush filho ou essa excrescência

que tá aí no poder, que é o tal Donald Trump.

Aí o Carter, que neguinho quer comparar dizendo que é a mesma coisa, pelo amor de deus, não

é a mesma coisa, não é a mesma coisa, né, o Jimmy Carter retirou o apoio, o vergonhoso

apoio dos Estados Unidos, a maior democracia do mundo, a essas ditaduras militares.

Então, por isso, o Brizola foi pra lá.

Ficou um tempo morando em Nova Iorque, tem fotos dele andando na rua em Nova Iorque,

a imprensa brasileira foi entrevistá-lo em Nova Iorque, ele deu entrevistas polêmicas

tal, blablá blablablá, e aí em setembro?

Setembro, setembro, setembro, sei lá...

Não, não é em setembro não, em janeiro de 1978 ele se muda pra Lisboa.

Por que?

Porque tinha havido lá a Revolução dos Cravos, né, tinham se livrado lá em 73 daquela

horrorosa ditadura salazarista, né, o Estado Novo, né, o Estado Novo chamava, e o Vargas

tinha se inspirado no nome Estado Novo pra o Estado Novo em 37, porque o tal Salazar

tava no poder desde 1933!

33!

Em Portugal, e tinha sido derrubado com uma revolução linda, maravilhosa, incruenta,

sem sangue, a Revolução dos Cravos, em 73, e Portugal tinha voltado à democracia e o

Mario Soares, socialista, tinha sido eleito no voto presidente de Portugal, não é.

O Mario Soares cê sabe quem é, é aquele cara que te comeu atrás do armário Soares.

E aí o Brizola vai pra lá, encontra o Mário Soares também dá entrevistas bombásticas

pararará, e aí é assinada a lei da anistia e ele volta pro Brasil no dia 6 de setembro

de 1978.

Escolheu, né, pra chegar no dia 7.

E aí ele volta pelo mesmo caminho, indo por Montevidéu, e de Montevidéu ele vai a São

Borja e, Eduardo Bueno, jovem repórter de 19 anos de idade estava em São Borja junto

com toda a imprensa brasileira pra acompanhar o emocionante retorno de

Brizola ao Brasil.

Eduardo Bueno faz todo esse trajeto junto e escreve uma matéria maravilhosa só sobre

os túmulos que o Brizola visitou, né, é uma matéria lapidar, é uma matéria com

lápide e é uma matéria com tumba e túmulo.

E ela caba se revelando meio profética porque, apesar da volta dele ter tido um lado muito

legal, até porque mostra que o Brasil estava retornando à democracia...

O Brizola a partir de então vai cometer algumas coisas que são ainda mais dúbias que sempre

tiveram um lado bom mas que sempre tiveram em si um germe meio de incompetência ou de

desfaçatez, ou sei lá o que, você julgue como quiser.

Mas o fato é que em novembro de 1982, né, ele voltou em setembro de 78 e, em novembro

de 82, com as primeiras eleições pra governador ele é eleito governador do...

Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, o velho fascínio que os gaúchos sempre tiveram pelo Rio de

Janeiro.

E o Brizola amava o Rio de Janeiro e foi eleito governador do Rio de Janeiro.

Fez uma série de coisas legais como por exemplo o Cieps, né, botou o Darcy Ribeiro, que tinha

sido um cara importantíssimo já no governo, um dos maiores pensadores brasileiros, um

grande historiador, um grande antropólogo, né, que criou todo esse projeto do Cieps,

né, fizeram várias escolas, o Brizola já tinha feito 6 mil escolas no RS em 1958, dando

emprego pra 40 mil, 40 mil professores, então o Brizola tem esse projeto e a verdade é

que, muito possivelmente, embora não haja provas mas todos os indícios apontam pro

fato de que o Brizola fez um acordo espúrio primeiro com os bicheiros, primeiro com os

bicheiros, e dizem outros que até com traficantes.

E aí o morro desceu pro asfalto, né.

Tem dois lados essa história né cara, porque foi, foi, você já viu aqui no episódio

da Avenida Rio Branco, da Avenida Presidente Vargas, que o Brasil, especialmente o Rio

de Janeiro, sempre escorraçou os pobres, os desvalidos, para os morros.

O Brasil inventou as favelas!

Aí as favelas estavam lá, neguinho não morre de amores por morar na favela, apesar

da vista, não é mesmo, e aí ele faz esse acordo e o RJ começa a entrar num período

de violência urbana e de poder do crime organizado como até então nunca tinha havido, não

é.

Ele também construiu a Linha Vermelha e sei lá se a Linha Amarela também, não interessa,

mas acho que por ali e foi ele que levou, criou, as primeiras, as primeiras linhas de

ônibus que vinham dos subúrbios ou das favelas para a praia!

Porque até então nunca nenhum pobre tinha ido na praia, meu irmão, não tinha acesso

do pobre à praia!

E aí ele leva, de propósito, até uma provocação, um monte linhas de ônibus urbanas que conduzem

pessoas sem condição social pra praia.

Até inclusive pra própria Barra da Tijuca.

É claro que a gente diferenciada que frequenta a praia não gostou, né, não gostou, mas

mesmo assim houve várias incompetências, houve várias situações bem estranhas nesse

governo do Brizola, não se pode dizer que foi um governo espetacular, teve avanços

e teve recuos e teve zonas sombrias que, algum dia, espero que sejam esclarecidas, eu de

momento não estou aqui no papel de investigador e muito menos de julgador.

Tô lhe contando o que é fato e o que aconteceu.

Santo, o Brizola não era.

Mas pelo menos cara, tinha carisma, tinha eloquência, né, e tinha um projeto social

que cara, mesmo sendo reformista e populista, é melhor do que a concentração de renda

brutal e absurda que tinha havido durante o governo militar, não é.

E então a gente chega pra nossa primeira eleição presidencial depois de 20 anos de

ditadura, né, 25 no caso, porque ainda teve aqueles cinco anos do governo Sarney, e aí

em 1989 o Brizola se lança à presidência.

Tem debates incríveis, né...

A gente fica vendo como o Brasil, que já era ruim, retrocedeu, né.

Porque cê vê todos os caras que participaram da campanha eleitoral de 1989, tava ali todos

os espectros políticos representados, e tinha um monte de gente que você pode concordar

ou não, gostar ou não, mas que eram representativos.

E o Brizola era extremamente representativo, e a participação dele nos debates, PORQUE

TEM GENTE QUE NÃO VAI PRA DEBATE, o Brizola tinha o que dizer e dizia com eloquência,

e dizia com um sotaque gaúcho quase tão delicioso quanto o meu, não é mesmo.

E aí é legal que o Brizola é de esquerda, o Brizola é comunista, o Brizola era uma

grande ameaça...

Ele confrontou, virou inimigo político do Lula, com a eloquência, com a mordacidade

e com o deboche dele, inclusive chama o Lula, ele que apelida o Lula de Sapo Barbudo, né,

exatamente né.

Aí chegam as eleições e o Brizola fica em 3o lugar, ele quase toma o lugar do Lula

e aí teríamos Collor e Brizola, sei lá o que teria acontecido, perigava até o Brizola

ganhar e perigava o Brizola ganhar e ser um governo desastroso, mas mais desastroso que

o governo Collor, acho que não seria, não é.

Aí o Brizola perde, ele é muito crítico ao Collor, ele debocha do Collor, ele faz

ali uma mini aliança com o PT, no caso de oposição ao governo Collor, aí o Collor

é derrubado, vem o governo Itamar e aí tem as novas eleições de 1994, quando ele concorre

de novo e fica num medíocre, constrangedor e quase patético quinto lugar, né, com 2

milhões de votos, que é uma coisa humilhante, e a carreira dele realmente vai se encerrando

porque tinha um lado que era mesmo um discurso populista, reformista, que nunca foi comunista,

entendeu, que tinha coisas legais e tinha coisas retrógradas e o governo dele no RJ

realmente não era algo que o recomendasse tanto assim, só que também ser um desfecho

de carreira assim que nem esse talvez tenha sido meio imerecido, mas a vida é como ela

é e assim, é claro, começa a se encerrar a carreira dele até que, no dia 21 de junho

de 2004, com 82 anos de idade, ele vem a falecer, passando dessa para melhor.

Porque saindo do Brasil e indo pro céu, onde o engenheiro Leonel certamente está, né,

discutindo, inflamando, querendo botar fogo no céu porque o céu tem um lado meio tedioso,

né, é legal, então essa é história, pelo menos pelo meu viés, do engenheiro Leonel

de Moura Brizola, um gaúcho caudilhista e populista mas que hoje continua fazendo muuuita

falta, muita falta nessa quase devastada pela atual política brasileira.

Mas que vai acabar em breve.

Então tá, tchau, obrigado, pode aplaudir.

"O que você acaba de ver está repleto de generalizações e simplificações.

Mas o quadro geral era esse aí mesmo.

Agora, se você quer saber como as coisas de fato foram, aaah, então você vai ter

que ler".


BAÚ DO BRIZOLA: O COMEÇO, O FIM E O MEIO - EDUARDO BUENO (2)

fãs do Bob Dylan, os três chamaram o Bob Dylan lá na Casa Branca, esses três, com

essas excrescências, essas imoralidades, essas pessoas nojentas e vomitativas tipo

Ronald Reagan, o Ronald Reagan, ou do George Bush pai, o George Bush filho ou essa excrescência

que tá aí no poder, que é o tal Donald Trump.

Aí o Carter, que neguinho quer comparar dizendo que é a mesma coisa, pelo amor de deus, não

é a mesma coisa, não é a mesma coisa, né, o Jimmy Carter retirou o apoio, o vergonhoso

apoio dos Estados Unidos, a maior democracia do mundo, a essas ditaduras militares.

Então, por isso, o Brizola foi pra lá.

Ficou um tempo morando em Nova Iorque, tem fotos dele andando na rua em Nova Iorque,

a imprensa brasileira foi entrevistá-lo em Nova Iorque, ele deu entrevistas polêmicas

tal, blablá blablablá, e aí em setembro?

Setembro, setembro, setembro, sei lá...

Não, não é em setembro não, em janeiro de 1978 ele se muda pra Lisboa.

Por que?

Porque tinha havido lá a Revolução dos Cravos, né, tinham se livrado lá em 73 daquela

horrorosa ditadura salazarista, né, o Estado Novo, né, o Estado Novo chamava, e o Vargas

tinha se inspirado no nome Estado Novo pra o Estado Novo em 37, porque o tal Salazar

tava no poder desde 1933!

33!

Em Portugal, e tinha sido derrubado com uma revolução linda, maravilhosa, incruenta,

sem sangue, a Revolução dos Cravos, em 73, e Portugal tinha voltado à democracia e o

Mario Soares, socialista, tinha sido eleito no voto presidente de Portugal, não é.

O Mario Soares cê sabe quem é, é aquele cara que te comeu atrás do armário Soares.

E aí o Brizola vai pra lá, encontra o Mário Soares também dá entrevistas bombásticas

pararará, e aí é assinada a lei da anistia e ele volta pro Brasil no dia 6 de setembro

de 1978.

Escolheu, né, pra chegar no dia 7.

E aí ele volta pelo mesmo caminho, indo por Montevidéu, e de Montevidéu ele vai a São

Borja e, Eduardo Bueno, jovem repórter de 19 anos de idade estava em São Borja junto

com toda a imprensa brasileira pra acompanhar o emocionante retorno de

Brizola ao Brasil.

Eduardo Bueno faz todo esse trajeto junto e escreve uma matéria maravilhosa só sobre

os túmulos que o Brizola visitou, né, é uma matéria lapidar, é uma matéria com

lápide e é uma matéria com tumba e túmulo.

E ela caba se revelando meio profética porque, apesar da volta dele ter tido um lado muito

legal, até porque mostra que o Brasil estava retornando à democracia...

O Brizola a partir de então vai cometer algumas coisas que são ainda mais dúbias que sempre

tiveram um lado bom mas que sempre tiveram em si um germe meio de incompetência ou de

desfaçatez, ou sei lá o que, você julgue como quiser.

Mas o fato é que em novembro de 1982, né, ele voltou em setembro de 78 e, em novembro

de 82, com as primeiras eleições pra governador ele é eleito governador do...

Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, o velho fascínio que os gaúchos sempre tiveram pelo Rio de

Janeiro.

E o Brizola amava o Rio de Janeiro e foi eleito governador do Rio de Janeiro.

Fez uma série de coisas legais como por exemplo o Cieps, né, botou o Darcy Ribeiro, que tinha

sido um cara importantíssimo já no governo, um dos maiores pensadores brasileiros, um

grande historiador, um grande antropólogo, né, que criou todo esse projeto do Cieps,

né, fizeram várias escolas, o Brizola já tinha feito 6 mil escolas no RS em 1958, dando

emprego pra 40 mil, 40 mil professores, então o Brizola tem esse projeto e a verdade é

que, muito possivelmente, embora não haja provas mas todos os indícios apontam pro

fato de que o Brizola fez um acordo espúrio primeiro com os bicheiros, primeiro com os

bicheiros, e dizem outros que até com traficantes.

E aí o morro desceu pro asfalto, né.

Tem dois lados essa história né cara, porque foi, foi, você já viu aqui no episódio

da Avenida Rio Branco, da Avenida Presidente Vargas, que o Brasil, especialmente o Rio

de Janeiro, sempre escorraçou os pobres, os desvalidos, para os morros.

O Brasil inventou as favelas!

Aí as favelas estavam lá, neguinho não morre de amores por morar na favela, apesar

da vista, não é mesmo, e aí ele faz esse acordo e o RJ começa a entrar num período

de violência urbana e de poder do crime organizado como até então nunca tinha havido, não

é.

Ele também construiu a Linha Vermelha e sei lá se a Linha Amarela também, não interessa,

mas acho que por ali e foi ele que levou, criou, as primeiras, as primeiras linhas de

ônibus que vinham dos subúrbios ou das favelas para a praia!

Porque até então nunca nenhum pobre tinha ido na praia, meu irmão, não tinha acesso

do pobre à praia!

E aí ele leva, de propósito, até uma provocação, um monte linhas de ônibus urbanas que conduzem

pessoas sem condição social pra praia.

Até inclusive pra própria Barra da Tijuca.

É claro que a gente diferenciada que frequenta a praia não gostou, né, não gostou, mas

mesmo assim houve várias incompetências, houve várias situações bem estranhas nesse

governo do Brizola, não se pode dizer que foi um governo espetacular, teve avanços

e teve recuos e teve zonas sombrias que, algum dia, espero que sejam esclarecidas, eu de

momento não estou aqui no papel de investigador e muito menos de julgador.

Tô lhe contando o que é fato e o que aconteceu.

Santo, o Brizola não era.

Mas pelo menos cara, tinha carisma, tinha eloquência, né, e tinha um projeto social

que cara, mesmo sendo reformista e populista, é melhor do que a concentração de renda

brutal e absurda que tinha havido durante o governo militar, não é.

E então a gente chega pra nossa primeira eleição presidencial depois de 20 anos de

ditadura, né, 25 no caso, porque ainda teve aqueles cinco anos do governo Sarney, e aí

em 1989 o Brizola se lança à presidência.

Tem debates incríveis, né...

A gente fica vendo como o Brasil, que já era ruim, retrocedeu, né.

Porque cê vê todos os caras que participaram da campanha eleitoral de 1989, tava ali todos

os espectros políticos representados, e tinha um monte de gente que você pode concordar

ou não, gostar ou não, mas que eram representativos.

E o Brizola era extremamente representativo, e a participação dele nos debates, PORQUE

TEM GENTE QUE NÃO VAI PRA DEBATE, o Brizola tinha o que dizer e dizia com eloquência,

e dizia com um sotaque gaúcho quase tão delicioso quanto o meu, não é mesmo.

E aí é legal que o Brizola é de esquerda, o Brizola é comunista, o Brizola era uma

grande ameaça...

Ele confrontou, virou inimigo político do Lula, com a eloquência, com a mordacidade

e com o deboche dele, inclusive chama o Lula, ele que apelida o Lula de Sapo Barbudo, né,

exatamente né.

Aí chegam as eleições e o Brizola fica em 3o lugar, ele quase toma o lugar do Lula

e aí teríamos Collor e Brizola, sei lá o que teria acontecido, perigava até o Brizola

ganhar e perigava o Brizola ganhar e ser um governo desastroso, mas mais desastroso que

o governo Collor, acho que não seria, não é.

Aí o Brizola perde, ele é muito crítico ao Collor, ele debocha do Collor, ele faz

ali uma mini aliança com o PT, no caso de oposição ao governo Collor, aí o Collor

é derrubado, vem o governo Itamar e aí tem as novas eleições de 1994, quando ele concorre

de novo e fica num medíocre, constrangedor e quase patético quinto lugar, né, com 2

milhões de votos, que é uma coisa humilhante, e a carreira dele realmente vai se encerrando

porque tinha um lado que era mesmo um discurso populista, reformista, que nunca foi comunista,

entendeu, que tinha coisas legais e tinha coisas retrógradas e o governo dele no RJ

realmente não era algo que o recomendasse tanto assim, só que também ser um desfecho

de carreira assim que nem esse talvez tenha sido meio imerecido, mas a vida é como ela

é e assim, é claro, começa a se encerrar a carreira dele até que, no dia 21 de junho

de 2004, com 82 anos de idade, ele vem a falecer, passando dessa para melhor.

Porque saindo do Brasil e indo pro céu, onde o engenheiro Leonel certamente está, né,

discutindo, inflamando, querendo botar fogo no céu porque o céu tem um lado meio tedioso,

né, é legal, então essa é história, pelo menos pelo meu viés, do engenheiro Leonel

de Moura Brizola, um gaúcho caudilhista e populista mas que hoje continua fazendo muuuita

falta, muita falta nessa quase devastada pela atual política brasileira.

Mas que vai acabar em breve.

Então tá, tchau, obrigado, pode aplaudir.

"O que você acaba de ver está repleto de generalizações e simplificações.

Mas o quadro geral era esse aí mesmo.

Agora, se você quer saber como as coisas de fato foram, aaah, então você vai ter

que ler".